Camila heloíse
Vem com tuas feras que eu te mostro vida bela.
Vem com teus desejos que eu te mostro o que te espera.
Ser a história lida e bem resolvida.
Ser avenida movimentada, não gosto de ruas paradas!
Ser o curso concluído no meu currículo.
A vida que ficou, que fique...
É como se eu quisesse pegar um objeto inalcançável...
tem vidas e situações, que nada podemos fazer, a não ser crer.
Que a alma desnuda que tenho
não a queiram vestir,
vesti-la de sujidade, fazendo ocultar
a nobreza em mim.
Que a liberdade que anseio a cada dia,
ninguém a tente impedir...
colocando espinhos nos meus caminhos...
e amarra nas minhas pernas.
Ainda que consigam, será por pouco tempo,
pois sempre haverá uma senda.
Não temos a certeza que o amanhã chegará, mas vamos acreditar que ele vai chegar, e com ele a cura se instalar.
(Mensagem para as pessoas com cancêr)
Essa efemeridade, essa liquidez, essa palidez de dias rasos me faz querer ir além, mergulhar fundo, construir solidez nos afetos-reflexos.
A boca entope-se de palavras não ditas. Entre ele e elas, em abismos de sim e não, entre rosa carmim de meus brincos que alguém enxergou...
Desabrocho em perfume ao te ver passar e você insiste em me despetalar. Transformo lágrima em orvalho. Sorrio comum. Sorrio rosa carmim.
E se quer me ter, tente se ter nas mãos. Se escapando pelos dedos assim, consegues sempre o pior de mim...
E ele sempre me desbaratina, mais que a fluoxetina ingerida para esquecer de suas íris tão ingratas e gastas em tantos olhares alheios...
E ele sempre me repete com gestos sutis que sou apenas um caso, um mero acaso, que é casualidade caseira e passageira...
Gesto: guarda em si vastidão de pensamentos e sentimentos, verborragia na sutileza estática.Guarda todas as histórias em si, basta sentir.
Ando me comendo pelas beiradas, o essencial de minha essência anda em falta e acaba com a calma/alma. Preciso de pés no palco, luz, ribalta!