Camila heloíse
Na inquietude dessa calmaria
Mergulho no meu infinito
Em busca de encontrar
Quem sempre esteve aqui
Um velho conhecido
Que, a rigor, nunca conheci
Encoberto por mistério
Nem ele sabe o quanto é
Já foi feio e bonito
Alegre e chato
Ignorante e sabido
Não que não tenha sido genuíno
É mutante
Transforma-se, adapta-se
Reinventa a si mesmo
Quem assiste analisa, opina
Esquecendo ou não sabendo
Tudo é transitório
Cabeça de algodão
Pés um tanto acima do chão
Olhar perdido
Amor correspondido
Nada além importa
Se a criatura está em volta
Seja presente
Ou mesmo só dentro da mente
Coração dispara
Pensamento longe
Monta e remonta cenas
Tira o sono e faz sonhar
O sorriso é bobo e fácil
Abençoa e é grato
Tudo muito encantador
Até para aquele que ficou sozinho
Invejoso ali, como espectador
Linhas mal traçadas
Sentimentos desejosos de saltar
Do coração para o palpável
Tudo tão verdadeiro, real
Por ora e para sempre agora
Eternizados em letras guardáveis
Pois que o coração tem memória frágil
Capaz de esquecer até mesmo a sensação mais admirável
Mais um dia
Um dia a mais
Lindo por fora
Por dentro às vezes chora
Sozinho
Inquieto
Faz que está tudo certo
Mas ainda sente dor
Como pode deixar ardor
Algo que se mostrou assim
Tão vazio...
De amor
Um anjo é algo celestial,
Um amigo é uma oportunidade real de conhecer-se melhor.
Na semelhança que há entre esses dois,
O melhor mesmo é encontrar um anjo amigo ou um amigo anjo.
Um desses com quem se aprende e cresce mesmo que ele não saiba.
Ter um amigo desses significa saber que
Longe ou perto, em contato ou não, o querer bem nunca cessará,
Pois esses tais amigos anjos ou anjos amigos são eternos.
A estrela dos meus olhos se apaga ao fechar das pálpebras; mas acende em outro lugar. Talvez nos meus sonhos, talvez nos 'eus', acenderá...
Confesso que sempre leio as palavras derradeiras. São combustível para a descrença que habita no desencanto; é o recesso do canto.
É só cansaço. É só tempo escasso e revirado à espera de reviravolta. É só aquele reencontro sagrado. É só meu coração que em paz dorme. Só.
Consciente das árvores que sombreavam seu coração, às vezes se perdia na imensidão onipresente dos sentimentos; palavras fugiam dos dedos.
Já não vejo mais o brilho no olhar
Teus braços já não tem mais o mesmo calor
Teus beijos são frios como noite de inverno
Cada dia nos afastamos mais
Não nos buscamos, ao contrário
Nossos mundos estão separados
Criamos um abismo enorme entre nós
Não foi culpa sua, nem minha
Deixamos que o tempo interferisse em nós
Negligenciamos um amor tão puro
A amizade, o companheirismo
Agora, vamos seguir nossas vidas
Por caminhos diferentes
Quem sabe um dia voltamos a nos encontrar.
Não consigo entender como as pessoas se deixam levar
São facilmente influenciáveis,
Onde foram parar os valores, a palavra dita e cumprida.
Lealdade, honestidade já não existem no mundo
Simplesmente as pessoas estão vazias,
Pensam em apenas Ter, e esquecem o Ser
E perdem, amigos, família
Nada mais dura para sempre,
Não consigo me encontrar nesse mundo
Não tem como fingir o tempo todo que estou bem
Quero apenas partir desse mundo, acordar desse pesadelo
Onde o mais forte é o que engana
De que adianta viver se o sofrimento é inevitável
Não pela maldade, mas pelas pessoas
Seres que poderiam iluminar o planeta, e simplesmente preferem
A escuridão
Meu coração não agüenta mais ver isso,
Para que falar de paz, se não conseguem nem mesmo
Viver bem consigo mesmo.