Baú
"Eu fui lançado no fundo de um baú onde tudo era um insosso preto e branco, as cores e sabores não existiam mais. Até ela surgir, me mostrando a luz de um olhar febril e o sabor de um beijo."
Baú de Sonhos...
Quantas inquietações e dúvidas deveriam pairar sob a cabeça de alguém supostamente maduro o suficiente para não se deixar absorver por questões existenciais?
Há tempo para se deixar a imaturidade? Há tempo em que não se é permitido oscilar e involuntariamente boicotar os próprios caminhos? Esse tempo é deveras esperado. Como se se buscasse algo nele que freiasse as atitudes (ou falta de...) que não levam a lugar algum e fazem a vida estacionar num marasmo absurdo, num nada construído, num amontoado de sonhos guardados no fundo de algum baú abandonado num porão qualquer.
Ah...mas a vontade que se tem é de parar, sentar... A sensação é de cansaço, exaustão por nem ter tentado. Essa é a pior forma de sentir-se cansado, é quando se percebe que pouco foi feito pra que os sonhos não tivessem ido parar num baú abandonado e não se encontra coragem de ir buscá-los. Talvez eles nem queiram mais sair de lá. Estarão melhor assim guardados do que aniquilados numa tentativa frustrada.
Ali, inerte à beira do caminho, é a hora exata de decidir: trazer os sonhos pra onde se possa ver o Sol, ou se esconder com eles em seu abrigo escuro, onde nem se vê uma fresta de luz que seja um indício da vida passando?
AS VEZES É MELHOR CALAR. CONFIAR POR DENTRO. ENCHER DENTRO DE SI UM BAÚ DE SEGREDOS, HISTÓRIAS COMPARTILHADAS, VIDAS, SONHOS, ALHEIOS E PRÓPRIOS... MAS CALAR...NÃO FALAR... O SILÊNCIO É ALMA TÃO PODEROSA QUE ATRAI AS VOZES DO MUNDO INTEIRO E FORMA OUVIDOS DE MESTRE.
O SILENCIO É TERRA FECUNDA QUE PREPARA A PALAVRA PARA SER DITA NO MOMENTO CERTO.
Quantas vezes me flagrei, relendo cartas, olhando fotografias, remexendo no baú de memórias...
Eu precisava me desvencilhar do passado, mas como doem essas etapas que precisamos transpor... essas vestes que precisamos despir, esse estar constantemente no passado, esse não querer deixar partir...
Mas eu precisava sair daquele torpor em que me encontrava, precisava sair do quarto escuro, precisava de luz, de leveza...
Precisava ‘reflorescer’
Uma criança achou um baú em seu porão cheio de livros. Ela fechou e foi embora, mais tarde quando cresceu voltou, descobriu o tesouro que enriqueceu sua vida, ela não precisou deixar de brincar.
No baú das cicatrizes,
Guardei os meus lamentos.
Na estrada da vida,
Dividi os meus tormentos.
As bocas de língua grande,
Falam demasiado.
Os lanços contraditórios, muitas das vezes geram falsos aliados.
Raras são as vezes
Que a onça bebe água.
E quantas são as vezes
Que um navio naufraga?
Tire do bau todas as lembrancas..todas as fantasias...lembre..
relembre..invente..crie novas brincadeiras..faca sua crianca interior pular para fora deste peito,deste esconderijo e venha ser feliz porque a vida e feita apenas de breves momentos felizes que criativa e intencionalmente inventamos! Nisto reside a verdadeira FELICIDADE...
E a noite chegou,momento de embalar e guardar no baú só coisas bonitas!!! E fica aquela esperança ao despertar sejamos surpreendidos com mais um pouquinho!!!
O coração é como um baú. Nele guardamos o que há de mais valioso em nós. E de tanto sentir, transborda... Acumulamos coisas demais. O meu, hoje, está cheio de saudade, e ainda não me despedi.
Eu tenho um baú que guardo minha coleção
saudades amigos,pensamentos e amores vivido
e é assim que guardo todas as minhas
amizades no fundo do meu coração.
Se existe um baú onde guardo os meus segredos, esse é o baú...
Que engraçado, guardar segredos, em um Baú onde todos podem ter acesso...
Mas tesouros existem com uma única finalidade, a de serem encontrados.
Neste adeus de repente,
resta-me pedaços de TI.
Vou ao baú de memórias e
escolho este.
Hoje...
Hoje só podia ser este.
Este e não outro,
porque é assim que te sinto.
