सदस्यता प्राप्त करें Steam खाता 👉🏻 acc6.top 👈🏻
Já percebeu como a gente se dá tão bem? Do nada bate uma vontade de estar contigo, te abraçar, dar beijo, como a gente não pode se ver o tempo todo; a solução é te ligar só pra dizer ‘eu te amo’, mandar uma sms cheia de declarações. Pode ser em qualquer dia, ou qualquer hora; na verdade, a grande graça dessas atitudes é não ter hora marcada não é mesmo? E o mais engraçado é que nós dois fazemos isso, sempre que sentimos vontade.
Às vezes eu tenho medo que seja muito piegas de minha parte, ficar dizendo ‘eu te amo’, tantas vezes, mas é que essa frase carrega tantas coisas que eu quero falar, mas que não consigo expressar. É complicado demais, por isso repito-a tanto, para que você nunca duvide disso. Deixa eu tentar explicar, uma pequena parte do que meus inúmeros ‘eu te amo’ significam:
Você me é assim um tanto especial; digna de receber tantos apelidos carinhosos quanto minha imaginação de poeta pode concretiza, por mais abstrato que amor seja, para mim ele é completamente concreto nos laços que atamos juntos.
Mesmo sendo tão diferente, é como se simplesmente fossemos feito um para o outro. A nossa vontade de ficar juntos foi tão grande, apesar de tantas adversidades (impostas por nós ou não) que se tornou Amor; um daqueles que até O Tempo sentiu inveja. Eu não o culpo; de todas as pessoas, divindades e tudo o mais que observam nossa sincronia, quem não sente inveja da gente? O nosso amor é assim tão puro e belo, perfeito até nos defeitos e desentendimentos. Você me faz um bem enorme, que o tempo que passamos juntos, é ínfimo, tão pouco, quase nada comparado a minha vontade de você. Agora parando pra pensar, acho O Tempo percebeu isso, e como não podia roubar de nós a intensidade de nosso amor, decidiu tomar de nós o tempo que tínhamos para ficar juntos, a sós, aproveitando a companhia um do outro; só que ele falhou em ir veloz, pois a saudade só fez aumentar a necessidade que eu tenho por você, a dependência que meu corpo sente pelo teu abraço.
Desde que me levanto pela manhã, sinto um comichão gostoso surgir pela minha face, eu dou um sorriso e lembro do sonho bom que tive com você; daí em diante já fico aguardando o dia que vem, pra poder te ver, e tentar fazer o tempo esperar, como esperei, numa eternidade (mesmo que sejam os dois segundos que fiquei esperando você voltar do toalete). Quanto mais eu paro pra pensar, mais penso em você; e quanto mais lembro; mais lento o tempo decide passar para mim, tanto que ele parece estagnar, de uma forma que só um Tempo invejoso sabe fazer! E quando finalmente tenho você, já nem sei que dia é hoje, nem sei se passaram semanas, anos, minutos ou meses desde que comecei a encarar o seu olhar; é como se esse olhar me levasse até uma dimensão a parte, onde o tempo não tem vez, e que cada vez mais, brilha intensamente, toda vez que ficamos a nos encarar.
Se eu olho para trás (para o tempo em que estamos juntos) fico muito confuso; às vezes acho que já passou tanto tempo, pela intimidade e intensidade que a gente construiu, e ao mesmo tempo, acho que não passou quase nada, que nosso futuro precisará de muito mais que milênios para se concretizar. E o tempo vai passando assim devagar, do jeito que eu sempre quis; nosso amor é daqueles tão raros e místicos, capaz de alterar o espaço-e-tempo contínuo; não só para mim, para nós dois.
Eu sempre desejei poder domar O Tempo, e agora percebi que nunca pude fazê-lo; só quem tem essa habilidade é o Amor, e ele o faz, forçando o tempo a passar devagar quando estou contigo, e ao mesmo tempo tão rápido! Na verdade, os parâmetros que conhecemos para o tempo, simplesmente não funcionam. Você entende o que quero dizer? (na verdade nem eu entendo muito, só sei que faz muito mais sentido quando paro de pensar com a cabeça e passo a pensar com o coração).
