Caminho da Vida
Lembrei especialmente hoje do meu avô. Quando contava sobre as ilusões da sua vida, fama, “pra cada esbanjamento uma carência”, dizia. Sabe, assim como ele também escolho ser como os simples cata-ventos que indicam apenas a direção do vento. Se existe algo bom na experiência da maturidade deve ser isso; ser como meu avô: um cata-vento orientando a direção do vento para os mais novos nos campos de pouso dos aviões.
Cada um trás consigo sua parcela de mérito e de culpa, sem desculpas, perante sua própria felicidade.
Só existe relação afetiva e amorosa promissora e duradoura quando ambas as partes tem o outro como prioridade.
A vida é uma eterna movimentação em diversas direções que invariavelmente contem obstáculos, uns pequenos e outros imensos. Para poder permanecer na jornada, não se deve ater as soluções, de a volta, perdoe a tudo que te atrasa, respire fundo e volte a caminhar.
Diante das novas relações emocionais e sexuais de cabeças muito abertas, o amor e as cumplicidades, fogem.
Fujo do meio dos importantes e famosos que já são bem mais que mereciam ser e nada fazem. Fico a vontade com os pequeninos e simples que nada são mas acreditam que tudo será melhor, pelo amor ao diferente, pela alegria de viver e pela abundante e implacável generosidade.
O porto a beira do misterioso Oceano da Vida, é um local mais de partidas e despedidas do que de chegadas.
As celebrações com datas marcadas são meramente comerciais. A celebração do que é importante em nossas vidas, deve ser constante, multidimensional e atemporal.
Que cada um seja sempre um amoroso pai e mãe atentos, misericordiosos e constantes para sua conquista da sublime paz interior.
As almas sensíveis se apaixonam diante de um momento sublime, toda vez que ouvem da fala da outra tudo que sempre sentimos e não encontrávamos palavras exatas para dizer.
Cheguei por aqui só e vou voltar pra lá só. Algumas saudades de algumas pessoas e alguns lugares serenos e refrescantes mas levarei também muitas tristezas de muita gente que não entendeu por amor como é e deve ser a verdadeira vida passageira e insólita, por este mundo tão raso, tênue e nada profundo.
Tudo é uma grande caminhada de encontros e desencontros. O melhor dos encontros, desta jornada aparece do novo e sempre reserva nos novas conversas, com palavras nunca ditas e caminhos a serem descobertos, re-inventados a dois dentro de nos mesmo.
A generosidade, a cumplicidade e a atemporalidade são próprias do amor ao outro diante das verdadeiras amizades.
Amar verdadeiramente é por fim revelar e encontrar certos segredos que muitas das vezes, nem nós como pecadores, sabemos e se conhece.
Fico triste em saber que o amor de meus sonhos, vive triste, incompleto, em sobreviventes suspiros por esperança, por que ainda não nos sorrimos por olhares e não nos conhecemos.
