Jean la bruyère

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Lá em casa tem um poço, mas a água é muito limpa.

Qualquer um que dedicar sua vida a procurar a Verdade, não é digno de encontrá-la se não estiver disposto a morrer por ela.

Quando resolvi fugir daquelas coisas torpes lá de fora não pensei que fosse tão fácil: na verdade foi tudo muito natural, como se um dia isso tivesse mesmo que acontecer, e exatamente dessa forma. Não precisei fazer esforço algum. Só deitar e esperar. A princípio ainda classificava lembranças e memórias, tinha consciência de um antes, um durante, um depois, de um real e um irreal, um tangível e um intangível, um humano e um divino: separava minha memória e meus conhecimentos em partes cuidadosamente distintas. Depois que ele começou a rondar minha janela, ou antes, não sei, tudo se confundiu num só bloco, e fiquei assim: esta massa compacta toda à superfície de si mesma. Não lembro de ninguém assim tão à flor de si mesmo: raiz, caule, folhas e frutos. Talvez eu esteja sendo gerado, não sei. Sei que falta pouco. Eu queria que não fosse assim, que não tivesse sido assim. Mas não consegui evitar. A semente recusava-se a vir à tona, eu nem sempre tinha tempo ou vontade de regá-la, e não chovia mais – foi isso que aconteceu.

Libertar uma pessoa pode levar menos de um minuto. Oprimi-la é trabalho para uma vida. Mais que as mentiras, o silêncio é que é a verdadeira arma letal das relações humanas.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre: L&PM, 2008.

Nota: Trecho da crônica "Falar"

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Guarda-me Senhor, tudo lá fora me tira o ar. Guia-me Senhor, tudo lá fora está longe de Ti. Quero ser invisível para o mundo, e aqui dentro visível pra Ti. A glória do homem não quero, Tua vontade é o que importa pra mim. Mais de Deus e menos do mundo, mais de Deus e menos de mim, mais de Deus aqui dentro de mim. Enquanto eu viver, quero ser a canção que Deus se alegra ao ouvir. Enquanto eu viver, quero ser a canção ao Deus que não esquece o meu nome.

"Eu te odeio", disse ela para um homem cujo crime único era o de não amá-la. "Eu te odeio", disse muito apressada. Mas não sabia sequer como se fazia.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto O búfalo.

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Você não aprecia a vida totalmente até que você se arrisca a perdê-la.

Gostar é começar o inferno tudo de novo. Mas ela, quem diria, escreve lá no texto que topa. Topa começar tudo de novo.

“Eu não fumo, eu odeio cigarro, eu odeio atravessar a festa inteira pra chegar até lá fora, eu odeio a amizade instantânea das rodinhas de fumantes que não se conhecem, eu odeio festas em geral, eu odeio papos de festa, eu odeio conhecer gente que não tem nada a ver comigo, e sorrir para os papos mais furados do mundo. Eu sei, eu deveria beber. Mas pra quê? Pra achar essas pessoas legais? Pra suportar o insuportável? Sou cínica demais pra dar esse gostinho ao mundo.”

Mas agora estou numas da corrente do bem. Tô nessa e acho genial. Tudo bem: o mal tá lá, as pessoas ruins estão lá, pessoas mesquinhas, mas não vão me atrapalhar mais. Não vou mais sofrer por causa delas.

Não é a verdade que nos perde; é a maneira de dizê-la.

Se você se sente só quando está sozinho é porque está em péssima companhia.

Jean-Paul Sartre
Essays in Aesthetics (1963).

Viver é isto: ficar se equilibrando o tempo todo entre escolhas e consequências.

Liberdade não é fazer o que se quer, mas querer o que se faz.

Estamos condenados a ser livres.

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., As Moscas, 1943

Eu sonho minha pintura e então eu pinto o meu sonho.

Jean-Baptiste-Camille Corot
Musical Courier, Nova York, v. 57. n. 21, p. 20, 18 nov. 1908.

Nota: O pensamento costuma ser atribuído a Van Gogh, mas essa atribuição foi feita por volta da década de 1990. Em 1908, o pensamento havia sido creditado a outro pintor, o francês Jean-Baptiste-Camille Corot, na revista nova-iorquina "Musical Courier".

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Como todos os sonhadores confundi o desencanto com a verdade!

Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.

O homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe.

Mudar para continuar o mesmo.

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., Crítiica da Razão Dialética, Gallimard, 1985