Se um dia eu conseguir lhe mostrar o tempo que vivenciei antes de ti, talvez você entenda o porquê de eu não querer sentar para discutir, de eu ser assim meio retraído, simplesmente por saber que o tempo vai passar rápido para mim! Nem adianta fazer birra, embora aquele biquinho seja extremamente lindo, você tem que me entender quando peço um tempo para você me ouvir (ou apenas para eu me ouvir).
É meio difícil de aceitar eu sei, mas é a única solução para mim; que congelei, fugindo do amor; até lhe conhecer estava tendo êxito, mas por me auto congratular, acabei caindo nessa armadilha, e não sabia como me portar, quando o amor veio me chamar (acho que esse foi o grande x do problema de termos demorado tanto a dar certo); quando você me descongelou, roubando da raposa a escolha de amar, acabou por me deixar nessa dúvida tremenda: será que o tempo vai ter tempo para amar? Ou será que no fim, eu terei que ficar só, como fiquei tão bem quando me congelei? E então, se todas as cicatrizes voltarem a latejar, para onde vou poder fugir? Bem você, sem perceber me deu essa resposta! Se tudo o mais falhar, poderei me esconder no único abrigo que confiaram a mim; o seu coração, único ponto onde me sinto confortável o suficiente para não temer o futuro; pois quando meus olhos estão refletidos nos teus, sei que o tempo vai esperar, até a eternidade do nosso amor se perpetuar.
Agora você consegue entender quanta coisa o meu ‘eu te amo’ carrega? Eu te amo.
Ela é macia, quente, seu abraço um tanto aconchegante, segurá-la em meus braços foi mais natural do que poderia imaginar; seu perfume é uma doce promessa que me traz lágrimas aos olhos. Foi assim que me despedi, sem nem perceber que era uma despedida.
Por menos um ciclo do sol, eu a conheci, me apaixonei, me viciei, desapeguei, abandonei, reapaixonei, enjuei e ignorei. Tudo tão rápido, mas de uma forma tão intensa, que foi um amor para uma vida toda; pena que esse amor não durou nem mesmo a vida de uma vespa, que nasce na primavera, e morre num inverno.
Foi mais ou menos o que aconteceu com ela, como uma vespa, que visualiza uma fogueira. Pobre coitada, hipnotizada, lá no fundo sabia que seria o seu fim, mas não resistiu aquela luz, e foi em direção a fogueira.
Pobre dela, que sempre foi contra ao que eu queria, e sem perceber, não teve escolhas, veio até mim, deixando morrer sua parte mais inocente.
E aí, depois do pequeno hiatus que preguei ao seu coração, ela aprendeu a se proteger de mim, de uma forma que nunca esperei. Pois é, como eu sou um mal perdedor, não aceitei aquela defesa.
Eu nunca fui um vencedor, porém, nunca aceitei a derrota. Na verdade, é algo bem além, essa caracteristica é do meu coração, que simplesmente não sabe perder. E desde então, eu desapereci, a fogueira se apagou, e a pobre vespa ficou desnorteada, no escuro, sem seu vício para lhe guiar.
Mas essa é só mais um romance, que como todo romance que se prese, teve seu início, seu meio, e seu fim.
Pois por definição, romance tem que ter um fim.
Tudo aconteceu como as palavras dele queriam que acontecesse. Mas essa não era a real vontade de Daniel. Lá no fundo ele fora ingenuo de acreditar que Isabel iria lhe impedir... Mas ela não o fez, acatou a decisão dele, deixou que os sentimentos velhos e sem manutenção, caíssem como folhas amareladas e sem vidas ao fim do Outono, com o frio que dominou o coração de ambos.
