Camila heloíse
“Essa história de um completar o outro só é bonita em filmes. Na vida real as coisas são bem diferentes. Colocam na cabeça que é preciso ser metade, e acabam sendo vazio. Querem completar alguém, sem ter nada nem pra si próprio, são corações vazios querendo se juntarem a corações vazios. O que teremos? Sentimentos vazios, almas vazias e cabeças cheias de tanta decepção. Porque isso que fazem não é amor. Amar não é completar, é acrescentar, desculpem-me os clichês, mas amar é mais que dar pelas metades é se dar por inteiro. Amar é ser por completo e fazer o outro trasborda-se de si por não se caber mais, é ser a peça a mais do quebra a cabeça e dar beleza por ser assim, diferente de tudo.
Explico-me, antes tudo, pra ser feliz com alguém, é preciso vivenciar a felicidade sozinho. Se bastar, se felicitar e se amar. Por isso relacionamentos acabam de uma hora pra outra, alguém que não ama a si mesmo, quer amar o outro. Não é assim. É viver o amor próprio e depois viver o amor a dois. Não é ser cara metade, é ser o sentimento todo, e de tanto acrescentar transbordar pra fora. É preencher o próprio vazio, e quando cheio se derramar pro outro, de forma recíproca. É viver na sintonia do amor, se amar, amar, e ser amado. Se esvair se de forma bonita, se perder nos rios de sentimentos e encontrar o outro mergulhando na maré da felicidade e fazê-lo companhia. É sentir de verdade, com o coração, com alma e com todo o ser.”
— Porque amar é trasborda-se pro outro, de forma recíproca
Eu vou fazer uma música pra você
vou mandar um vídeo nosso pra TV
E vou te desenhar nas paredes por aí
não se assuste com esse meu amor
te amo do Arroio Chuí ao Monte Caburaí
te amo aqui, no Rio ou em Carandaí
mas eu te amo e eu juro que é amor por inteiro
te amo e vou te amar de janeiro a janeiro
que seja clichê, que seja doce e que seja recíproco
A gente dança na quinta,
apronta na sexta e
se aquece na noite fria de sábado
fazemos brigadeiro e adocicamos ainda mais nosso amor
se enjoar a gente salga,
até porque tem sempre a discussão de quem vai apagar a luz
mas o importante é que a gente,
depois acaba acendendo a luz um do outro
com esse amor que chega a transbordar pra fora
Vamos, vem comigo brindar a felicidade
deixa essa coisa feia de saudade e vem pra perto de mim
me amar, me adular e me ter em ti , diga que sim
a gente canta karaokê no bar da esquina
toca um violão na praça
e se ama bonito, pra não perder a graça
conta piada de madrugada
e relembra os micos de outrora
a gente se acaricia aqui, agora
volta pro nosso canto
pro seu canto aqui no meu coração
a gente pula de etapa
e começa tudo de novo
mais intenso, mais gostoso e mais clichê
mas vem logo, vem
eu preciso de você”
— Um amor clichê, entre eu e você.
Sou agora como uma terra que não dá frutos
não dou palavras. porque essas são sentimentos
e esses você arrancou de mim
das minhas terras
do meu coração”
— Infertilidade sentimental, não há adubo que cure.
Pele alva, olhos tristes, alma forte...
Sedenta de rios, cujo o nome: carinho.
Abomino a frieza, aquela, que não tem beleza e nem põe mesa.
A indiferença dos orgulhosos no penhasco,
Já não queima-me a carne,
Ofereço então meu regaço, misturado com meu canto, para seu pobre pranto.
Um pouco de Frida Kahlo
Chacoalhando a vida
Plantando flores na avenida
Colhendo pó, dor e despedidas.
Um pouco de Pagú Arteira,
amante do interno
Moderno da revolução,
Revoltada interrogação?
Um pouco de Maria...
Várias Marias,
Parida com manias
Intérprete de mim mesma.
Hoje o dia amanheceu cinza, e o silêncio me fez pensar…
Voltei ao passado, com lembranças que antes estavam apagadas. Tempo em que tudo parecia claro e calmo, foi onde cheguei a conclusão de que nada é esquecido por inteiro, mesmo as coisas mais rudes, elas ficam lá, guardadas bem no fundo da nossa caixinha de memória e basta uma coisa para lembrar, pode ser uma música, ou até mesmo o clima do tempo.
Sorte a nossa, podemos reviver momentos e relembrar histórias! Que mesmo distantes estão tão próximas da gente, eu me lembro bem de quando tinha apenas 16 anos e tudo era novidade, o sorriso que fitava no meu rosto com cada coisa nova que me era permitida, sentia um sensação gostosa em saber que novos ares, e responsabilidades estavam vindo, hoje sinto que já não irei viver isso novamente, mas posso reviver com o fechar dos olhos.
Me trás tanta alegria saber que nossa mente é algo tão divino, podemos viajar para onde quiser, sem permissões, sem conselhos, livres de qualquer especulação. Aqui dentro não existe esquecimento, é só pensar e pensar, que logo encontramos o que queremos: Velhos amigos, histórias tristes e alegres, o primeiro beijo, o antigo amor, aquela pessoa querida que já se foi, o café da manhã feito pela vovó, os domingos de feira com o meu avô… Tanta coisa linda que passou, e saudades deixou.
Se não sabe lidar com o meu pior. Por que merece meu melhor? Se fugir do roteiro, perde toda a produção
Sou dessas, capaz de brigar só de olhar e amá-lo loucamente. Ou de conviver diariamente e não sentir nada.
Quem não quer palpite não se faça e vitima, quem não aceita opinião, não use o face como diário. Viu como é simples?!
Pra quem já está com uma jaca enfiada no cú, uma azeitona a mais não tem problema. (ditado popular do Gabriel Biagi)