Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem
Não me julgue.
Não se julgue
no direito de apontar os meus defeitos.
Sou cheiinha deles
Sigo de defeito em defeito...
Meus ditos são imperfeitos...
Mas eu os enfeito...
Mesmo quando parece não haver mais jeito.
Meus sonhos não podem ser desfeitos.
Não me julgue.
Sou só um coração imperfeito
tentado fazer as coisas direito.
How long will I love you?
Me transformei na tua Lua.
Sou o Sol mais bonito para teus dias aquecer.
Sou aquele farol que te guia
todo dia, todo dia, todo dia.
Quero feliz te ver
não importam tempestades...
invernos não contam
sou as águas cheias de calma
que aquecem e acalmam tu'alma.
Vou te amar por todo o tempo que eu for capaz.
Sou uma fonte de esperança
Oi, outra vez...
Passei aqui ontem, lembra?
Tresantontem também...
Perguntei se estava tudo bem?
Você sorriu...
Você só sorri.
Mas eu entendi.
Não precisamos de palavras...
Nossos olhos dizem tudo.
Eles sorriem...
e... depois que me vou...
são eles que me acompanham por todo lugar a que vou.
E voltarei... voltarei a cada amanhecer...
Voltarei quando o Sol não aparecer.
Voltarei quando tudo a sua volta escurecer.
Voltarei... porque o seu sorriso não me deixam de voltar esquecer.
Juntei os pedaços.
Colei-os
Refiz minha vida.
À antiga, dei um adeus de despedida.
Ainda sou pedaços...
Um quebra-cabeças
Montado
Que a qualquer brisa suave
Em mil pedaços se esparrama por todo lado.
Sigo bambaleando.
Na corda bamba da vida
Vivendo... existindo
Me refazendo...
Ao sopro forte do vento...
Às tempestades da vida...
Ao gosto amargo de certos dias...
Sigo... resistindo.
Identidade
Amanhece
em mim um corpo insone
sou uma ave sem nome
nem sobrenome…
voa na branca manhã aclareada
bate as asas devagar em meio à bruma fria
sozinha
rasgando o céu
sem destino certo
voa por ares incertos…
sente-se rainha.
Gosto de verdades.... ditas,
bem ditas.... benditas.
Gosto de palavras práticas,
sou prática em qualquer questão.
Aprendi na prática a me guiar pela razão.
Das coisas do coração... não entendo nada, não.
Sou o amor...
Chego quando você está esperando e também quando você já perdeu a esperança de que um dia eu chegasse.
Eu sei exatamente o momento de aparecer para duas pessoas ao mesmo tempo; às vezes me manifesto primeiro para uma e, depois de um tempinho ou de um tempão, a outra também se dá conta de que eu estou num cantinho do seu coração.
Comovo as pessoas, sabia? Toco no que elas tem de mais sublime, de mais puro, de mais lindo. Quando eu chego, é simplesmente maravilhoso perceber o olhar de uma pessoa para a outra... uma se dá conta que completa a outra, quando um olhar encontra o outro. E, então não há como os olhos não brilharem... e, às vezes, brilham tanto que atingem o corpo todo, pele, cabelos e coração.
Quando eu estou no coração de alguém, é praticamente impossível sentir depressão... eu ocupo todos os cantos da mente e do coração. Tomo a pessoa inteira e transformo sua vida. Quer dizer, tomo duas pessoas inteiras e transformo a vida de ambas.
Então, quando chego, são pelo menos duas pessoas a menos sentindo depressão.
É impossível não me amar....é impossível não me querer por perto.
Se eu ainda não cheguei pra você, preste atenção.... estou chegando e estou bem perto :)
Sou só...
só mais uma na multidão... só.
Sou simplesmente só,
vagando pelas ruas da vida,
sem tino, sem destino...
só... na vida... perdida,
só... em meio à multidão.
