Bolero de Ravel Carlos Dummond de Andrade

⁠Conluio

Quanto sinto o que sei, digo o que não sei
O que há de melhor nesta vez?
Busco o que tenho e entrego o que não possuo
Penso no ego e concluo
Grito, nego, Confúcio
Que será de mim?
Quem será assim?
Capaz de desenvolver, um plano para resolver
Este dilema autodidata
No qual as respostas ficam cada vez mais claras
E as vontades cada vez mais escassas
Escassez em terra fértil
Afogada nesse manancial de soluções
Afinal qual a ordem que de fato respira.

⁠O amor a pólvora

A bala

Concreta.

Um é um
Outro é outro
Todo um é outro
E todo outro é um...⁠

⁠Os olhos são a porta da alma, as janelas são os ouvidos.

⁠Filosofar é sentir, sentir é pensar, pensar é agir.

⁠A verdadeira amizade é o verdadeiro amor.

⁠O desejo é uma fera selvagem, se domado se torna uma arma.

⁠Intuição é o dom mais doloroso e sensato.

⁠Esperto é o que menos sabe.

⁠O maior capital é o humano.

⁠O menosprezo é o sal dos hipertensos.

⁠Amor ao próximo também é amor próprio.

⁠A realidade é um sonho ou um pesadelo.

⁠A batida da alma é mais forte que a do coração.

⁠Quem fala o que pensa profere sua sentença.

⁠Três estados

A mente cria, copia, vadia
O corpo sente, quente, esfria
A alma fala, cala, silencia.

Que luz é essa que vejo com os olhos fechados.⁠

⁠O verdadeiro conhecimento é o discernimento

⁠Quando digo que sei penso que não sei
Quando penso que sei digo que não sei

⁠A mentira rompe os laços mais profundos, libertando os que dela fazem seus alunos.