Camila heloíse
Porque ao passo que se constrói uma filosofia ela começa a desfazer-se, disse-me um amigo. Tudo isso porque não existe um pensamento perfeito, ou se existe não temos capacidade para armazená-los.
A vida é um punhado de grãos de areia, terra e barro. Os quais um dia se entediaram, começando de unidade a unidade, depois formando colônias para passar um período longe do chão. Enquanto você está um pouco longe do chão, aproveite pra tentar voar. Enquanto ainda há tempo.
Tudo está tão bem, tranquilo e na mais plena serenidade que chega a beirar o tédio tamanha calmaria. Porém os males que me perseguem ( meus temores, eternos pessimistas ) me fazem crer que tamanha calmaria só pode ser uma nuvem de maus presságios. O pior mau que pode afetar um covarde é criar o mito, convencendo-se do mesmo, de que a covardia é um meio de proteger-se dos assombros que poderão possivelmente e, hão de vir.
Onde esta o amor?
Não sei onde ele foi pára
As palavras estão vindo com força no meu pensamento, esta difícil organiza-las dentro de mim
As lágrimas duras saem dos meus olhos os machucando
mais não estão entrando em contato com a minha pele
Elas caem ao chão e se quebram, como vidro se espatifando e virando mil pedasos
A minha voz não é mais voz, esta rouca e fraca
Que droga! Preciso Grita!
- Onde esta o meu heroi? Ele não vai vim me salvar dessa solidão? - voz abafada no escuro. Escuro? ou ausencia de luz? - Meu heroi? Não consigol ve-lo nem senti-lo. Onde ele esta? Sera que o espero, aqui, só e triste ou procuro outro?
Muitas vezes nos deparamos entre a realidade e o pensamento, na maioria delas o pensamento faz a realidade em outras a realidade traz o pensamento, mas seja qual for o seu momento faça do pensamento seu grande aliado, pois a fé nos ensina que a realidade é passageira.
Pergunte-se uma vez ao dia:
Por quê muitos não acreditam em Deus, se facilmente acreditam nas mentiras do mundo?
Uma Lição
Nesta existência uma das lições que me foi dada, foi a de amar os que partem cedo e os que estão longe dos olhos.
Experimentar a morte dos maiores amores e a saudade dos grandes amigos que encontram-se distantes...
Este aprendizado fez-me forte, fez-me grande, mostrou-me que estar junto não é sinônimo de estar perto, mas sim de manter dentro, onde a chama dos sentimentos aquece a alma e dá animo a caminhada dos que aprender a conviver com a perda e a distancia.
Agradeço ao Pai amantíssimo diariamente tal aprendizado, porquanto assim, através dele alcancei irmãos, mães, filhos, e pais além do sangue.
Do que seria solidão eu construí amizade, companheirismo, alegria, caridade e amor.
Esta lição eu aprendi.
O cheiro de laquê no meu cabelo
a fadiga satisfatória do meu corpo inteiro
Memórias que me fascinam
que me envergonham
me ensinam
O cheiro das luzes ao som da fumaça
e lembrança que passa
que voou.
Do empenho e da rotina de quem, legitimamente
constante e sorridente
se preparou.
A felicidade estampada
a criança com sincera risada
e a descrença, velada, superada
da força que revela sem ter mentido
sem ter mentido em nada.
A abundância que cresce
a coisa toda que, como um filme, se esvanece
numa confusão tão tranquila
pra quem sempre e nunca pronta
já se apronta na fila.
A satisfação, a crítica;
mas um amor tão sincero por toda a mística
de quem misteriosamente e sem saber por que
vive assim, sem querer
de maneira tão doce, às vezes tão cítrica,
a imensidão que só há numa vida artística.
EFEITO MANADA E O VERDADEIRO COLETIVO
Somos um coletivo. Porém também temos um caminho único, com bagagens únicas, caminhando para um mesmo destino.
Ao olharmos para nós mesmos, nos vemos destacados e é um processo necessário, de autoconhecimento do próprio processo, mas quanto mais nos auto observamos, mas podemos nos ver nos outros.
Quando não o fazemos nos deixamos guiar por forças externas. Uma delas que me chama a atenção é a onda “efeito manada”.
Já percebeu o quanto somos influenciáveis por essa?
“Mas se todo mundo diz ou percebe isso, logo é verdade”.