Ela não soube dizer quanto tempo ficaram sem trocar uma palavra... Quanto tempo o frio os deixou hibernando, só percebeu que já se iam chegando a oitenta semanas que ela o conhecia, ou pelo menos que achava que conhecia. E como em todo inverno, ela teve saudade do calor do Verão... Desejou saborear uma nova Primavera, mas sabia que aquilo eram só ilusões tolas que seu coração costumava a pregar sempre que dormia.
-Eu mereço bem mais que 100% - ela anunciou quando ele pausou um monologo.
-É?
-É.
-Por que?
-Porque sim, oras - ela insistiu sorrindo.
-Acho bem dificil... Nem eu tenho 100% de mim mesmo - ele confessou com um sorriso triste.
-Justamente, por isso eu mereço! - ela sabia que não havia sentido no que falava e por isso lhe deu um sorriso confiante.
Ele a tomou pelos braços.
-E eu mereço você - ele disse envolvendo-a num abraço apertado que só ele sabia dar. Beijando-a de um jeito que só ele sabia beijar. Lhe tirando todo o frio, lhe enchendo de calor.
Aquelas lembranças traziam frio. Um frio que Daniel nunca esperou sentir. Ele que era o homem que não se arrependia, agora sentia aquela ferida latejar o tempo todo. Tinha que fazer alguma coisa...
-Eu preciso de você - ele confessou quando completava-se a 80ª semana que se conheciam - preciso do seu sorriso, preciso do seu olhar, preciso da sua vontade de sonhar...
-Hmm - ela respondeu friamente. Sabia que tinha que se controlar. Mais do que jamais fizera. Não queria nunca mais mergulhar naquela imensidão de incertezas que tendiam a lhe machucar tão profundamente. Pelo menos era isso que sua racionalidade lhe dizia: ela não queria.
-Eu sei que o que fiz foi muito errado.
-É.
-E sei que não tem perdão.
-Não, eu já lhe perdoei - pelo menos era isso o que Isabel dissera a si mesma.
-Eu acho que o que fiz contigo foi só um reflexo do que fiz a mim mesmo...
-Como assim?
-Bem... Quando eu era criança, eu prometi a mim mesmo que iria ser quem eu quisesse. Que iria viver o que sonhasse. E olha quem eu sou... Você já parou pra pensar que talvez você seja uma pessoa que seu 'eu-criança' teria aversão?
-Daniel...
-É sério... Sei lá, é como se eu não tivesse motivos pra viver mais... Como se eu tivesse falhado em tudo...
-Não diz isso.
-Só estou falando a verdade...
-Olha, tenho que ir - ela estava dizendo a verdade. Precisava dormir. Mas então porque sentia um nó na garganta tão apertado?
-Vai, vai... Desculpa por tudo, mais uma vez...
-Eu já te perdoei.
-Mas eu não me perdoei - aquilo lhe fez sentir uma certa satisfação. Mas aquela satisfação era tão fria. E isso a fez mal. Tinha que fazer algo... Mesmo que ele não merecesse.
-Olha, para com isso ok? Por favor... Você é muito melhor do que a maioria, você sabe disso... - do contrário, por que então ela tinha se deixado roubar por ele? - você me fez acreditar nisso...
-Eu te comprar um produto defeituoso.
-Pode até ter sido... Mas eu comprei. E amei. Lá no fundo, ainda amo. Então fica bem.
E ela fugiu. E ele ficou cheio de sensações estranhas. Sorriu, e se lamentou. Alegria e arrependimento. E ele resolveu escrever sobre os dois. Tudo iria voltar como deveria ser... Só que nunca voltou.
Daniel e Isabel continuaram a se falar, porém cada vez menos... Sem mais vontade. Eles se amavam, e se amariam até o fim da vida, pelo amor impossível que haviam encontrado naquele relacionamento estranho; pela tragédia, pela comédia, pelo amor, pela amizade... Mas eles nunca ficaram juntos, porque foram covardes.
