Camilo Castelo Branco

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Camilo Castelo Branco (1825 - 1890) foi um escritor português. Suas novelas passionais fazem de Camilo o representante típico do Ultra Romantismo em Portugal.

Não há metade do coração. Ou todo o amor ou toda a indiferença; quando não, é uma insustentável impostura, chamada estima.

Os dias prósperos não vêm por acaso. São granjeados, como as searas, com muita fadiga e com muitos intervalos de desalento.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Obras - Volume 31, Parceria A.M. Pereira., 1965

A paciência é a riqueza dos infelizes.

O amor nascente é tão melindroso, pueril e tímido, que receia desagradar até com o pensamento ao ídolo da sua concentrada adoração.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Cenas da Foz, 1857

O homem que ama é um tolo sublime.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Memórias do Cárcere, 1862

O arrependimento inventa carinhos novos, e a inocência parece vingar-se, perdoando, e sorrindo ao algoz, que exora o perdão com lágrimas.

A escala dos sofrimentos humanos é infinita.

Ninguém sente em si o peso do amor que se inspira e não comparte. Nas máximas aflições, nas derradeiras do coração e da vida, é grato sentir-se amado quem já não pode achar no amor diversão das penas, nem soldar o último fio que se está partindo. Orgulho ou insaciabilidade do coração humano, seja o que for, no amor que nos dão é que nós graduamos o que valemos em nossa consciência..

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Amor de Perdição

Os raciocínios do amor-próprio não gozam do crédito das melhores consequências.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Anátema, 1850

A caridade é a felicidade dos que dão e dos que recebem.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Demónio do Ouro, 1873

Amigos verdadeiros são os que nos acodem inopinados com valedora mão nas tormentas desfeitas.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Memórias do Cárcere, 1862

A amizade é o mais levantado dos humanos sentimentos.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., As Três Irmãs, 1862

A morte é amparo.

Depois do céu, quem mais pasmosos milagres faz é o amor.

Um verdadeiro amor é segunda inocência.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Coração, Cabeça e Estômago, 1862

A amante que chora o amante que teve, na presença do amante que se lhe oferece, quer persuadir o segundo que é arrastada ao crime pela ingratidão do primeiro.

O último amor que desampara o homem é o combinado com o orgulho.

A morte emenda todos os atos da vida.

Amigo é uma palavra profanada pelo uso e barateada a cada hora, como a palavra de honra, que por aí anda desvirtualizando a honra.

Não há baliza racional para as belas, nem para as horrorosas ilusões, quando o amor as inventa.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Amor de Perdição, 1862