Bendito o que Semeia Livros e faz o Povo Pensar

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Bendito seja o Senhor, minha rocha, que adestra minhas mão para a peleja e meus dedos para a guerra.

Bíblia Sagrada
Salmos 144:1

"Bendito seja o caminho que trilhamos! Independente dos acertos e principalmente dos erros, pois um dia eles servirão como experiência para alcançarmos a tão sonhada vitória..."

Faz-de-conta

Não respondo teus e-mails, e quando respondo sou ríspido, distante, mantenho-me alheio: faz-de-conta que eu te odeio.

Te encho de palavras carinhosas, não economizo elogios, me surpreendo de tanto afeto que consigo inventar, sou uma atriz, sou do ramo: faz-de-conta que te amo.

Estou sempre olhando pro relógio, sempre enaltecendo os planos que eu tinha e que os outros boicotaram, sempre reclamando que os outros fazem tudo errado: faz-de-conta que dou conta do recado.

Debocho de festas e de roupas glamurosas, não entendo como é que alguém consegue dormir tarde todas as noites, convidados permanentes para baladas na área vip do inferno: faz-de-conta que não quero.

Choro ao assistir o telejornal, lamento a dor dos outros e passo noites em claro tentando entender corrupções, descasos, tudo o que demonstra o quanto foi desperdiçado meu voto: faz-de-conto que me importo.

Jogo uma perna pro alto, a outra pro lado, faço cara de gostosa, os cabelos escorridos na rosto, me retorço, gemo, sussurro, grito e poso: faz-de-conta que eu gozo.

Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: faz-de-conta que não sofro.

Cito Aristóteles e Platão, aplaudo ferros retorcidos em galerias de arte, leio poesia concreta, compro telas abstratas, fico fascinada com um arranjo techno para uma música clássica e assisto sem legenda o mais recente filme romeno: faz-de-conta que eu entendo.

Tenho todos os ingredientes para um sanduíche inesquecível, a porta da geladeira está lotada de imãs de tele-entrega, mantenho um bar razoavelmente abastecido, um pouco de sal e pimenta na despensa e o fogão tem oito anos mas parece zerinho: faz-de-conta que eu cozinho.

Bem-vindo à Disney, o mundo da fantasia, qual é o seu papel? Você pode ser um fantasma que atravessa paredes, ser anão ou ser gigante, um menino prodígio que decorou bem o texto, a criança ingênua que confiou na bruxa, uma sex symbol a espera do seu cowboy: faz-de-conta que não dói.

Martha Medeiros
Crônica "Faz-de-conta", 2004.

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas Gêmeas, a 2 de fevereiro de 2004.

...Mais

Mesmo que você não esteja aqui
O amor está aqui agora
Mesmo que você tenha que partir
O amor não há de ir
Embora

Sereia que encanta quando canta, que dá arrepios só de ouvir tua voz, que quando chega perto tudo para pra seu sorriso continuar a encantar.

Oh chuva
Eu peço que caia devagar
Só molhe esse povo de alegria
Para nunca mais chorar.

Vai que a gente se encontra de novo
Numa balada, no meio do povo
Eu meio travado, coração apertado

Se der um sorriso não vou resistir
Sua boca dizendo: Te quero pra mim
Que me esperou, que tava com saudade, amor

Lembranças Campeiras

No final da noite
fria,
o vento corta,
cortando a pele
queimada,
com cheiro de suor
e terra.
O sol espia
no horizonte
e clareia o dia.
No chão,
o fogo dança
e espreita
por entre toras.
Na trempe,
a água esquenta
pra fazer o mate
dessas horas.
No espeto,
a carne cheira
enchendo o ar
das narinas
rudes e geladas.
A mão que sova a erva
aguarda
a água quente
pra servir à roda,
com rostos marcados,
de boca em boca,
sorrindo ao dia
que nasce nas coxilhas.
No pampa guasca
é mais um dia
de um conto
gaúcho.

Central do Brasil

Que estranho grupo,
matinal,
eu vejo todos os dias
na central.
Velhos mendigos, bêbados inocentes,
reticentes:
débeis mentais maltrapilhos,
prostitutas insones,
no roldão do povo
de rostos sem nome,
derramado.

O homem a bater
com a tábua
nas árvores incrédulas.
O pastor que prega,
em péssimo português,
ao povo que passa,
com pressa,
já sem convicção,
nem religião.
De quando em vez,
um ladrão!

A professora-criança
de livros e sacolas,
em demanda da escola.
Amostragem de um povo
brasileiro,
na luta sem tréguas,
do dia-a-dia.
Na busca do pão nosso
de cada dia,
em várias formas,
nos diversos caminhos,
das ilusões,
de tantos corações
que formam o grande vazio
sem esperança.

Povo-formiga, rude, grosseiro,
sujo, suado,
que não olha para trás,
mal humorado,
que cospe no chão
do vagão,
que viaja nas portas
do trem,
pingentes da morte,
no vai-e-vem
da sorte.
Povo-Brasil
amalgamado
no afã da sobrevivência.
Gado-humano a desembocar
no matadouro.
Quem crê em ti fantasma?
EU!

Pega ladrão!

quando passar correndo o menino,
tão magro e rasgado,
com a bolsa roubada
à madame
ao repentino clamor
que lhe segue,
não ouça!
pois, não sabem
que o pequeno ladrão,
desceu dos morros
e da miséria
onde algum dia (oh triste ilusão),
algum político a mais,
por pilhéria na certa,
a todos dizia
que o drama da morte acabara
e nunca mais fome teria
(porque se eleito…).

Mas, coitado, bem viu
que o doutor esqueceu
a promessa.
E agora na gente que grita
e com pressa
corre atrás do menino ladrão,
eu vejo somente
o desprezo
de uma fração poderosa
que vive alheia do povo
que ri da desgraça e destrata
que esquece as promessas
e, de novo,
vai pedir a esse povo
que maltrata.

Políticos no Brasil não são eleitos pelas pessoas que leem jornais, mas pelas quais se limpam com ele.

Querem chamar o anarquismo de desordem, porque o anarquismo é a luta contra o sistema, contra o governo opressor. Não há desordem maior do que a separação da sociedade em direita e esquerda, onde nos jogam um contra o outro constantemente!

Quem fala o que é bom semeia o que é bom e colhe o que é bom;
Quem fala o que é mau semeia o que é mau e colhe o que é mau.

A cada boa ação você semeia uma semente, mesmo que não veja a colheita.

“Se queres colher doce paz e descanso, discípulo,
semeia com sementes do mérito os campos de futuras
colheitas."

Se os teus projetos forem para um ano, semeia o grão; se forem para dez anos, plante uma árvore; se forem para cem, instrui o povo.

Quem semeia cortesia, colhe amizade; e quem planta amabilidade, colhe amor.

Hoje o que se semeia é o medo, a paz foi esquecida, o amor abandonado e a manipulação defendida!

sem meia
palavra
semeia
o amor
por inteiro.

Essa multidão semeia solidão
Nossa felicidade depende da opinião de um desconhecido?
Te aconselho a ficar offline
A revolução não vai aparecer na sua timeline

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