Cantico dos Canticos do Rei Salomao
O REI DOS INVENTORES
Dos inventores o rei,
Deus, Pai onipotente,
Não tem, de acordo co'a lei,
Vigendo qualquer patente.
Ao projetar o Adão,
Que era total novidade,
Patenteou a invenção
E garantiu prioridade.
Eva também foi, então,
Feita por necessidade,
Sendo, após o Adão,
Modelo de utilidade (um aperfeiçoamento)
Mas não supunha o bom Deus
Que, sem direitos passados,
Aqueles inventos seus
Fossem por outros copiados.
Tão logo soube do fato,
O Mestre pôs-se em ação
E, agindo do modo exato,
Mandou notificação.
Contrafatores, possessos,
Replicaram, malcriados:
“De fabrico os processos
Foram por nós inovados!
Conseguiu-se reunir
O útil ao que deleita
E já não é pra dormir
Que cá na Terra se deita...
Produz-se diuturnamente,
Há empenho e alegria!
Com barro, presentemente,
Bebê algum se faria...
Merecemos o respeito
De quantos deuses houver,
Pois o mundo não foi feito
Pra um homem e uma mulher.”
Mas, com tal falta de tato,
A coisa se complicou
E Deus, que é forte de fato,
À morte nos condenou.
Tudo o que houve em seguida
Reflete em nós inda agora:
Os outros nos põem na vida,
Mas Ele nos leva embora...
Isto outra coisa não é
Senão busca e apreensão,
Por não se ter posto fé
Na tal notificação.
Mas, se vale uma patente
Por período limitado,
As de Deus, seguramente,
Já têm o prazo expirado
No tempo de duração,
A lei é bem definida:
Não cabe prorrogação
Ao monopólio da vida.
Mas, franqueada a produção,
Há um problema pela frente:
Sem a busca e apreensão,
Onde se irá pôr mais gente?
É melhor, pois, por agora,
Buscar outra ocupação:
Fazer à noite mais hora
Diante da televisão...
AUTORIA REGISTRADA
Nasci da escuridão por séculos fui escravo do rei mais cruel do antigo mundo, mas em uma das noites mais escuras e terríveis já vistas por todos fui libertado e levado para as cavernas do vulcão depois da floresta dos mortos, lá no calor do fogo me foi prometido á destruição de meu inimigo, lá fui banhado no rio de fogo, lá me tornei a morte, lá me foi revelado o poder a magia dos antigos.
Se quiser ser o rei da selva não basta só agir como o rei, você tem que ser o rei. E não pode haver dúvida, porque a dúvida causa o caos e a própria morte.
Quando Deus Se Chamava Lear
Disse-se outrora que houve um rei cujo nome não era nome, mas sentença. Chamavam-no Lear — embora esse som não bastasse para contê-lo. Não era homem, nem rei apenas: era a imagem que o mundo fazia de Deus em ruína.
Governou por anos uma terra que se curvava ao gesto de sua mão. Mas, como todo soberano que envelhece, quis dividir o poder antes que a terra o dividisse a ele. Três filhas. Três mundos. Pediu amor, mas em voz alta. Pediu afeto, mas diante da corte. Queria ternura, mas com pompa. Queria certeza — o que só os deuses buscam quando estão à beira da dúvida.
As duas primeiras disseram o que ele queria ouvir. A terceira, não disse.
E foi expulsa.
Desde então, Lear vagou por campos de vento e neblina, coroado apenas pela ausência. Aos poucos, descobriu que a coroa que pesava sobre sua fronte não era de ouro — era o silêncio.
Chorou pela primeira vez numa noite sem estrelas, onde os trovões respondiam às suas perguntas com risos. Gritou aos céus: “Sou mais pecador ou mais punido?”. O céu não respondeu.
Mas ali — no barro, na lama, no desabrigo — nasceu algo que jamais possuíra no trono: visão.
Não dos olhos, que já falhavam. Mas da alma.
Viu o mendigo e o bobo. Viu o traidor. Viu a filha fiel, que nada dissera porque tudo sentia. Viu o tempo, que não se dobra à vontade dos reis. Viu Deus, talvez — mas hesitante, escondido sob o capuz de um louco.
Quando enfim morreu, ninguém soube. Nem sinos dobraram, nem anais registraram o fim do reinado.
Mas alguns dizem que, em certos dias de tempestade, uma voz ainda ecoa pelas montanhas:
“A arte é o consolo no abismo onde o próprio Deus hesita.”
E nesse eco, dizem, está Lear — não mais rei, não mais homem,
mas lembrança.
não me considero nenhum Rei nem o homem mais foda do mundo nem o cara mais feio do mundo porque eu sei que nem mesmo sendo rei nem mesmo sendo o homem mais feio do mundo eu sei que meu coração tem beleza bastante pra te fazer sorrir e pra me fazer amar.
Poucos entenderão meu grito de liberdade. Aos que entenderem saberão que não é apenas um grito, mas, o ressoar de uma canção.
Amor verdadeiro é uma experiência avassaladora. É do tipo que não se esquece, nunca se tenta esquecer, nunca se quer esquecer. É um amor tão grande, tão forte que nunca morre, nunca se enfraquece, nunca perde a sua eletricidade. O tipo de amor pelo qual se luta.
Não me subestime, tenho o hábito de ficar calada às vezes, mas não quer dizer que não estou atenta ao que acontece. Apenas me distraio para que meu mundo fique na mesma sintonia do mundo e nada atrapalhe meu propósito.
A INSENSATEZ DO VENTO
Um dia perguntei ao vento:
- Porque sopras tão forte, parece que queres devastar o mundo?
Há dias que a tua brisa é tão suave, pareces esmorecido.
E o vento respondeu:
- Assim como vossa vida eu também tenho meus dias de insensatez e loucura.
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