Bebida e Cigarro
Não sei como processar isso.
O ato de beijar usa 34 músculos faciais e 112 posteriores (ou posturais).
Só porque adotei uma abordagem pragmática da situação não quer dizer que eu não me preocupe.
"Tudo acontece por uma razão" é uma reação clara da mente fraca ante a esmagadora complexidade do Universo.
musica ; Anti Depressivos
Passo horas no escuro
acendo um cigarro e começo a pensar
não posso acostumar tenho que levantar
mais a noite não passa
estou triste preciso vencer estou chorando
entre vários caminhos escolhi o mais difícil e doloroso
não podia saber qual caminho seria o certo
me confundi e escolhi errado
Passo horas sozinho a solidão me abraça
a noite não passa
minha lágrimas não param de cair
preciso encontrar a saída preciso da luz
Não quero mais anti depressivos
Eu errei sei que errei
quem nunca errou ?
quero outra chance para ser feliz
Estou na metade da vida
até parece o fim
me sinto um velho na beira da morte
Não quero mais anti depressivos
não quero chorar
A noite segue as lágrimas continua
preciso da luz
não tomei remédio
sei que vou vencer a tristeza
Não quero mais anti depressivos
não quero anti depressivos
não vou chorar
Amanhã tudo vai ser diferente
tenho certeza que vou acertar
vou encontrar o sentido da vida
Você não vai me ver chorar
não vou mais chorar
preciso da luz quero viver
Não quero mais anti depressivos
Amanhã vou viver e
aproveitar o que me resta
você vai se surpreender
vou te provar que posso ser feliz
Mandei meu psiquiatra embora
adeus vida triste o sol está reinando
Não quero mais anti depressivos
Meu corpo estiraçado, lânguido, ao logo do leito.
O cigarro vago azulando os meus dedos.
O rádio... a música...
A tua presença que esvoaça
em torno do cigarro, do ar, da música...
Ausência!, minha doce fuga!
Estranha coisa esta, a poesia,
que vai entornando mágoa nas horas
como um orvalho de lágrimas, escorrendo dos vidros
duma janela,
numa tarde vaga, vaga...
Qual a diferença entre uma pessoa que morre fumadora e uma que morre sem nunca tocar num cigarro?
A que morre sem nunca ter fumado apenas morre com mais saude. De resto é tudo igual até o buraco para onde vão parar.
E assim como cigarro, te tenho de vez em nunca. A sensação é única, mas letal com doses diária. Você não só vai me matando aos poucos, você vai acabar desenvolvendo um câncer na minha alma… E não sei se agradeço por estar longe ou imploro para ficar perto. Nada que eu te fale vai fazer você arriscar, e seria egoísmo meu querer que você dê tiro no escuro mas, eu quero que saiba que nada é tão intenso quanto o seu efeito em mim.
Para mim, um objeto é algo vivo. Um cigarro ou uma caixa de fósforos contêm uma vida secreta muito mais intensa que a de certos seres humanos.
Hoje apetece que o cigarro saiba
a ter fumado uma cidade toda.
Ser o anel onde o teu dedo caiba
e faltarmos os dois à nossa boda.
Hoje apetece um interior de esponja
E como estátua a que moldar o vento.
Deitar as sortes e, se sair monja,
Navegar ao acaso o meu convento.
Hoje apetece o mundo pelo modo
Como vai despenhar-se um trapezista.
Abrir mais uma flor no nosso lodo:
Pedir-lhe um salto e retirar-lhe a pista.
Na fumaça de um cigarro morre muitos sonhos e desilusões, mas em um copo de whisky nasce todas a ferramentas de tortura para derrubar um homem.
Ele era como o meu cigarro, por dentro eu sabia que me matava, mas não conseguia afastá-lo da minha boca, a cada trago o gosto amargo de quem sabe que tá completamente viciado.
Um outro dia, um outro cigarro, e minha vontade de escrever sobre você apenas aumenta. Seria isso solidão? Seria isso esperança? Não, eu acho que é apenas mais uma forma do meu coração aliviar a vontade de te ver, dar o salto que meus medos me impediram de dar. Será que se houver uma proxima oportunidade eu vou agarrar e não deixar passar, ou será que eu não conseguirei superar meus medos, minha timidez? Eu não sei, tudo que eu sei é que eu não consigo parar de te procurar na multidão, em cada rosto que eu vejo, na esperança de ver seu rosto mais uma vez. O que fazer com um sentimento desses em uma situação com possibilidades tão baixas? Esperar, eu imagino, esperar que o destino seja bondoso, e me de apenas mais uma chance, o medo de deixar essa chance passar já é maior que o de arriscar e ir até você. Eu não tenho certeza se isso tudo é em vão, ou se tudo tem um motivo, e se tiver, qual será esse motivo? Eu posso fazer algo para descobrir? Ou às vezes, tudo que posso fazer é esperar? Esperar você cruzar meu caminho, ou esperar a vida inteira por algo que não era para acontecer? No fim, eu acho que esse é o grande dilema do amor, essa espera agonizante por alguém ou por algo, que pode ou não vir, e assim a vida segue, nos prendendo nessa espera, sem dicas, sem nada, apenas viver, tendo esperança no incerto, ou convivendo com a possibilidade de que talvez, não estejamos esperando por nada afinal.
Dizem para não romantizar o cigarro mas ele é poesia , toda arte é um ato de destruição o cigarro assim como a arte te destrói porém te sacia
O cigarro me ajuda a matar o tempo
Mas o tempo dura demais
O cigarro também me mata
Mas o tempo mata mais
Afinal qual dos dois me fere mais !?
Ela era cigarro. E eu a tragava loucamente, viciada em seu gosto fúnebre de solidão. Sempre estive ciente de que me matava por dentro, mas estava disposta a viver cada segundo daquela morte lenta e febril.