Sou só eu... pura solidão,
sou apenas mais um coração
só...
batendo... de porta em porta,
da vida buscando a razão.
Quem sabe, em caminhos longínquos,
pra solidão eu encontre solução.
Como uma pedrinha igual a todas as outras pedrinhas,
mas com uma identidade que é só minha.
Sou feita do que você é feito,
não de qualquer jeito,
de material perfeito,
mas com alguns defeitos...
esse é o meu jeito,
desculpe-me o mau jeito...
sempre me ajeito
e me adapto ao seu jeito...
Perfeito!
Fico olhando pro mundo,
o mundo olhando pra mim,
analisando, reparando, consertando
e o tempo só passando.
Chove, faz sol,
amanhece, anoitece,
e tudo de novo acontece...
parece que nada de novo acontece.
Desde que o mundo é mundo,
há quem admire,
quem flechas mire...
Sou jogada de lá pra cá
de cá pra lá...
ao sabor do vento, ou do destino...
Vida:
total desatino,
faz de mim o que quer,
me quer preparada pro que der e vier...
Vida... vive a repetir: amadurece, amadurece, amadurece...
É como dizem por aí: água mole em pedra dura tanto bate até que fura...
Vida... bate, e fura, e fura, e fura...
de tanto furar me apodrece...
Agora... agora não tenho mais cura.
E se você se aproximar
e não gostar de mim?
Sou estranha,
um ser estranho,
uma coisa louca,
nunca sei qual a palavra que deve sair da minha boca.
Sou frágil criatura,
que a vida tortura,
os cabelos sem noção
vivem fazendo revolução.
Sou um grão de areia
não sou bonita... sou feia.
Minhas sardas e meu nariz...
Meu Deus! O que foi que eu fiz?
E se você se aproximar
e do que eu revelar não gostar?
Cuidado comigo,
não sou de fazer amigos.
Cuidado, não sou normal...
sou um doente mental.
Vivo em crise,
sei... a vida não tem reprise...
não vivo bem, vivo mal
sou do meu corpo refém.
Um morto vivo
pelo desconhecido sigo
riscando os dias e as noites
vivo uma vida infernal...
surreal...
mal bem real!!
Não sou mais o mesmo,
ando a esmo,
no caminho escolhido,
estou perdido.
Nos primeiros passos
não errava o compasso...
mil passos depois
não sei mais o que já foi.
Me repito, me complico,
o visto, o não visto,
pro imprevisto
me visto.
Modificado pelo tempo,
calejado, maleado,
ajustado, adaptado...
não mais o mesmo
mas o mesmo mudado.
Só não sou sempre a mesma
Agitação e repouso.
Movimento ou parada.
Noite e dia...
Canto um canto cantante.
Mudo a cada instante.
Mudança mutante.
Máximo e mínimo.
Faço pactos pactuantes.
Nunca sou o que já fui antes.
Às vezes fujo da realidade.
Faço poesia.
É uma abertura fascinante.
Mesmo com toda essa tecnologia.
A máquina jamais vai usufruir do que me fazem sentir os belos versos.
Não, nunca, never, jamais... chegará esse dia.
Sou uma pessoa de pontos finais. Não me incomodava com isso. E ponto....
Até que li "O vendedor de sonhos", de A. Cury.
No livro, que me deixou meio zonza, o narrador diz ter sido um homem de pontos finais... até alguém lhe mostrar que a vida precisa mesmo...que a vida é feita mesmo de vírgulas. Algo mais ou menos assim... vírgulas...
Vírgulas significam uma pausa... uma breve pausa. Você sabe que existem os ponto e vírgula, né? Uma pausa um pouco maior que a vírgula e menor do que o ponto.
Fiquei me sentindo errada por ser uma pessoa de pontos finais... e comecei a treinar vírgulas. Até me saí bem, sou rápida em me adaptar...
Mas... ontem fiquei a pensar: há coisas na vida que a melhor coisa é quando acontece um ponto final. Ou não?