Ela foi covarde em nunca admitir para si mesma o que realmente sentia por ele. Ele foi covarde em nunca deixar que aquilo que sentia fosse livre o bastante para se concretizar. E sinceramente, o amor não existe para covardes.
Um mendigo adiante passando fome; uma criança maltrapilha sendo maltratada; um homem dormindo no papelão; mulheres ofertando o corpo a cada esquina.
Tudo passa despercebido aos seus olhos. Egoísmo natural, seres humanos são assim por essência, hipocrisia é a principal fonte do discursso daqueles que pregam o altruísmo.
Segue em frente, com suas dúvidas no coração, são mais importantes que uma mãe se dilacerando pelo assassinato do filho em mais um assalto. Na sua cabeça, eles são apenas figurantes, dentro de uma hora, a memória já deletou a participação deles em sua vida.
Como um ato, numa tragédia, cada figurante é protagonista de sua própria complicaçao. Desde 1914, repetimos o mesmo ato, quem morre ao nosso lado, perece ali, e fica pelo caminho.
Zumbis, vão se amontoando, expectros de futuros tão brilhantes, de vidas que podiam ter sido estrelas, ídolos, pais... O destino não é tão justo assim ou é?
Sacode a cabeça, lembra dos olhos âmbar dela; É bem mais interessante tentar solucionar seu problema, e ignorar o que acontece a sua volta. Afinal são simplesmente figurantes.
Quando estou sozinho sinto o amanhã tão distante,
Pois desde que você me roubou para si,
Meu futuro já não pertence só a mim.
Mesmo se tivessemos todo o tempo do mundo,
Ainda assim não seria o bastante,
Para saciar minha vontade de estar com você,
É como se a eternidade não completasse um segundo.
Se eu tivesse todos os meios para expressar como me sinto,
Eu não seria capaz de lhe mostrar nem um terço,
De todo os sentimentos e sensações,
Que você provoca em todo meu ser.
Toda vez que estou contigo,
Meus olhos não param de dizer,
Que eu te amo um tanto assim.
Numa longa noite sem sono,
Meus pensamentos voam para seus olhos achocolatados,
Para seu sorriso mais envergonhado,
Para nossos abraços mais apertados,
É o único jeito para eu dormir feliz.
Quando adormeço, sempre vou te buscar,
Pra poder te falar, mais uma vez,
Que sem teu amor, não há luz calor,
O meu mundo é frio, um estranho vazio.
Quanto mais fico longe de você,
Mais eu percebo o quão preciosa você é para mim,
Quanto mais tempo fico contigo, mais sinto algo sendo preenchido,
Meu coração.
Pode não parecer, mas tem tantas coisas que ainda quero te falar,
Que anseio por te mostrar... Os meus sonhos bons,
Da minha vida boba, com todos os seus tons,
Todo o meu amor.
Então, por favor, fique aqui até o infinito,
Me dê seu sorriso, e terei dias brilhantes,
Enquanto eu ainda puder te abraçar,
E saber que você é minha,
As trêmulas palpitações do meu coração,
Vão se transformar em suspiros sinceros,
Chamando pelo seu carinho.
Te darei dengo, afeto, mimo e outras coisas mais.
Aperreio, chatisse e tudo que me faz,
Ser assim, um bobo apaixanado, apenas por ti.
Fique comigo, e mais que um terço,
Te darei toda a minha vida.
Colo 1. A parte do corpo humano formada pelo pescoço e ombros. 2. Local onde o filho se sente protegido pela mãe. 3. Abrigo (de amigo) 4. Refúgio para as horas tristes.
Os seres humanos não nasceram para viverem sozinhos, não a toa, são uma das únicas especies animais, em que a cria depende exclusivamente do auxilio da mãe, por um longo periodo de tempo, seja por proteção, alimentação e aprendizado. Por viverem juntos, acabam por criar laços, vincúlos e relações especiais. Laços esses, que às vezes, se tornam uma dependencia estranha.
