Bolero de Ravel Carlos Dummond de Andrade

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O verdadeiro amor só conhece a igualdade.

As obras de caridade que se praticam com tibieza e como que a medo, nenhum mérito, nem valor têm.

A verdade literária nunca poderá ser a verdade da natureza.

A força dos governos é inversamente proporcional ao peso dos impostos.

Não construais estátuas aos vossos heróis, é melhor erguer estátuas às vossas vítimas.

A sabedoria é geralmente reputada como pobre, porque não se podem ver os seus tesouros.

Os homens são sempre mais verbosos e fecundos em queixar-se das injúrias do que em agradecer os benefícios.

O gosto de contentar um amigo é um demónio tentador.

Quando a consciência nos acusa, o interesse ordinariamente nos defende.

Pensar só em si e no presente é uma fonte de erro em política.

A estirpe herda-se e a virtude conquista-se; e a virtude vale por si só o que a estirpe não vale.

Contemplação

Sonho de olhos abertos, caminhando
Não entre as formas já e as aparências,
Mas vendo a face imóvel das essências,
Entre ideias e espíritos pairando...

Que é o Mundo ante mim? fumo ondeando,
Visões sem ser, fragmentos de existências...
Uma névoa de enganos e impotências
Sobre vácuo insondável rastejando...

E dentre a névoa e a sombra universais
Só me chega um murmúrio, feito de ais...
É a queixa, o profundíssimo gemido

Das coisas, que procuram cegamente
Na sua noite e dolorosamente
Outra luz, outro fim só pressentindo...

O homem não é apenas um ser que sabe, mas é também um ser que sabe que sabe.

Teilhard de Chardin
A Aparição do Homem

A verdade é tão simples que não deleita: são os erros e ficções que pela sua variedade nos encantam.

Torna-se indispensável manter o vigor do corpo, para conservar o do espírito.

Face aos grandes perigos, só a grandeza nos pode salvar.

Uma boa recordação talvez seja cá na Terra mais autêntica do que a felicidade.

O homem que despreza a opinião pública é muito tolo ou muito sábio.

Mors Amor

Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,

Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?

Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,

Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!"
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"

Para não corar diante da sua vítima, o homem, que começou por feri-la, mata-a.

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