Brincar de Amar
Sabemos o que acontece quando uma pessoa tem esperança de obter uma coisa desesperadamente desejada; parece bom demais para ser verdade.
Um dia conheci uma menina linda com um sorriso encantador, ela conquistou minha amizade, algum tempo depois essa menina linda se tornou mulher e conquistou o meu amor.
Não deve haver limites para o esforço humano. Somos todos diferentes.
(Stephen Hawking)
Só um imbecil completo deseja ter uma opinião própria. Quem tem cabeça busca uma opinião verdadeira.
Saudades
Muito tempo sem você ao meu lado.
Às Vezes, vejo seu sorriso, seu olhar em outros rostos.
Toco seu rosto, acordo do sonho e encontro apenas o vazio.
Hoje percebo o quanto a vida é curta para deixá-la passar em branco.
Eternamente amigos, eternamente no coração daqueles que amam.
Um dia nos reencontraremos, não paro de sonhar com você.
Só quero abraçá-lo mais uma vez, sentir sua alma presente, seu olhar e suas mãos quentes.
Aniversário
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Nota: Trecho do poema "Aniversário" de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa
É que eu adoro o que eu digo. É impressionante como eu me encanto com o que o eu mesmo falo, é impressionante o quanto eu entendo quando eu mesmo explico. Porque tem gente que condena, as pessoas consideram isso arrogância. Mas pare para pensar: Se você vai ter que conviver com você mesmo até o fim, se você vai ter que se aguentar até o fim, se você vai ser espectador de você mesmo até o fim, é melhor que se encante com o que faz.
É preciso que eu suporte duas ou três lagartas se eu quiser conhecer as borboletas...
O essencial é invisível aos olhos.
Nota: Trecho do livro "O pequeno príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry.
Exaltação ao Nordeste
Eita, Nordeste da peste,
Mesmo com toda sêca
Abandono e solidão,
Talvez pouca gente perceba
Que teu mapa aproximado
Tem forma de coração.
E se dizem que temos pobreza
E atribuem à natureza,
Contra isso, eu digo não.
Na verdade temos fartura
Do petróleo ao algodão.
Isso prova que temos riqueza
Embaixo e em cima do chão.
Procure por aí afora
"Cabra" que acorda antes da aurora
E da enxada lança mão.
Procure mulher com dez filhos
Que quando a palma não alimenta
Bebem leite de jumenta
E nenhum dá pra ladrão
Procure por aí afora
Quem melhor que a gente canta,
Quem melhor que a gente dança
Xote, xaxado e baião.
Procure no mundo uma cidade
Com a beleza e a claridade
Do luar do meu sertão.
O Menino Que Carregava Água Na Peneira
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e sair
correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que
catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.
O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores
e até infinitos.
Com o tempo aquele menino
que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira
Com o tempo descobriu que escrever seria
o mesmo que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu
que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo
ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro
botando ponto final na frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou:
Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os
vazios com as suas
peraltagens
e algumas pessoas
vão te amar por seus
despropósitos.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
Nota: Trecho adaptado de soneto de Luís de Camões.
É muito difícil ir embora - até você ir embora de fato. E então ir embora se torna simplesmente a coisa mais fácil do mundo.
– Aslam, como você está grande!
– É porque você está mais crescida, meu bem.
– E você, não?
– Eu, não. Mas, à medida que você for crescendo, eu parecerei maior a seus olhos.
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