Para cada ser humano, existem pessoas que são especiais, não por terem algo especial, apenas porque elas são o ‘colo’ desse ser humano. Comumente, essas pessoas são as mães, os pais, irmãos, ou alguém da familia, e às vezes, alguém de fora, que você conheceu por conhecer, pelo destino mesmo, esses são os amigos, os amores…
O colo de uma pessoa especial, nada mais é que o local onde nos sentimos mais seguros, onde derrubamos algumas, senão todas as máscaras, onde confiamos nossas verdades e mentiras, nossos defeitos e virtudes, tudo que vier a cabeça, sem ter medo do julgamento que virá, pois confiamos nesse julgamento.
Algumas espécies de aves, tem um local para voltar a cada nova estação, é lá que se sentem seguras para perpetuar a espécie, são os chamados ninhos. Para nós, seres humanos, os nossos ninhos, são um abraço apertado dessa pessoa especial, que nos aquece, protege, encoraja, fortalece e alegra.
O incrivel, é que tem vezes que o nosso abrigo some, o local que cativamos tão bem, simplesmente some, e aí como ficamos? Para onde correr?
Por serem humanos, assim como nós, nosso ‘colo’, é instável, e vulnerável, que acaba por fugir, ou desaparecer, nas horas que mais precisamos, ou em horas que nem precisamos, mas que nós queriamos que estivessem ali, de reserva, esperando por nós. Isso porque somos egoístas, e sujeitos a esse sentimento, acreditamos que dividir o abrigo, poderia nos fazer perdê-lo, e aí temos ciúmes, bobos ou não. Porque o abrigo é nosso, queremos que ele sempre esteja ali, esperando para nos atender, nos ajudar, nos levantar, mas não é assim. Seres humanos são um ninho, que precisam de outro ninho, e assim por diante, porque somos carentes, ou seja, às vezes o colo é recíproco, porém, por existirem pessoas defeituosas, nem sempre a reciprocidade garante segurança desses ninhos.
Havia aquele garota, que dizia não sentir, conquistava dizendo não querer, e na verdade sempre queria. Ela era egoísta o bastante, para gostar de ver vários garotos atrás dela. Não que ela consumasse as conquistas, apenas, os enebriava com seu charme, e os fazia ‘seus’, suas reservas, seus abrigos, as amigas dela até reclamavam, que ela tinha mais amigos, que amigas.
Só que também existia esse garoto, despreocupado e livre, que acabou por ser cativado por ela, e respondeu com carinho, ela o colocou no banco, e ele não se importou, continuou sua vida. Isso a intrigou, a fez correr atrás dele, e consumar o sentimento, desaparecendo logo depois. Ele ligou algumas vezes, mais para saber noticias dela, do que para tentar continuar a consumar o sentimento, mas ela o esnobou.
Ele seguiu sua vida, fluindo mais uma vez, e ela ficou ofendida, no começo, depois foi atrás. E aí eles seguiram, se perpetuando um ao outro, a um relacionamento estranho. Em que ele sabia que ela nunca seria dele, e ela sabia que ele não iria parar sua vida para tentar suprir as falhas emocionais dela. Eram o ninho um do outro, porque cada tampa tem sua panela, mesmo que ela não se encaixe perfeitamente, só de tampar, já estava de bom tamanho.
Independente da diferença, dos defeitos, das falhas. Era onde se sentiam seguros, e onde iriam procurar abrigo, quando tudo o mais falhasse.
Com sutileza, com saudade, um reencontro. Para ele foi estranho revê-la depois de tantos desencontros, ora bolas, eles já não eram mais o que deveriam ser.
Uma ideia louca, ele não pensou duas vezes, ligou, e disse ‘desce, tou chegando por aí em 5 minutos’, escutou uma pausa do outro lado e um ‘ta bom’, e pronto, isso foi o suficiente. Acelerou o carro, cheio de ideias na cabeça, ideias nem boas nem ruins, ideias que não passavam de loucura, até certo modo.
