Bertrand Russell

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Bertrand Arthur William Russell (1872-1970) foi um matemático e filósofo britânico.

O universo é o que é, não o que eu escolher o que ele deve ser. Se é indiferente aos desejos humanos, como parece ser; se a vida humana é um episódio passageiro, quase imperceptível na imensidão de processos cósmicos; Se não há um propósito sobre-humano, e nenhuma esperança de salvação final, é melhor saber e reconhecer essa verdade do que se esforçar, na fútil auto-afirmação, em ordenar o universo a ser o que achamos confortável.

No seu sentido mais elementar, liberdade significa a ausência de controles externos sobre os atos de indivíduos ou grupos. Trata-se, portanto, de um conceito negativo, e a liberdade, por si só, não confere a uma comunidade qualquer alta valia.
(Realidade e Ficção)

O segredo da felicidade é encarar o fato de que o mundo é horrível, horrível, horrível.

De todas as características que são vulgares na natureza humana a inveja é a mais desgraçada;o invejoso não só deseja provocar o infortúnio e o provoca sempre que o pode fazer impunimente,como também se torna infeliz por causa da sua inveja

O amor é sábio, o ódio é tolo.

Veja as coisas como elas realmente são.

Existe a sabedoria, ou aquilo que nos parece tal não passa do último refinamento da loucura?

Nenhuma opinião deveria ser defendida com fervor. Ninguém mantém fervorosamente que 7 X 8= 56, pois se pode mostrar que esse é o caso. O fervor apenas se faz necessário quando se trata de sustentar uma opinião que é duvidosa ou demonstravelmente falsa.

A felicidade não deixa de ser verdadeira porque deve necessariamente chegar a um fim; tampouco o pensamento e o amor perdem seu valor por não serem eternos

O que faz um livre pensador não são suas crenças, mas a maneira pela qual ele as mantém.

O pensamento é grande livre e rápido: é a luz do mundo e a glória mais alta do ser humano.

Admiração x Inveja

Afortunadamente, porém, há na natureza humana um sentimento compensador pelo sentimento da inveja, chama-se admiração. Todos os que desejam aumentar a felicidade humana devem procurar aumentar a admiração e diminuir a inveja.

Se um homem pretende beber e ao mesmo tempo estar apto para o trabalho no dia seguinte. Julgamo-lo imoral se ele adota o rumo que lhe proporciona a menor satisfação do seu desejo (...) está claro que o código moral de qualquer comunidade não é definitivo nem auto-suficiente, mas deve ser examinado com vistas a descobrir-se se é tal qual o que a sabedoria e a benevolência teriam decretado. Nem sempre os códigos morais foram impecáveis (...) as normas morais não deveriam ser tais que tornassem impossível a felicidade instintiva.

Há muitas espécies de liberdade. Umas tem o mundo de menos, outras tem o mundo de mais. Mas ao dizer que pode haver mais de uma certa espécie de liberdade, devo apressar-me a acrescentar que a única espécie de liberdade que considero indesejável é aquela que permite diminuir a liberdade de outrem, por exemplo, a liberdade de fazer escravos.
(Realidade e Ficção)

Quando um homem age de maneiras que nos incomodam, desejamos considerá-lo mau. Nós nos refutamos a encarar o fato de que seu comportamento irritante é o resultado de causas antecedentes que, se você as seguir por tempo suficiente, o levará além do momento de seu nascimento e, portanto, a eventos pelos quais ele não pode ser responsabilizado por qualquer estiramento da imaginação. Quando um automóvel não liga, não atribuímos seu comportamento irritante ao pecado. Nós não dizemos, você é um carro perverso, e você não pode ter mais gasolina até que você vá.

Historicamente, a existência de Jesus é duvidosa, se ele realmente existiu, não sabemos quase nada sobre ele. Portanto, não me preocupo com o aspecto histórico.

Bertrand Russell
Por que não sou cristão. Porto Alegre: L&PM, 2011.

SEM ESFORÇO NÃO SE TEM FELICIDADE...

O animal humano, como os outros animais, está adaptado para uma certa luta pela vida e quando, graças à sua riqueza, o homo sapiens pode satisfazer todos os desejos sem esforço, a simples ausência do esforço na sua vida afasta dele um elemento essencial de felicidade. O homem que adquire facilmente as coisas pelas quais sente apenas um desejo moderado, conclui que a realização do desejo não dá felicidade. Se tem disposição para a filosofia, conclui que a vida humana é essencialmente desprezível, pois o homem que tem tudo o que precisa ainda assim é infeliz. Esquece-se de que privar-se de algumas coisas que precisa é parte indispensável da felicidade.

Bertrand Russell
in A Conquista da Felicidade

O mundo tem gente demais,
Acreditando em coisas demais,
Se houvesse menos gente acreditando em menos coisas,
Talvez tudo fosse melhor!

O aborrecimento que um homem sente ao executar um trabalho necessário embora monótono, não se compara ao que sente quando nada tem que fazer.

Assim, chegamos à conclusão de que a opinião se forma do mundo apresentado pelos sentidos, enquanto o conhecimento é de um mundo eterno; a opinião, por exemplo, trata de coisas belas determinadas; o conhecimento ocupa-se da beleza em si.