Carlos Drummond Sofre por Viver

Começaria de novo aquilo que nunca tentei.”

Somos humanos, temos de crer nisto. Somos animais, somos espécie, por mais evoluída (os naturalistas podem achar que menos) que seja esta espécie, funcionamos como todas as demais da fauna terrena, nosso impulso primordial é a perpetuação. Com sete bilhões de pessoas habitando, neste exato momento, este mundo, a raça humana pode dispor de mim para sua continuação (imaginem, neste mesmo exato momento, quantas crianças estão sendo geradas, nas alcovas do mundo afora).

Dizer adeus é a parte mais

difícil para quem não precisou

dizer oi.

A poesia deve ser livre para, quando lida, ser recriada pelo poeta/leitor.

A musa é aquela que ainda virá
e saberá disso quando me vir,
estático,
trêmulo,
excitado de tanto não saber.

Sentir a poesia é algo entranho a quem lê, que transforma os versos e as imagens para a realidade de sua fantasia, e assim, o que lê não é a poesia que o poeta escreveu, é a sua, criada no momento em que leu.

É possível que toda impossibilidade mereça não acontecer, se não há deus, como saber?

Às vezes silencio o olhar, é preciso calar a alma das coisas que vejo, pois as vendo de dentro desmitifico a beleza.

Se deus está presente no pecador, o pecado é, então, um ato divino?

Já não sonho com o absoluto:
sou completo de tudo o que ainda há por existir.

Desconhecer o prazer é uma dádiva, renegá-lo é heresia,
é atentar contra a evolução, assim como crianças esquálidas agridem a paz.

Homens amantes são solidários, menos solitários, socialistas.

Misomusia é a aversão às musas, o desprezo pelas tradições artísticas, é o fazer e não o criar, são as regras impostas pelo mercado e não pelo estilo, é produção e não arte.

Estar só e sem defeitos, é apenas um suicídio lento.

Dói parir o meu mundo.

Porque toda loucura é ainda uma menina.

O valor de um guerreiro não está na sua força e sim na sua resistência.

Se já sabe, tenha humildade para ensinar.
Se você ainda não sabe, tenha humildade para aprender.

Medo do futuro, de não conseguir chegar aos seus objetivos, de não conseguir o emprego desejado, de estudar muito e não conseguir? Sim, tenho medo. Medo do medo, que me amedronta e me deixa inquieto, me deixa impotente. Que tudo o que eu posso fazer é sentar e esperar. Esperar por um futuro incerto, e não aproveitar todas as oportunidades que tenho agora, e se aproveitar!? O medo continua por não saber do futuro. Os meus medos de crianças, não são nada comparados aos meus medos atuais. O medo é irritante, é complexo, é enquietante, é estressante. Agora o que me resta é sentar e esperar, esperar sem poder voar, voar livremente sem temer o medo.

Eu te amo

De Cesare

Para Bruna