Daniel sorriu quando passou pelo segundo semaforo amarelo pensando ‘nossa estou realmente apressado, ok vou diminuir, não posso dar tanta moral’ e foi indo mais devagar, não que ele estivesse menos ansioso.
Isabel se olhou no espelho rapidamente e deu de ombros se encaminhando pra porta da frente ‘não Isabel, você não vai se arrumar nem se perfumar pra ele’.
Acontece que nenhum dos dois queria dar o braço a torcer, estavam afastados, e nem sabiam o porque, ela tinha relatado isso em uma das noites anteriores, dizendo que ‘parece que você não faz mais questão de mim’, enquanto ele sempre mudava de assunto de uma forma tenaz.
Quando ele chegou na portaria, não precisou nem pedir para o porteiro chamá-la, já estava ali sorridente. Um abraço de mais de cinco segundos, onde o tempo parou, para os dois, e para o mundo. Troca de sorrisos, e comentários afiados.
-Sabe o que eu tava pensando esses dias? Uma viagem minha… – ela ergueu a sobrancelha como se pedisse para ele continuar – nossos nomes terminam com ‘el’, o meu começa com D, que é a terceira consoante do alfabeto, o teu com I, que é a terceira vogal, ambos tem seis letras…
-Que viagem doida hein?
-É eu sei, e ainda somos ambos de Escorpião, tu nascesse no dia 04 e eu dia 09, sendo que D é a 4ª letra do alfabeto e I é a 9ª… Sem contar os sobrenomes… Gosto dessas viagens, numerologia… É bizarro, mas é legal… – ele parou de falar olhou pra ela, e os dois cairam na gargalhada, era sempre assim.
Conversinhas bestas, relatos de casinhos ao acaso para provocar ciumes, e ele com sutileza, e grande destreza, aos poucos ia ganhando terreno, sem nem saber pra quê, só gostava de vê-la corada.
-Você confia em mim?
-Claro que confio.
E ela deixou ele beijar sua testa dizendo ‘beijo na testa quer dizer respeito’, deixou-o tocar seu nariz com os lábios enunciando ‘aqui quer dizer carinho’, em seguida nas bochechas ‘aqui é amizade’, uma pausa no queixo ‘aqui é que te quero’, e por ultimo parou seus lábios a poucos centimetros dos dela falando ‘e aqui é que te amo, mas não vou fazer isso’.
Os dois cairam na gargalhada, ela corada deu de ombros, e ele riu mais ainda.
-Como se eu fosse te beijar.
-Ah, mas tu ia. – ele falou com toda a certeza do mundo, como sempre fazia.
-Puft. Ia demais.
-É assim sempre, o homem tem que andar 90%, a mulher os outros 10.
-Como assim?
-’Hitch, o conselheiro amoroso’ nunca assistiu?
-Assisti, faz um tempão! Não lembro de mais nada.
-Bem ele diz que o homem avança 90% e depois a mulher avança os outros 10, não é bem assim, antes que o homem chegue aos 90, a mulher ja começou a avançar os 10, porque ninguem espera um beijo parado não é?
-Hmm.
-Besta – e ele deu um peteleco na sua testa.
Mais um pouco de conversas de provocações e ciumes, e ele anunciou sua partida, nem deveria estar ali, estava no seu horário de almoço, e ia ter que comer um espetinho as pressas para que sua chefe não pedisse que ele fizesse hora extra.
-Antes disso, vem cá…
-Sai Dan! – ela tentou se desvencilhar dele, mas aos poucos deixava ele chegar mais perto. – você ta vendo que é você que tá avançando os 100% né?
-Eu não me importo com você… – e ele roubou uma mordida dos seus lábios, ela não reagiu, era a única forma de impedi-lo, ela já sabia disso, por experiencias anteriores. – tem certeza então? – ele disse sorrindo.
-Tenho – ela se levantou quando ele afrouxou o aperto – vem eu te levo lá na saída.
