Jean la bruyère
O que nos leva a amar as novas pessoas que conhecemos é menos o cansaço que temos das velhas ou o prazer de mudar, do que o desgosto de não sermos bastante admirados pelos que nos conhecem demais e a esperança de sê-lo mais pelos que não nos conhecem tanto.
Águia, rainha dos ares, caçadora! Por favor, não venhas a devorar meus pimpolhos! Assim implorou um dia a coruja a Sua Majestade. Com tais respeitos, a águia concedeu: Sim! Respeitarei teus corujinhos. Basta que os mostres ou me descrevas como são. Com medo de exibir seu ninho, a coruja se explicou: São os filhotes de passarinho mais lindos e rechonchudos do mundo! E lá se foi a trabalhar e a águia a caçar. Em pouco tempo a soberana da caça encontrou o ninho da coruja e olhou bem: Esses miniaturas de dinossauro sem penas não podem ser os filhotes da minha admiradora coruja! E foi um belo manjar para o papo! Quando a coruja voltou e não achou os seus filhos, soltou seus gritos desesperados e atraiu a águia de volta que lhe replicou: Tu disseste que eram teus filhos os mais lindos passarinhos do mundo! Se te explicasses melhor, na certa eu os teria poupado! Conclui o fabulista - Para quem ama o feio, bonito lhe parece. Em outras versões se explica que bonito e feio são conceitos subjetivos e de pouco valor para quem nos ouve. Bem que poderiam os reformadores sociais entender a fábula e não querer devorar os seus semelhantes em nome de conceitos de ódio, inveja, arbitrariedade e rapinagem. Perceberiam que seus ideais são como miniaturas de dinossauros para os outros enquanto eles acreditam que são os mais belos corujinhos do mundo!
(A águia e a coruja)
Saiba sorrir para a vida a fin d q seja a sua própria alegria d viver
A partir daí a felicidad stará prmanentmnt ao seu lado...
Existn momntos na vida, en q as palavras prdn o sentido
ou parecn inúteis.. e, por mais q a gnt pnse numa forma d empregá-las
elas parecem não servir.. ntão a gnt não diz..
apnas sente..
Sobreviver não é o mesmo que viver. E muitas vezes nos contentamos com uma miragem de felicidade até que uma segunda chance abra nossos olhos...
De que serve procurar a nossa felicidade na opinião dos outros, se podemos encontrá-la em nós mesmos?
Qualquer coisa que temos dobra de valor quando temos a oportunidade de compartilhá-la com o próximo.
O bem que acaba de fazer é um pouco menos sabido e conhecido pelos outros, na verdade; mas fez esse bem; que é que ele queria mais?
Descer ao Nível do OutroHá certas pessoas de certo estofo ou carácter com as quais nunca nos devemos meter, das quais não nos devemos queixar senão o menos que pudermos, contra as quais não é permitido termos razão.
Entre duas pessoas que tiveram uma violenta discussão, na qual uma tem razão e a outra não, o que a maior parte das pessoas que assistiram à discussão nunca deixam de fazer, para se dispensarem de julgar, ou por temperamento que sempre me pareceu deslocado, é condenar os dois: lição importante, motivo urgente e indispensável para fugir a oriente quando o tolo está no ocidente, a fim de evitar dividir com ele o mesmo agravo.
Pergunta-se por que todos os homens juntos não compõem uma única nação e não quiseram falar uma única língua, viver sob as mesmas leis, combinar entre eles os mesmos costumes e um mesmo culto; e eu, pensando na contrariedade dos espíritos, dos gostos e dos sentimentos, surpreendo-me ao ver até sete ou oito pessoas reunirem-se sob um mesmo tecto, num mesmo recinto e compor uma única família.
(...) Buscamos a nossa felicidade fora de nós mesmos e na opinião de homens que sabemos aduladores, pouco sinceros, sem equidade, cheios de inveja, de caprichos e preconceitos. Que extravagância!
Os homens esão demasiado ocupado consigo mesmos para ter tempo de compreender e discernir os outros.
Enganam-nos as aparências de satisfação, calma e cordialidade, fazendo-nos supor uma paz que não existe; poucas há que ganham em ser aprofundadas.
A morte só chega uma vez e faz-se sentir a todos os momentos da vida; é mais cruel temê-la do que sofrê-la.
