Carlos Drumond de Andrade Contagem do Tempo
Me assumo surtado, indelicado por pura timidez, sem jeito para o jeito em que tudo está, com os pés calejados de não chegar em algum lugar, com a alma cansada de não saber o que fazer, com os nãos escancarados bem no meio do nariz e não querer compreender. Vivo morto, mas ainda assim, com uma capacidade enorme, quase-sem-querer, de te amar sempre mais.
Recuar. Permanecer. Manter a guarda. Não desistir, porém não persistir. Confundiu-se. Obter a certeza. Gesticular. Direito de ficar parado. Não hesitar. Hesitar-se com o maior êxito possível. Transmitir seguranças. Achar-se com o poder de ser inseguro. Não assegurar nada. Se meter em furada. Falar mal sem parar. Comporta-se como Lolita. Respeitar-se. Respeitá-lo. Deixar o sapatinho de cristal para trás. Voltar para pegá-lo. Virar abobora. Quebrar as cadeiras e beber mingau. Derrubar a casa de madeira e de palha com um sopro, pegar o martelo e derrubar a de tijolo. Fazer do impossível possível. Do fácil difícil. Da vida um filme de sucesso. Do sucesso o labirinto. Do labirinto a morada. Morar, habitar, habitar-te. O vão do porão não clareou-se. Está perto e longe. Está deserto e inseguro. Está tão confuso como eu.
Olá.
Essa semana eu tenho prova, e meu objetivo é apenas estudar. Você vai trabalhar, mas deve ter dentista, almoço com os amigos e um encontro com conjugue. É, antes eu poderia até descrever a sua programação, mas hoje não posso mais. Não posso te mandar uma mensagem, nem te fazer uma ligação, pois, a mensagem não será respondida, a ligação não será atendida. Talvez você retorne, talvez não. Não posso mais me aproximar como antes, nem te tocar como antes. O pronome de tratamento voltou ao normal, não sei mais te chamar pelo apelido. Você não é mais o meu “pronome possessivo”, nem meu anjo, nem nada mais. Não sei mais quem você é, ou quem se tornou, ou voltou a ser. Talvez nossa amizade esteja se desfazendo... Eu deveria ter te dado uma flor de plástico, e ela não iria se acabar igual o meu amor por você. Antes eu não me via sem ti na minha vida, era impossível passar um dia sem te ver sorrir. Hoje me sinto seca, vazia. A culpa é minha, eu sei. Me apego rápido, desapego aos poucos. Mas se pararmos para pensar, a culpa pode ser tua também. Um carro precisa de combustível para andar, e ninguém é amiga sozinha, eu não sustento nada sozinha. E você foi sumindo aos poucos. Não das minhas vistas, pois te vejo e te sinto a cada passo, mas sim de dentro de mim. E quem se ausenta, minha querida, acaba sendo esquecida. Mas eu resisto, luto com o meu próprio coração para não deixar-te sair de mim, quer eu queira ou não, você me faz bem. E eu? Quem sabe te faça bem também?! E prossigo, persisto, cuidando de você sem nem perceber e me protegendo dessa tortura de manter-me longe para não sofrer a cada passo que vejo você dar para trás.
Ando sonhando constantemente com tsunami, e dizem que todo sonho tem um significado. Então meu inconsciente deve está me alertando que algo virá e levará a pessoa que eu mais amo, levará você. E tento conter essa ansiedade pelo sofrimento, gosto de sofrer, ou não. A ansiedade é para que a dor acabe, por que odeio te ver partir sem dizer adeus. E a paixão que aumentava a cada dia se resumiu ao respeito. Isso é realmente triste, é um desrespeito.
O meu defeito com certeza é ser sincera. Deixe-me explicar, li que em latim, a palavra sincera significa “sem cera”, ou seja, sem retoques, sem máscaras, sem ser o que não é. Para você eu devo ser sincera. Mas meu bem, entenda, dói muito ser para você uma “sem cera”. Se isso é bom? Não sei. Diga-me você!
Preciso lhe contar, meu caro amigo. Eu desisto. Desisto de ser refugio, desisto de ser abrigo. Dentre canções, dentre emoções, dentre, dentro... Não saia, por favor. E para cantar não precisarei de voz. Para dançar, não necessitarei das pernas. Apenas de você... Dentre, dentro. Não sou flor de plástico, desgastar-me então, perdendo pétalas, talos, deixando espinhos. O sol, o sorriso, só risos, o só rir, entristeceu. E não tenho mais tempo, meu trem, meu bonde, meu coração, está para partir às dez. E me perco entre os bancos acolchoados, a nitidez do vidro, as folhas das árvores que sapateiam. A melodia é valsa, mas elas não respeitam. Passa-me na cabeça o corte dos tocos, a fumaça desgastando os olhos, a rouquidão da canção. O sapateado vira medo, absorve-se, se calam. E me fazem chegar a conclusão de que nenhum final é feliz. Nem o nosso.
_ Por que você está de bem com a gente e de repente muda?
_ Sabe querida,é que as vezes eu consigo ser falsa!
Se eu pudesse falar o que eu sinto por você, iria me sentir maravilhado, se eu pudesse dizer que eu quero VOCÊ,talvez esse vazio me deixasse em paz.. Ahh se eu te falasse isso é você pudesse corresponder a esses sentimentos seria sensacional !!!!
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