-Hmm – ele foi calado até que chegaram na escada entre o mezanino e a portaria, colocou dois dedos no abdomen dela, parando-a de frente pra ele, e a tomou nos braços.
-Daniel, não.
-Porque não?
-Nunca dá certo isso.
-Pra mim sempre dá certo. – e ele mordeu seus lábios, mordeu como só ele sabia fazer.
-Nããão… – ela ofegou em meio aos beijos dela, e não resistiu mais, deixou-o fazer o que queria, pois era o que ela tambem queria.
Os dois aprofundaram o beijo, e, de repente, pararam.
-Satisfeito?
-Muito. – ele sorriu e desceu as escadas calmamente.
-Não deviamos fazer isso…
-Mas nós fazemos, é o que somos. – ele pausou, deu um grande abraço nela, e sussurrou em seu ouvido – eu te amo.
-Tambem te amo – ela falou intensificando o abraço, e sem querer, acabou deixando-o ir.
Quando o porteiro abriu o portão pra ele sair, ela disse.
-Vai, e vê se coloca juízo na tua cabeça!
Ele pausou, olhou-a de lado de um sorriso e virou para frente falando, para que ela não visse o sorriso largo que se estendia em seu rosto.
-Ela já tem, quem não tem, é meu coração!
E levantou a mão num aceno de despedida, abrindo o carro com o alarme. Eles eram assim, nada muito simples, nem muito complicado, só se amavam, sem precisarem monopolizar um ao outro.
Os dias passam sem eu ter percebido
Seguindo um fluxo estranho
Deixando um vazio sem tamanho
Fazendo perceber que a vida não tem mais sentido
Não estou querendo instigar suicidios
Só sinto que continuar assim é um martirio,
Mas não irei desistir,
Pois vim a este mundo com um destino a seguir
O destino representado por um ditado
Que diz "Se tiver de acontecer,
Irá acontecer!", independente do meu querer
E pra min só sobra adiar, ou não o momento
Pois tão imprevisivel quanto o vento
O destino é o senhor do tempo
Por seguir tal filosofia
Decidi transpor minha pequena sabedoria
Em loucos e enigmáticos poemas
Criados para ajudar outros a disolverem seus dilemas
Vou tentar, em versos resumir
O que com com o tempo aprendi
Sobre essas tais decepções
Arrasadoras de corações
Falarei sobre as mais complicadas,
São as duas que com as puras emoções
Estão mais fortemente enlaçadas:
Amizade e amor, delas vêem as piores decepções
Alguém pode dizer que a decepção amorosa
É todas a mais furiosa
Devastadora de sentimentos
Eu, com meus pensamentos,
Tenho uma diferente opinião
Se pode chamar alguma de a pior decepção
Então essa é a causada pela amizade
Pois mostra a nossa verdadeira fragilidade
Simplificando tudo:
Quando se decepcionar com o amor
Ainda lhe restará um escudo
Para aliviar a sua dor
Essa é a amizade...
Mas e quando a decepção for essa fraternidade
Quem você escolherá para expôr sua fragilidade?
Como é fácil acordar e no dia continuar
Só por estar com você ao lado
Adormecida, és o motivo da minha vida
Com essa expressão serena eboba
Mas então ven a claridão e te rouba
E percebo, que era mais sonho de apos uma noite bebo
Sem você vivencio na verdade, um mundo cheio de falsidade
Sem você vinvencio na verdade, uma vida cheia de saudades
Porque não acabo logo com esse sonho?
O que faço para te ter em meus braços?
Poder finalmente teus labios beijar?
E ficar etermente a sua beleza admirar
Prometo que esses desejos irei realizar
Vou até você me confessar
Só para ver seus olhos brilhar
Ohh como é bom te amar
E só agora eu percebi que esse sonho sem noção
Foi na verdade uma importante lição
Para eu conseguir me redimir... de todos erros que não cometi
Tenho que parar de me arrepender
Por nunca ter falado a você
Sobre esses sentimentos que realidade logo vão ser
É isso mesmo Cibele Carvalho
E se as vezes eu me atrapalho
É pela imensa vontade de te querer
Porque não realizo logo meu desejo?
