Bom fim de Semana Amiga

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O coração, meio desenganado, agitou-se outra vez.

Machado de Assis
Quincas Borba (1891).

Não, vocês tem balas, e a esperança de que quando elas acabarem eu não esteja mais de pé, por que se estiver, vão estar mortos antes que possam recarregar.

Você já se sentiu
Como um saco de plástico
Voando com o vento
Querendo começar de novo

Você alguma vez já se sentiu
Se sentiu tão frágil
Como um castelo de cartas
A um simples sopro de desmoronar

Você alguma vez já se sentiu
Como se estivesse enterrado
A sete palmos
Você grita, mas parece que ninguém ouve nada

Você sabe que há
Uma chance para você
Pois você tem um brilho
Você só tem que...

Acender a luz
E deixá-la brilhar
Seja o dono da noite
Como o dia da independência
Pois, baby, você é como fogos de artifício
Venha e mostre do que você é capaz

Vinícius de Souza

Nota: Trecho da música "Fogos de Artifício".

Algum dia, quando tivermos dominado os ventos, as ondas, as marés e a gravidade, utilizaremos as energias do amor.
Então, pela segunda vez na história do mundo, o homem descobrirá o fogo.

A lente da minha câmera está marcada de momentos felizes, incríveis e principalmente inesquecíveis.

Conhecia as regras do escrever, sem suspeitar as do amar; tinha orgias de latim e era virgem de mulheres.

Machado de Assis
Dom Casmurro

Cartas comoventes que comprovam: o verdadeiro amor pode nascer ao acaso e vencer a morte!

É tão misterioso o país das lágrimas

A vida é um mistério, que somente nos é revelado pelos processos do Amor; quanto mais a gente ama, no quilate do Amor que nada pede, mais ficamos sabendo das coisas escondidas dos que desconhecem essa virtude por excelência.

Heróis genuínos fazem-se desde dentro, na luta da alma pela verdade da existência. Antes de brilhar em ações espetaculares têm de vencer a mentira interior e pagar, com a solidão moral extrema, o preço da sinceridade.

Aprendi que o artista não vê apenas. Ele tem visões. A visão vem acompanhada de loucuras, de coisinhas à toa, de fantasias, de peraltagens. Eu vejo pouco. Uso mais ter visões. Nas visões vêm as imagens, todas as transfigurações. O poeta humaniza as coisas, o tempo, o vento. As coisas, como estão no mundo, de tanto vê-las nos dão tédio. Temos que arrumar novos comportamentos para as coisas. E a visão nos socorre desse mesmal.

Manoel de Barros

Nota: Trecho da entrevista publicada na edição 117 de Caros Amigos, em 2008.

Só aqueles que desistiram de viver acham que os sonhos são impossíveis.

E este sorriso, e esta gratidão por tudo,
e esta alegria gratuita que não me largam...
Tudo que é maravilhoso repousa em mim.
Por isso vou cuidando pro meu coração,
que é tão largo, ficar cada vez mais aconchegante.

Distinção: O ateu não tem motivos para acreditar em Deus. O ateísta acredita que ninguém os tem.

CIDADEZINHA QUALQUER

Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.

Carlos Drummond de Andrade

Nota: De Alguma poesia (1930)

A respeito do amor, amo loucamente, como se pode amar aos vinte e dois anos, com todo o ardor de um coração cheio de vida. Na minha idade o amor é uma preocupação exclusiva, que se apodera do coração e da cabeça. Experimentar outro sentimento, que não seja esse, pensar em outra coisa, que não seja o objeto escolhido pelo coração, é impossível.

Devemos acreditar mais nas verdades da fé do nas coisas que vemos, porque a vista do homem pode falhar, mas a ciência de Deus é sempre infalível.

O amor não começa na palavra, o amor começa no olhar, palavras são passageiras, olhares duram a vida inteira.

A mulher é como uma rosa!
se você tratar com desprezo
recebera os espinhos
mais se tratar com carinho
recebera o aroma do amor!

O Amor Bate na Aorta

Cantiga de amor sem eira
nem beira,
vira o mundo de cabeça
para baixo,
suspende a saia das mulheres,
tira os óculos dos homens,
o amor, seja como for,
é o amor.

Meu bem, não chores,
hoje tem filme de Carlito.

O amor bate na porta
o amor bate na aorta,
fui abrir e me constipei.
Cardíaco e melancólico,
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros.

Entre uvas meio verdes,
meu amor, não te atormentes.
Certos ácidos adoçam
a boca murcha dos velhos
e quando os dentes não mordem
e quando os braços não prendem
o amor faz uma cócega
o amor desenha uma curva
propõe uma geometria.

Amor é bicho instruído.

Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que corre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.

Daqui estou vendo o amor
irritado, desapontado,
mas também vejo outras coisas:
vejo beijos que se beijam
ouço mãos que se conversam
e que viajam sem mapa.
Vejo muitas outras coisas
que não ouso compreender...