Bernado Guimaraes Poemas sobre Amor
O que separa o inicio da descida
do inicio da subida, é a esperança.
A subida é metade do caminho
a descida é o dobro da distância.
Só sei daquilo que sinto. 
no resto não sou, nem existo. 
nada sei, do que não sinto
nem dos lugares onde não estou.
há sempre algo, para além do ver-se
o que para além do verde, é espanto
e tanto, que só sentindo pode ter-se.
como se cada cor custasse doer-se...
de que valeria a dor, sem sentirmos
se só sentindo faz do Ser, ser-se...?!
e no entanto, sentir-te é o espanto
o acalanto que de tumulto se veste
esta esperança... este supor-te...!
Devaneios do coração 
O que fazer? 
Quando se tem tudo a perder? 
Subiste a sepultara 
Agora, virastes pó. 
Me carregastes 
para as mais profundas cavernas 
Delas fiz meu delírio, abrigo
Ali descansei. 
Na profundeza de um olhar cansado 
tristeza abrigava a escuridão 
Subi montanhas de sentimentos 
Fui até os Confins da vida 
Me perdi.
Para onde correr? Meu amor 
Tu carregastes tudo que há em mim
Se não, para onde ir?
Desencontros 
Onde foi que nossos olhos se perderam
Onde foi que nossos corações
se desviaram?
Para onde foram os sentimentos 
Que em mim se engasgaram 
Para onde foram as borboletas 
Que aqui habitaram um dia
Para onde foi todo o nosso amor? 
Estou em abstinência
Esse amor que tanto me vicia 
Que me leva a loucura
Para onde foram, todas as flores?
Meu bem.
O livramento 
Dizes tu
Se não é a dor que faz o poeta
Se não um solitário 
Com vocábulos vazios 
Que preenchem o peso da alma 
Em um suspiro 
É com grande anseio
Que faço dos teus versos meu julgamento 
Nestes olhos de poemas não lidos
Em seu purificamento quero dar
Meu último livramento.
Anseios 
Em meu leito aberto 
Sussurro o teu aconchego
Em meu pequeno infinito 
Clamo o teu nome 
Anseio amar-me
Ao menos 1 segundo
Transbordo-te. 
Em meu peito intenso 
Carrego amores, nunca respondidos
Poesias nunca lidas
Oceanos nunca mergulhados 
Anseio-te, meu bem 
Ao menos 1 segundo
Não se vá, ainda temos muito para se pensar
Engasgos 
Entre tantos 
Tanto, vivo só 
Carrego um peito intenso
Cansado
Anseio um leito, para o meu eu Descansar
Escapatória 
Entre tantas indas e vindas 
Resolvestes fugir do meu olhar 
quando voltar, verás somente 
O meu despertar
Que aqui neste peito, nunca fostes 
O teu lugar
Anseio lembrar, em teu coração
Que aqui, não me encontrarás
Sinto dizer, quando acordar
Só terá meu profundo respirar , Sonhar. 
Ainda anseio lembrar
Não mergulharei mais, em teu mar
Restos
O que dizer? 
Se não há para onde correr
Não há saídas
O que fazer? 
Solidão, sua velha e única companhia 
Perdida no próprio mar
Onde é que se viu? 
Na própria tempestade. 
Onde é que essa tal de vida, levou? 
Contradição, não? 
Quando a morte, se ocasiona com a vida. 
Paz ou prisão? 
Sentimentos são reprimidos, então?
O que é este lugar afinal
Morte ou vida? 
Quando a dor, entra em harmonia
Escuridão, ou refugio? 
Eis a grande dúvida . 
Que bagunça! 
Por isso, há do poeta
A poetar? 
E da poetiza, há poetizar? 
No silêncio da noite, a decifrar
Ou apenas, se calar
conscientizar? 
O vazio, o único que parece 
Restar.
Ruínas 
Vira ruína nestes olhos 
Tão distantes, que se perdia... 
Se curvava diante o caos
Que beirava sobre a maresia
contida em sua dócil e gentil alma 
Era nítido o grito, a cada vez que via
Despercebia
Eu apenas queria 
Mesmo em seu completo abismo
Que me visses, eu apenas lhe queria 
Eu percebia o desespero
Sussurravas “permita-me entrar” 
Quero lhe salvar 
Tu sumia, o olhar permanecia
Eu apenas, morria 
O vale era escuro
E tu, jamais me enxergarias.
