Caça Palavra
Vieste a mim (eu só) com tal braveza
E vieste a fim de guerra, em campanha,
Buscando caça mais fraca e em lerdeza.
Porém vê só como é a vida estranha:
Tu que vieste atrás de fraca presa
Foste presa abatida em tal façanha.
Estive pensando muito na fúria cega com que os homens se atiram à caça do dinheiro. É essa a causa principal dos dramas, das injustiças, da incompreensão da nossa época. Eles esquecem o que têm de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de melhor: as relações de criatura para criatura. De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles?”
Um lobo ferido
Instinto predador.
Sempre em busca.
O destino traz dor.
Caçador que virou caça.
A natureza ofusca.
Na margem do rio.
Sedento para atravessar.
Solitário e sem covil.
Precisa da companheira para adornar.
De longe avista a fêmea vagarosa.
A ansiedade pelo encontro.
Mas o medo de não alcançar.
O cansaço em águas profundas.
A dúvida também oriunda da natureza medonha.
Não é do feitio do lobo.
Mas quando a fêmea entre em jogo, a orquestra sinaliza.
Dançar com a paixão que hipnotiza.
O lobo que vive em mim.
Com esse ferimento sem fim.
Com sonho irracional.
Uma viagem nesse mundo animal.
Até lá tem consequências.
Mas aqui entre nós.
Está atado os nós.
Ditando a sentença.
A dor é do faz parte.
Tentar ser feliz é uma arte.
O caminho é duvidoso.
Desistir é pra covarde.
Mas a experiência e a nostalgia.
É a recompensa da travessia.
Do outro lado a prazer.
Já tentei, atravessei, me machuquei.
E você.
Me diga que valeu!!
Giovane Silva Santos
Com a evolução da pandemia, ficam os caçadores em casa e entra a caça na rua como se fosse o homem a pisar pela primeira vez a lua.
Metamorfose
O poeta é um aventureiro, um bandeirante que caça as esmeraldas do pensamento, lapidando-as à luz da dialética, da ciência, e principalmente à luz de sua sensibilidade, de seu olhar profundo. E é através desta sensibilidade que o poeta pode tratar de elementos universais como a dor, a paixão, a miséria, a esperança e muitos outros. Alinhavando palavras, o poeta costura versos que entrelaçam esses temas universais, tornando a trama costurada uma manifestação da vida.
me permita
me deixe ser
quero brilhar
quero crescer
rédeas
ferrugem
mordaças
caça
não sou bruxa
e se bruxa for, só me ame se for com amor
A caça e a caçadora
"Eu sou a presa
Alvo fácil
Já fui acuada
Não me deixaram saída
Posso ver o cano apontado
Sei que vai doer
Eu já fui a caçadora
Conheço os movimentos
Seria então esse o castigo adequado?
Vejo a arma ser carregada
Tem potencial para ser fatal
E eu gostaria que fosse
Quando então será o tiro de misericórdia?
Aguardo no canto
O medo aumenta
A ansiedade se prolonga
As lágrimas rompem enquanto oro para que a caçadora volte a ser cativadora."
Iasmin Borges
Talvez hoje seja o amanhã que você procura ! Para chegar ao tesouro, precisa começar a caça, quanto mais cedo começar mais chance de chegar terá porque todas as coisas boas exigem esforços ! Obviamente que terá obstruções ao longo do seu percurso. Se começar hoje, terá tempo para traçar seus planos, corrigir os erros e atingir seus objetivos. Não espere para fazer amanhã o que pode começar hoje, porque o amanhã poderá não chegar, pois também não esqueça que o tempo é o maior inimigo do homem... E se o amanhã chegar, poderás não estar em condições de realizar seus projetos, então alguém fará por ti. Portanto, comece hoje. Transfira suas ideias da mente para o papel, e lembre que existem dois dias importantes nas vida que não podemos fazer nada: O ontem e o Amanhã.
