Cantico dos Canticos do Rei Salomao
Queria pintar um quadro.
Um que possa mostrar toda ou parte da minha vida.
Um que seja representativo daquilo que sou, penso e vivo.
É mesmo uma pena, a ausência desse dom.
Caso o tivesse, seria diferente.
Um dia desses, assim como hoje, com muitas idéias na cabeça e pouca habilidade manual, deixaria de escrever esse texto e, com pinceladas, pintaria o meu quadro.
Um quadro de minha total ou parcial vida.
A idéia do quadro é boa, sobretudo quando se tem a possibilidade (quase que como código) de apenas o autor saber o que queira transmitir.
Quantas vezes nos deparamos com obras de artes que não entendemos coisa alguma?
Mas um quadro é um quadro.
Foi objeto de inspiração. Alguém se lançou a ele quando ainda era apenas uma tela seca, vazia e sem nada.
Pintar um quadro é colocar vida no nada. É dar uma identidade ao nada.
Pintar o seu quadro é, acima de tudo e abaixo do nada, expor-se.
Quais de nós teríam essa coragem?
Gostaria de pintar o quadro.
Mas não seria explícito.
Misturaria tons, texturas, e o que mais fosse possível.
Não esperaria receber aplausos, mem críticas.
Afinal de contas, esse seria meu quadro.
Afinal de contas, num quadro se conta o que se quer.
Vou pintar um quadro.
Vou pintar por aí.
No mais, boas pinturas a todos!
SONATA DA ALEGRIA
Sinopse:
Descobriu dentro de sua alma feminina inquieta, a bagagem perdida em outras eras. - O dom interior que tinha, manifestou-se. - E feliz pela revelação sonora chorou.
Uma história que mostra o processo natural de maturidade e crescimento interior através da música. - Guia de esperança e superação.
Obra dedicada a jovem Joana Paciência Filho, que revelou seu potencial ainda antes mesmo de se formar mulher.
Já estava na memória adormecida a sabedoria de amor, paciência e dedicação a sua família, disfarçados na música reconciliadora de afetos e reajustes emocionais, necessários para nosso desprendimento e evolução espiritual.
E desta alma iluminada se transformou Admirador e Amigo.
Robson dos Santos, compositor de música clássica contemporânea brasileira e escritor.
Para ouvir esta historia completa em forma de conto, com narração e efeitos sonoros de cinema, basta acessar o site do autor:
http://www.myspace.com/cinemafalado
A Felicidade do Amor
A Felicidade é algo que existe, más não conseguimos pegar,
As vezes é ela quem nos pega, más é efêmera no seu rodear,
Todavia, fica na nossa lembrança como recordação salutar,
É salutar, mas machuca, dependendo da forma de encarar,
A Felicidade é um momento passageiro que age por essência,
más, permanece mais tempo felicitando em reminiscências,
Portanto, nós não somos renegados pela Felicidade,
E sim, a usamos apenas quando sentimos saudade,
É uma maneira de observar, talvez não universal,
Contudo, é uma maneira de suportar muito pessoal.
Se eu pudesse
Se eu pudesse
lhe daria o mar,
Seu eu pudese
lhe daria a terra,
Se eu pudesse
lhe daria o mundo
o resumo de todas e
essas palavras é
eu ti amo mais que tudo.
Nao importa a tristeza
nao importa a solidao
o unico motivo da minha tristeza
é a dor do meu coraçao.
Uma lágrima...
Uma lagrima nos meus olhos,
uma lagrima no minha vida,
uma lagrima no sentimento,
Todas essas lagrimas sao lagrimas
que voce deixou no meu coraçao.
Uma lagrima de dor,
uma lagrima de tristeza,
uma lagrima de saldades
todas essas lagrimas sao lagrimas
ate hoje desde o dia em que voce min disse adeus.
Uma lagrima de emoçao
umas lagrima de recentimento
uma lagrima de coragem
Todas essas lagrimas sao lagrimas em que
eu adimito te amar de verdade.
Uma lagrima de amor
uma lagrima de uma poetisa
uma lagrima de tudo
pois ainda nao sei
de minha existencia nesse mundo.
Todas essas lagrimas fazem parte
da minha composiçao
pois e como um rebanho
com a tristeza
competindo com
a solidao.
Amos as mulheres mas não as admiro...os falso sentimento e as mentiras da maioria delas derrubam a defesa do exército + forte!!
A cirurgia mais perfeita que há para um ser humano é a que tira de sua alma as nódoas da vida.
Mágoa: sintoma de futuro câncer.
Fúria: infarto garantido.
Ódio: psicopatia irreversível.
Inveja: incapacidade afetiva e social.
Mesquinhez: solidão e síndromes exóticas (pânico, claustrofobia, etc.)
Trate-se, desprenda-se e viva.
Não estamos imunes aos ataques do dia a dia que proporcionam os sentimentos acima.
Crie uma redoma e vejo o mundo como um espetáculo, como um filme.
Participe, assista, mas não interaja.
Livre-se da contaminação, opere sua alma.
Quando tirares da alma as impregnações e nódoas estarão livres, saudáveis e com a visão clara.
Em resumo, nós causamos nossos males e às vezes não percebemos isso.
A vida e curtíssima e temos que operá-la sempre que necessário.
E os errados de espírito virão a ter entendimento, e os murmuradores aprenderão doutrina.
Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.
Nhá Bába
A querida Nhá Bába, era uma senhora magra e alta, negra e beirando uns 100 anos.
