Caminhos
Cada qual tem as suas próprias dificuldades para a superação, não existem pequenas e nem grandes, são personalíssimas. Portanto nunca se deve subjugar a luta interior de alguém por menor que lhe pareça. Quando ouvida deve se acolher atentamente e parabenizar por cada pequeno passo dado no caminho da libertação.
Só percebe o valor da boa companhia o viajante solitário, que sempre conversa consigo e ora baixinho, ao longo dos mesmos caminhos.
A solidão é cada vez mais obvia e o silencio minha constante oração, pelos idiotas e mesquinhos que se acham espertos ao longo dos caminhos.
Desde sempre, na verdadeira historia da arte e da cultura, possuem muitos segredos, que nunca estão acessíveis, para o observador comum. Alguns destes grandes segredos, só passam a fazerem sentido aos olhos e mentes dos iniciados e muitos deles não são reveladores mas sim pistas de direção para que norteiem as pesquisas por onde devem ser encaminhadas.
Por onde ando hoje, ambientes opacos espalho sementes de flores. Para que um dia no mesmo caminho de volta, no futuro eles sejam bem floridos, alegres e com muitas cores.
Em qualquer momento e situação da vida, a humildade, a generosidade e a bondade desarma a maldade e a violência. O mal só atinge aos poderosos.
Só deve receber o extraordinário, aquele que veio generosamente preparado, para ofertar muito mais do que receber.
Quando as encarou de frente
O que as árvores e teus medos te disseram?
Quais são as verdades que o vento te sussurrou?
Quais murmúrios dos riachos você ouviu?
Quantos quilômetros contigo mesmo você caminhou?
Talvez o que tenhas ouvido não tenhas conseguido decifrar
Ou nem tudo lhe foi desvendado
Quem sabe achaste aquilo que nem ao menos procurou
E procurou aquilo que não se pode encontrar
Segue com Fé pelo Caminho
Assim, quando as tuas respostas chegarem
E tuas dúvidas se esvaírem num brisa
Te olhando de frente estarei aqui
Com os ouvidos e coração aberto
Para poder te escutar
E caminharmos juntos uma vez mais
E se o vento ainda soprar perguntas sem respostas
E os passos ainda ecoarem incertezas na trilha
Que a jornada te ensine a abraçar o desconhecido
Pois nem sempre é preciso entender
Às vezes é necessário apenas sentir
E saber que nunca nesta vida
Se caminha realmente só.
Onde o Amor Não Sobrevive
O amor não sobrevive onde a admiração se desfaz. Onde o olhar já não brilha ao encontrar o outro, onde as palavras perdem o calor e se tornam apenas ruído de fundo. Sem admiração, o que antes era encanto vira hábito, e o hábito, com o tempo, se torna indiferença.
O amor não resiste onde a consideração se esvai. Quando a presença do outro se torna um detalhe, quando as dores não são escutadas e as alegrias não são celebradas. Onde não há consideração, o amor é deixado de lado, esquecido como um livro não lido, pegando poeira na estante do tempo.
O amor se apaga onde o carinho se torna escasso. Porque o amor não vive apenas de grandes gestos, mas dos pequenos toques, do cuidado que se expressa nos detalhes do dia a dia. Se o carinho se torna raro, o amor se sente sozinho, frio, e acaba encolhendo até desaparecer.
E, por fim, o amor morre onde o respeito é quebrado. Onde as palavras machucam mais do que acolhem, onde os limites não são respeitados, onde a presença se torna um fardo. Sem respeito, o amor deixa de ser refúgio e passa a ser exílio.
Por isso, se perceber que tudo isso se perdeu, não insista. Esqueça, silencie, saia. Não por orgulho, mas por amor a si mesma. Pois o amor que precisa implorar para existir já não é amor, é apenas lembrança. E você merece mais do que sobras.
Vá onde seu amor possa florescer. Fique onde ele possa respirar.
E por aqui sigo eu
Recordando minha história
Que nem tudo foi azul
Mas tenho um mundo
Meu mundo azul de memórias
Vou seguindo o meu caminho escrevendo versos e prosas
E plantando o meu jardim para florir minha glória.
São as preocupações, as intervenções e o auxilio fortuito as mais frágeis criaturas, que fortalecem pouco a pouco, nossa identidade humana a favor da vida. Quando cuidamos dos pequenos, por vezes abandonados e indefesos, nos tornamos melhores seres em comunhão com todo universo.
Era incrível como algo tão simples tinha o poder de deixar a vida mais leve, ajudar a encontrar as respostas e abrir os caminhos para as coisas darem certo.
No meu trajeto, deparo-me com buracos, pedras e montanhas. Nos buracos, encontro água para saciar a sede; as pedras servem de apoio para descansar durante a caminhada, e ao escalar as montanhas, consigo contemplar o horizonte e ajustar a minha rota
A conversa se encerra...
“do nada”
É como se alguém batesse à porta na cara da gente,
Sensação horrível...
Os olhos entristecem,
A menina chora
E no ar fica
Todo o sentimento
Que ela guardava
Misturado com uma sensação de tristeza
Que invade o ambiente
E o coração
As atitudes demonstram
As palavras que não foram ditas
Que foram interrompidas
Com o silêncio inesperado
Segue o caminho
Tortuoso e inseguro
Seguem os dias
Com instabilidade no ar
Andar na linha
Já caminhei sorrindo, pulando de felicidades;
Já vibrei e gritei com cada passo dado;
Já andei confuso e sem nenhuma direção;
Já escolhi estradas cheias de espinhos;
Já me perdi nos meus próprios caminhos nas minhas próprias escolhas;
Já rastejei pelo mundo, ouvindo vários não;
Já aprendi com o medo e com os meus erros nas minhas andanças;
Já vi muito ou talvez tenha visto pouco, mas hoje ando com os pés firmes no chão, calejados é verdade! Mas com experiência, Fé em dia e direção.
Reiniciar
Sair da casinha e tentar, será a melhor solução,
Depois do terremoto passar, fiquei em silêncio e me achei,
Sentir um beijo molhado foi a minha primeira descoberta sobre os novos caminhos à traçar,
Ninguém passa intacto por um abalo sísmico no coração, posso dizer apenas que a minha alma se encontra crua e nua para reiniciar uma relação.