Pense: uma procura por um emprego... preparatório para concurso... uma doença... um aparelho nos dentes... uma monografia, dissertação ou tese que se tem de defender... uma gravidez de risco... uma amizade que só sabe sugar... um vício... um casamento descasado... um amor desamado... uma paixão sem razão...
Vai dizer que não é bom um ponto final... ah! se é...
Um amor desesperançado... acabado. Põe bom nisso...
Voltei aos meus pontos finais.... afinal tem coisa que só tem que durar enquanto é bom... tem que ser eterno enquanto durar... e tem que acabar pra você conseguir recomeçar...
em outro tempo... em outro lugar... onde é amar + amar = amado e amado enquanto durar.
Punto e basta!
Há quem consiga exprimir toda gama de sentimentos
Não sou uma dessas pessoas...
Quando é pra falar do que sinto por você
A Mente se confunde
O Coração cala
Sobe um nó na garganta
O medo se levanta
Coragem se espanta
A Paixão de tanto que cresce se agiganta
O amor escapa, vai-se com ele toda esperança
Passageiro sem destino
Sou aquele tipo de gente que insiste, que vê o que não existe...
sou triste.
Sou aquele tipo de gente que não desiste, que espera, que labuta...
vivo na luta.
Sou aquele tipo de gente que persiste, que não para, que continua...
vivo no mundo da lua.
Sou aquele tipo de gente que você ama, que você quer, que não cansa de procurar...
trago a esperança no olhar.
Espero o que não existe,
sou triste.
Encontre o que você quer,
em mim - sua mulher.
Passageiro clandestino, sou eu o seu destino!!
Distância
Sou antítese do não ser…
Sou e não quero ser.
Procuro-me sem querer me achar…
Encontro-me sem me procurar.
Sou fluxo até transbordar.
Ando pelo caminho sem nenhum passo dar.
Dou passos pelo caminho sem em frente continuar.
Sou finitude trajada de ser.
E há vezes em que nem consigo me descrever.
Adormeço
Na escuridão do quarto me sinto bem.
Consigo me ver como realmente sou.
Percebo nuances... percebo quando triste estou.
A escuridão do quarto deixa-me antever com clareza minha razão e coração.
A luz do dia
oculta minha dor e minha alegria.
A luz do dia, da vida, tira toda a magia.
A escuridão deixa visível a discussão entre minha razão e meu coração.
Debatem os dois: razão e coração
Numa guerra feroz.
Nada fica oculto.
Nada fica na escuridão.
E o bate-boca sempre termina sem solução.
Continuo sempre sem saber quem realmente sou.
Acalmam-se os dois vencidos pelo sono...
Adormeço... que buscava saber quem sou esqueço.
A dor do outro
Sei, sou parte disso tudo.
Mas quantas vezes não me encaixo...
Procuro-me, procuro-me e não me acho.
Sou parte disso tudo.
Tenho de estar sempre em alguma parte.
É estranho essa capacidade de desamor que vejo por aí.
O outro caiu e se machucou.
‘Bem feito!”... foi o que ouvi.
Acho que amo demasiado.
Acho que amo além da conta.
Por isso me espanta essa gente demente... que com a dor do outro fica contente.
Privada de emoção
Às vezes sou mais forte que a tristeza...
Vejo no mundo todo a sua beleza.
Os sons musicais me fazem flutuar...
Me banho alegremente no luar.
O meu grito é de paz, amor e ternura
Sonho os mais belos sonhos que se pode sonhar...
Me encanto com as estrelas que iluminam minha noite escura...
Jogo pelo caminho sementes de magia...
Sigo escrevendo poesia.
Às vezes...
Pois em outras... sou a dor, o sofrimento, a agonia.
Sou os pés feridos... coração machucado.
Sou a escuridão das trevas que nunca se dissipam...
Sou uma vida privada de emoção.