Desilusões 
De que valem minhas rimas
Se estas me dão mais fadiga, 
do que euforias? 
Vestia-se de poesia, 
mas nossos versos não se fundiam
Fostes um encanto, que com o tempo perdia-se nas linhas 
Meu belo pranto
Soprara pelos cantos 
E por fim, morreria.
Delírios
No amargor de sua existência 
Sentira a dor, com tamanha precisão 
Que nela havia 
E então, céus se fecharam 
Cinzas, cinzas só, fora o que restaram 
O vazio cada vez mais presente, abundante 
De longe, um clamor
Traga-me descanso 
Com pudor, seus olhos se fecharam 
Desejara um só dia 
Sem ter de vivenciar tudo isso  
Uma harmonia, apenas 
Entre a paz e a alegria 
De não ter que se ligar a toda estas linhas 
Perdições, euforias 
Delírios, sempre muito bem vividos 
Jamais esquecidos 
Por alguns instantes quisera desligar sua doce mente 
Do mundo que a prende
Sufoca, engole
Quisera respirar e buscar 
Apenas um só caminho
*O ente do querer *
Sentira a dor através daqueles olhos 
Tão verdes, transpareciam o ente 
Do querer 
Crente de que tudo, não era só o que se via 
De que nem tudo, era apenas uma doce ilusão 
Na ternura do olhar cansado, oprimido
Cheio dos sentidos, idos e vindos 
O olhar do desejo, da liberdade
Queria ter o poder, de lhe tirar a dor 
O poder, entregar-lhe a vida 
Onde nada faz mais sentido 
Recuperar-lhe todos os sentidos
Que se perdera com toda a confusão 
Restaurar-lhe a poesia, a fantasia
Um dia jaz sentida e existida.
A Prisão 
Tu fora eternizado, em meu peito 
Que com tão pouco tempo
Tornara tanto, aqui dentro 
Desta vez, pude ver o amor 
Que em mim consiste com tanta firmeza
O amor transbordou, pude sentir 
Assim que me tocou
Assim que me olhou
Mesmo que de longe 
Te senti em mim 
Com tamanha precisão e apego 
Me prendi em ti 
Não há mais, como voltar atrás.
As Vagas lembranças 
Nada a declarar 
Apenas, sentir 
Porque sem ti, não há vida em mim. 
Teu amor deixaste-me em abstinência
Não há como resistir
Tudo que lhe envolve, me enlaça
Me prende e me leva a loucura. 
Me dizes tu, o que fazer
Para onde correr? 
Se tudo que me restou 
Foi a abstinência em que me deixou
Se tudo o que restou,foram vagas lembranças 
De um amor mal começado. 
Me dizes tu, meu bem 
O que fazer de mim, sem ti aqui.
Mar de perdições 
Quero mergulhar 
no mais profundo 
Viajar para o universo 
dos teus olhos 
Ver, até onde isso irá nos levar.
Será um começo? 
Ou fim
Do abismo?
Silêncios 
Inspiro 
Expiro 
Não há nada aqui 
Falta me ar! 
A angustia, teima em dominar 
Escrevo, para não enlouquecer 
Como um animal, com sua presa
Meu Deus, o vazio 
Está a me sufocar
Meu coração aperta 
com todo esse sentir 
Não consigo! 
Não posso, não mais! 
Alguém, poderia ajudar? 
A carregar
Um pouco sequer, deste fardo?
Tormentas 
Deixo-te estes versos 
Inacabados
Vazios
Perdidos. 
Deixo-te meu respirar 
Pois a angustia, já tornara casa 
Deixo-te, o grito mudo
E o coração aos prantos! 
Meu profundo lamentar 
Descanso! Preciso descansar 
Jaz não sei o que pensar 
Ao analisar, nada sobrara aqui 
Tampouco o ar, que se perdera pelos cantos 
Acho eu, ter o deixado 
em alguma esquina, ou cômodo
A solidão, minha velha e única companhia 
É quem diz. 
O coração para, tudo silencia
Os olhos adormecem 
Sua alma se desliga
Deste vasto mundo 
Desta imensidão, que tanto 
Lhe atormenta!
Lá no alto da montanha
onde as nuvens se cruzam com a neve 
A breve esperança se banha
na espera de alguém que a leve.
E sim, há recompença
aos poucos que entram na dança
Apenas alguém de coragem
pra salvar a esperança.
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