O que eu mais quero nesse mundo é seu beijo
Irei amar-te por toda eternidade sem fim
Pois você é tudo de importante para mim
Prometo que feliz você ira ficar
Quando juntos, fiquemos ao pôr-do-sol admirar
Porque você é tão perfeita?
E lá ia ele, sem prestar no caminho atenção
Era mais um desses inumeros filhos de Adão
Que todos os dias perdem mais uma daslições
Ensinadas naquela lendária criação
E sem perceber tragados são
Para um mundo cheio de desilusões
Ia alegre e entusiasmado
Só por estar bobamente apaixonado
Por aquela filha de eva
Que tão pura parecia ser,
Mas que sem perceber passou a ter
A mais sombria das trevas
E nenhum dos dois percebeu tal fato
Até que um acidente envolvendo um pobre gato
A fez mostrar sua verdadeira face
Uma dignissima e fria classe
Diante da ceifadora silenciosa e calma
Que vinha lhe roubar a alma
Foi aí que ele percebeu a grande ofensa
Que sua amada cometeu ao ignorar a morte
Sem perceber que estava abusando da sorte
Ao encará-la com total indiferença
Pobre criança, foi levada tão jovem
Pela foice que os túmulos movem
Levando consigo também o inocente coração
Daquele coitado filho de Adão
Que outrora era tão sorridente
Agora acabou por ser tão cruelmente
Para com aquelas pessoas que ficam comovidas
Com o final de uma qualquer vida
Pobre e tolo filho de Adão
Tão jovem e tão inocente
Nunca percebeu que para a Morte
Não importa o quão seja forte
Sempre terá um vulnerável coração
Que possa ser emagado cruelmente
E foi só quando solitário morreu
Que lembrou daquela lição
Ensinada ao seu antepassado chamado Adão
E finalmente percebeu
Que não deveria anseiar mulher aleia
Senão acabaria preso numa viciosa teia
Tecida pelo pobre coitado
Que teve seu amor roubado
E acabou por inconscientemente desejar
A morte daqueles dois foram se amar
Sem se importar com seus sentimentos
Geradores dos frios pensamentos
Culpados pela infortúnia sorte
Que abateu os amantes com a morte
Vejo terra o bastante
Para alimentar aquele montante
De pessoas que ifestam as cidades
Afligidas por um monstro de verdade
Pessoas vivendo pior que animais
Animais sobrevivendo de formas banais
Tudo porque lideres irracionais
Acham que são superiores ou melhores
E não percebem que eles são demais
Pobre frutos de uma mesma árvore
Do jeito que falei, pensas que sou engajado
Com esse triste e sombrio assunto
Que faz no mundo milhões de defuntos
Mas não... Estais redondamente enganado
Eu me omito tanto que me sinto um pouco culpado
Como pode nosso país tão bonito
Ainda mantes esse horrível problema
Isso deve soar até esquisito
Para quem vê de fora
Que não tenhamos esse resolvido até agora
Esse chato e triste tema
Culpa toda de uma aristocracia
Que também não é culpada pela sua crueldade
Afinal els só repetiam a realidade
Criada por uma ambiciosa burguesia
Desejosa por derrubar as tiranas monarquias
Essas sim as culpadas de verdade
Pelo status atual da nossa sociedade
Foi estudando história que isso percebi
E ainda notei que eu também recebi...
Na verdade não só eu
Todos os conteporâneos meus...
Que recebemos uma educação
Para continuar com essa sociedade de secessão
E como eu cheguei a essa conclusão?
Foi só porque olhando a janela do ônibus tive a visão
E a triste e chocante noção
Que para a maioria da minha amada nação
Não existe sequer uma oportuna opção
Eles terão de continuar nessa desolação
Esperando no máximo uma cardiosa mão
Que nunca lhes dará uma salvação