Guardei meu coração no fundo do baú. Sentei-me na calçada e observei aquele céu azul. Fiquei pensando na vida como quem não quer nada. Quando me dei conta, já era madrugada. Entrei, e dei de cara com a sorte. Ela disse "oi", e eu disse "que foi?". E assim prosseguiu a conversa, mas o restante não interessa. Ela logo foi embora, até porque não me pertence. Acredito em mim, não quero que alguém pense que se errei foi por azar. Errei porque sou humano, falhei porque ainda te amo e acerto sempre que erro porque aprendo um pouco mais. O que passou já era, e lá vamos nós questionar. No final das contas ninguém sabe de nada. Todo mundo tem hipóteses sobre algo ou alguém. O ápice da sabedoria não é saber muito, ou tudo. E sim, reconhecer que o saber é constante, porque vem do aprender. O que eu julgo certo ou errado você pode não crer. Respeito a tua opinião, para respeito receber. Não sei se é bom ou ruim, mas por enquanto, penso assim. Acredito no inicio, mas duvido do fim.
Baú do tesouro, jardim secreto...
locais lúdicos onde guardamos o que há de mais valioso.
Pessoas, lugares, cheiros, sabores, sons, imagens e tudo isso faz parte de nossa memória afetiva e só permitimos entrada e principalmente a permanência nesses locais de quem nos é especial, ainda que já não esteja mais presente em nossa vida.
*** Lili Mouriño ***
ACHEI NO FUNDO DO BAÚ UNS POEMAS ESCRITO EM 1990, ESTE QUE VOU PUBLICAR AGORA É NOSTALGIA PURA, NÃO SE ESPANTE CAROS LEITORES, POETAS SÃO TODOS NOSTÁLGICOS MESMO QUANDO SÃO FELIZES. SER POETA É ISSO...
"ESTA NOITE EU QUERIA MORRER"
Há tantas noites que não durmo,
Há tantas lágrimas no meu sofrer,
No meu grito calado teu nome sussurro.
Esta noite eu queria morrer!
Quero dormir p'ra não mais acordar,
P'ra dar um fim ao meu padecer,
E num sepulcro abandonado
Meu corpo repousará.
Esta noite eu queria morrer!
Para não imaginar-te em outros braços,
Para não viver sem teu amor,
Para aliviar meu cansaço,
Para meu coração não sangrar de dor.
Oh! Esta noite eu queria morrer.
Valda Fogaça
Remexendo o baú de lembranças, me lembrei de mais uma estada na casa da minha tia avó, Joaninha...Certo dia, enquanto eu estava hospedada na casa da minha tia, ela foi me mostrar o jardim dela, com todo os tipos de roseiras, e plantas..., Sabe aqueles jardins que tem desde a hortelã até a margarida...Nesse dia, minha tia me disse, olha Lú, sei que ama plantas, e da próxima vez que voltar, vou te dar um presente!!! E assim, na próxima visita, minha tia me chamou e me disse, veja o que preparei para você! Lá estava um litro ( vasilhame de óleo de soja) com terra. Eu disse, o que é isso tia? Ela me disse, leva e enterra! Quando eu estiver enterrada minha filha, você se lembrará de mim, pois eu estarei viva na sua lembrança, a cada fruto que essa semente irá lhe dar!
Bem, minha tia avó morreu aos 103 anos de idade há alguns anos, mas até hoje, a mangueira que nasceu daquela lata furtada de óleo, cai em meu quintal, me fazendo lembrar desse dia, dessa doce lembrança que tenho da minha adolescência na casa de tia Joaninha e tio Pretin!
Hoje não só eu, mas meus filhos, comem do fruto e tomam do suco, fruto do amor de alguém que aqui já não está, mas semeou um tesouro que ninguém pode roubar, o amor!
DENTRO DE MIM
Encontrei hoje, dentro de mim, um baú já envelhecido. Fiquei surpresa! Quanto tempo no esquecimento ele ficou! Assaltou-me, de repente, um sentimento de receio, de temor! Mas, mesmo assim, determinada eu... abri! Que delícia! Quantas surpresas lá encontrei! Um canto onde joguei todas as bugigangas infantis..Todas as relíquias de uma menininha um dia travessa! Todos os mistérios do reino encantado! Folhas e folhas de papel cheias de esperança no Papai Noel! Desenho mostrando o caminho para o coelhinho não esquecer o meu chocolate! A beleza das respostas que só a inocência dá.. O primeiro bilhetinho amoroso... A lembrança do primeiro beijo.. que pureza! Dei de cara com o primeiro abraço apaixonado! Retratos de amiguinhos valiosos.. A primeira oração rezada! Fiquei feliz! Percebi que não guardei nesse bauzinho, nada que tenha causado tristeza ou motivos para chorar! Estou renovada! Recem-nascida! Como essa criança me faz bem!
"Livros é uma gaveta tão simples...
Mais é também como um baú...
Ok, não trás tesouros, nem nenhum brinco
valioso.
Mais te trás pensamentos.
E você é bombardeado de informação
E você viaja...
Sem sair do lugar.
Ler é tão bom!
Você entra incorpora o autor
E passa a conhecer o seu mundo
Isso que torna a leitura interessante."
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