Era minha vizinha no Parque Edu Chaves, uma das vilas do folclórico bairro do Jaçanã, bem na divisa de Guarulhos, aqui em São Paulo.
Quando criança, o bairro era uma fazenda que vinha se apovoando. Tinha gado, mato, riachos, muitas árvores e um crescente número de pessoas novas que vinham na oportunidade de adquirir seus terrenos e construir suas casas.
Era o início dos anos 60, pois o Presidente Kennedy ainda não havia sido assassinado.
A Avenida principal, onde eu nasci, era a única que recebera por aqueles dias um calçamento de paralelepípedos.
Eu morava em uma casa em uma das esquinas da Avenida principal, a qual ainda é nossa, da família.
Nhá Bába.
Vejam bem: em 62 eu tinha 6 anos e a Nhá Bába quase 100.
Voltando a ela, era muito bonita considerando a idade que tinha.
Magra e alta, perto de 1,80m, vestia-se sempre com vestidos longos, alvos e soltos.
Jamais a ví sem um turbante.
No bairro, os terrenos eram todos grandes, quase todos com no mínimo 50 mts de fundo e com a testada não inferior a 10 mts.
A casa da Nhá Bába era de madeira, como aquelas que vemos ainda em Curitiba ou nas cidades do Mato Grosso do Sul; bonitas e bucólicas.
Nhá Bába sentava-se sempre no terreiro, debaixo de uma Palmeira centenária e de bom papo, conversava todas e todas as tardes com a vizinhança.
Falava dos seus pais, das suas lembranças em Minas, da fazenda onde nasceu e cresceu, dos irmãos sumidos, dos filhos mortos. Falava da imensa alegria por estar morando em São Paulo.
Era uma figura impar.
Fumava um cachimbo de barro e benzia a criançada com tosse comprida, íngua e quebranto.
Muito plácida, parecia ser a conselheira das jovens mães, pois na época minha mãe não tinha mais que trinta anos, considerando-se os oitenta e um que ela tem hoje.
Naquele terreiro da casa da Nhá Bába, tinha galinha, muito passarinho e um aconchego de casa de vozinha.
Nem cerca tinha a casa da Nhá Bába.
Sei que morar lá e perto da casa da Nhá Bába marcou muito a vida das pessoas.
Eram anos dourados. Quando chovia tinhamos no ar aquele cheirinho de mato molhado; escutávamos nos riachos que eram límpidos o canto da saracura.
Não havia maldade. Todos, desde os mais idosos, como os mais novos tinha espírito de criança.
As tardes eram mais coloridas e as familias mais unidas.
Os vizinhos, como a Nhá Bába, eram parte das nossas familias. Todos se cotizavam por alguém doente, por ajudar um amigo.
Fazia-se bolo e mandava-se sempre um pedaço à casa do vizinho.
Foi da casa da Nha Bába que tive o primeiro contato com a Festa de Reis. Muitos de seus parentes, outros velhos negros do bairro, cultivavam o folclore já praticamente desaparecido da cidade.
Rezava-se a novena em um santuário na Casa da Nhá Bába, com praticamente todas as mães do bairro.
Nhá Bába transmitia tanta dignidade que jamais poderei esquecer daquela figura maravilhosa, uma rainha negra que tive a oportunidade de conhecer.
Hoje me olhei no espelho, por muito tempo.
Percebi que meus cabelos brancos não condizem com o meu sorriso.
Que minhas rugas não fazem par perfeito com o meu olhar.
Como pode um senhor ter nos olhos um espírito tão jovem?
Será que o sorriso e olhar não envelhecem?
Percebi que nos olhos a esperança e pujança de trinta, quarenta, cinqüenta anos atrás ainda vive.
O sorriso é tal e qual o da foto de criança, que tirei com terninho para enviar aos meus parentes.
Mas por que rugas se não me vejo velho?
Seria as rugas a tristeza do meu corpo? Algum tipo de sinal para quem me vê de fora e que a natureza diz para respeitar?
Sei lá. Acho apenas que não mudou nada. Sonho da mesma forma; brinco como sempre; sorrio muito. Sim, estou mais velho na carcaça. Seria como comparar uma pick up Pajero com um elegante Land Rover. Mas cada um tem seu glorioso espaço.
Acho que envelhecer é coisa de matéria, pois o espírito não envelhece.
Meu espírito sonha, cria, ama... Chora quando triste, mas se levanta e não olha para trás.
Soma-se às pessoas, não se furta a se doar. Meu espírito sofreu perdas, mas, recompensado, ganha muita felicidade por onde passa.
Meu espírito é imortal, pois foi criando para viver eternamente e ele sabe disso. Adora o entardecer; admira o céu, e é da natureza. Irmana-se à lua, ao sol e só tem esperança.
Olhando no espelho redescobri que o que vale são meus olhos e meu sorriso, pois tenha a certeza, eles são partes de Deus.
Certa vez, quando eu era criança, um fato abalou o bairro onde eu morava: uma pessoa havia morrido em uma praça pública! O fato funestro, juntou todo o bairro em aglomeração para ver os serviços de resgate do corpo. Foi lá nos idos anos 60.
Pois bem: hoje, ano de 2009, cidade de São Paulo, morre tanta gente de forma violenta, que um dia destes passei com a roda do carro em cima de um dos pés de um defunto que acabara de se espatifar de motocicleta atrás de um ônibus. Só fiquei sabendo porque um cidadão que parara o carro ao lado do meu me informara do ocorrido. Curiosidade: o próprio individuo pediu para que eu me conformasse, pois ele próprio havia passado sobre a perna do defunto. TEMPOS MODERNOS.
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