Bolero de Ravel Carlos Dummond de Andrade

⁠Só percebe que é livre, quem é livrado.

⁠Decisões nos tomam.

⁠Nunca ouvi uma palavra que dissesse algo.

⁠Consciência é Jurisprudência.

⁠Pessoas profundas precisam de períodos frívolos.

⁠Escrita com hora marcada é um desastre.

⁠Ser compreendido é o cúmulo da esperança.

É o fim, mas não estou afim.

⁠Não estou afim, mas não é o fim.

⁠Será?
Estou curioso.
Cadê a poha do brilho que conheci?
Me conflita essa vaga percepção.
Que não está em questão.
Alienado, vago.
Só não me mato.
Acho que tentei.
Consegui?
A dor se foi.
Está aqui.
Não percebi.
E agora?
Consumir
Produzir
E por aí vai.
Meu universo é o pensar
Tem que estar
A maioria não está
Nem de longe
Algo?
Alguém?
Quem?
Ninguém.

⁠Tenha uma agenda de compromissos, eu não tenho.

⁠Você é diferente da maioria, aproveite.

⁠Caro é a obrigação, preço é a barganha.

⁠Toda carência tem prazo.

⁠Duro não é ser trouxa, é fingir que não percebeu.

⁠Não tenho uma essência, tenho essências.

Faça seu próprio milagre.⁠

⁠A dor modela o caráter.

⁠Se passou está passado.

⁠Desambientação também leva tempo.

⁠Sede é diferente de impaciência.