A caça e a caçadora II
"O tiro foi dado
Sai do canto onde fui acuada
Me antecipei a caçadora e apertei o gatilho
Imaginava não haver mais espaço para tamanha angústia no peito
Errei!
O tiro foi de grosso calibre, mas não me abateu
Os ferimentos são graves
A dor indescritível
O grito abafado
As lágrimas quentes
O tempo se arrasta e as feridas continuam sangrando
A caçadora se retira, silenciosa
Não lhe apetece ver o sangue jorrar
Sigo inerte tentando avaliar o estrago
Pode-se morrer de um tiro metafórico?
Não posso afirmar nada
Sei apenas que a dor é física e real demais pra suportar."
Iasmin Borges
Tem quem venha
e tudo tenha
os que passam e tudo passa
neste passado, caçador e caça
os que deixam marca
e o não marcado, embarca
pra não mais, os sem valia
também tem, ainda bem
são os que ficam na poesia...
© Luciano Spagnol
15/05/2016
Cerrado goiano
Poeta mineiro do cerrado
Caça e caçador
O veneno destilado
dos deuses enfurecidos
me instiga a delirar
entre copos de torpor...
me faz ser o viajor
no que se diz ser pecado;
ser cordeiro desgarrado
e ser, só de mim, senhor...
de meus rincões, o estridor
sem o tino, ensandecido,
não dá, às razões, ouvidos,
me abre ao prazer e a dor...
sou o caçador sendo a caça;
vencido sou o vencedor ...
A Revolta dos Gatos
QUANDO A CAÇA SE TORNA CAÇADOR...
A revolta da tribo dos Gatos do Parque. Cansados de serem perseguidos pelos cães, alguns gatos se reuniram e passaram a conjecturar como seria possível se proteger diante dos frequentes ataques dos cães. Um Gatinho sugeriu que houvesse uma lei, obrigando os donos a colocarem guizos nas coleiras de seus cães. Um Gato Marrom ponderou que havia muitos cães sem dono, os temíveis Vira-latas. Outro Gato Cinza descartou a ideia, justificando que não havia Gatos vereadores para aprovar tal projeto de lei. Um Gato rajado acrescentou: " - E além do mais, mesmo que tal lei fosse aprovada e sancionada, iria demorar muito para ser aplicada." A cada instante mais gatos chegavam e a reunião se transformou em uma Assembleia dos Gatos. Muitos oradores se manifestaram. Democraticamente quem quisesse miar, perdão, digo, se pronunciar podia ocupar a tribuna, improvisada em cima de uma barrica. Após muitas horas de assembleia, um Gato Preto subiu a tribuna, exigiu silêncio e dissertou sobre a importância de treinar artes marciais para enfrentar os cães. E ao final concluiu: Devemos andar em grupos e atacar em conjunto cada cão vadio que se aventurar em nosso território. " - Eu declaro aqui e agora GUERRA AOS CÃES VADIOS. Os cães domésticos serão poupados, vamos nos concentrar nos cães sem dono." O Gato Preto foi ovacionado e sua proposta aprovada por unanimidade. A partir de então, muita coisa mudou naquele distante vilarejo, situado a meio caminho de onde Judas Perdeu as Botas.
(Contos Inacabados - © J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Utopia dos ratos a caça dos gatos,Mexendo os pauzinhos para sua sociopatia,Prevalecer na mente dos fracos e cansados,Telepatia é algo de cinema,Mas é impossível provar o contrário.Do sicário das noites ao charlatão de dia.Se duas estrelas colidissem eu me sentiria melhor ?,O mundo vive em ruínas,Vivendo robotizados e Dizimando pouco a pouco a racionalidade e o sentimento humano.Será que ainda existe amor,Felicidade,Paz,Fraternidade..? Nessa selva densa de arranha céus,Poderemos um dia observar o céu,Sem materializar nossa visão ?,A evolução pode virar uma auto destruição.
"Se proteger a mata, os animais sobrevivem, posso matar uma caça, para saciar a minha fome, eu vivo na natureza e sobrevivo dela".
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