E se a manada está se deixando influenciar por forças que ela não vê?
É como se fosse uma epidemia de informações que nós decidimos nos deixar adentrar.
Ás vezes as forças não são nem magnéticas ou invisíveis, mas só alguém ou alguns tentando manipular uma situação para obter um certo controle.
E por falar em controle, perante à isso, percebe que não temos nem o controle de nós mesmos?
Percebe como podemos ser influenciáveis quando tentamos usar a razão?
Percebe como podemos cometer absurdos em um efeito manada e nos prender ainda mais na roda cármica de encarnações da vida e da morte, a roda de samsara?
Talvez nos sentimos atraídos pelo efeito manada justamente por termos intrínseco em nós essas lembrança de um estado de ser coletivo, integrado?
Tarefa difícil de discernir quando estamos voltados para fora, quero dizer, quando estamos tentando racionalizar.
Efeitos manadas criam linchamentos, extermínios, ideologias que irão sempre marginalizar alguns ou muitos para fora dos seus centros ideológicos.
Mas se somos um coletivo, como podemos excluir alguns?
Então, logo percebemos que a motivação deste efeito manada há um princípio egocêntrico.
Quando geramos um grupo, nos separamos do todo e criamos nós e os outros, alguém ou alguns diferentes de nós e isso pode despertar um sentimento bélico. Um espaço a defender, uma nação à defender, uma raça à defender, um time de futebol, uma religião, uma ideologia política… etc.
Sentimentos bélicos geram guerras e guerras geram destruição.
Destruir algo, alguém, alguns ou vários para defender nossos ideais, proteger um espaço delimitado.
Se pararmos em um momento para refletir e nos questionar, seriam essas as ações que podem nos libertar da roda da vida e da morte?
O que mesmo estamos tentando defender?
Estou defendendo ou atacando?
Qual a necessidade disso?
E se nos voltássemos para nossos corações e nos perguntássemos: Por que estou fazendo isso?
Ao nos voltarmos sinceramente para nossos corações talvez haveria um desatar de nós. Uma dissolução destas estruturas mentais que nos deixamos adentrar ou que nós mesmos criamos e que nos separam dos outros.
Veremos que não há oponente,não há separação, não há competição e sim a cooperação, o verdadeiro coletivo.
(C.F.S)
O TEMPO
O algoz e o herói
Nos prende até nos preencher do necessário
Ou talvez nos comprime até nos esvaziar
Para assim estreitos, sermos a própria chave que adentrará a fechadura
Deixando para trás a prisão
Na liberdade, agora sem porta, paredes, fechaduras...
Sem barreiras
Sendo o Nada e o Tudo
(C.F.S)
Lugar de fala é apenas mais uma narrativa para calar uma opinião contrária. Se reparar, ninguém cobra lugar de fala de quem converge na mesma ideia, mesmo sem ter passado pela mesma experiência…
Ninguém pode verdadeiramente se colocar no lugar do outro, mas apenas na sua ideia do que é o lugar do outro e assim acabava, invariavelmente, voltando para o seu próprio lugar.
Ela se recuperaria a tempo de ver tudo que ainda existia em volta dela porque a tristeza era uma coisa muito grande, mas ainda era apenas uma das coisas.
Fingia que tudo acontecia em volta dela e perto dela e em cima e embaixo dela, mas que nada disso a atingia, porque logo tudo terminaria e a ideia era voltar a viver a vida a partir de um momento zero – não a mesma vida, isso ela sabia –, mas uma vida diferente.
O bom era o cheiro da mãe, um cheiro puro conforto e refúgio e não existia lugar mais seguro e confortável no mundo do o que o colo da mãe, com o cheiro doce da mãe, que era um cheiro que acalmava tudo.
Discordava com veemência disso, de o cinza ser a cor da tristeza, ao menos daquela tristeza, porque isso seria nomeável, se fosse cinza, era facilmente possível definir uma cor e uma densidade, e cinza eram todos os dias triste sobre todas as coisas tristes que existiam no mundo para ela.
Me sinto incapaz de ter alguma mudança... Mas não digo como se eu não fosse mudar algum dia, como se eu não fosse ser alguém melhor algum dia, mas sim que me sinto só piorar mesmo ao esforço que eu faça, sinto como se eu tivesse tentando atoa pq ngm vê.