Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem
Amo te acordar de manhã e roubar
seu primeiro sorriso
é saber que dele sou o motivo,
e quando vou falar me cala com um beijo,
e com sua voz rouca baixinho em meu ouvido
vai sussurrando que me ama.
Ando pensando sobre minha existência, vejo que não sou tão eficiente. mesmo com as pessoas que teimam em me mudar sem me entender, sou cada vez mais distante, me sinto isolado, e as provas para como me sinto se refletem nos cortes em meus braços e nas manchas avermelhadas em minha manga.
Sou jardineira de trepadeiras, elas gostam de subir as casas singelas pois brilham nelas diamantes e ladram poemas do negócio do amor.
É libertador quando aceito-me do jeito que sou e me amo por ser diferente.
É lindo quando olho no espelho e admiro cada espinha em meu rosto sabendo que elas foram frutos de um prazeroso chocolate e quando olho sortuda para as gordurinhas e lembro daquela coxinha que comi outro dia.
Sou feliz por ter várias estrias que me aproximam da natureza, ando fazendo cosplay de Tigresa ou, quem sabe, uma zebrinha 😍.
Acho triste aquelas que não podem saborear um sorvete num dia quente porquê não querem engordar ou comer um belo hambúrguer e se matar na academia em busca de um corpo que não é perfeito, pode ser bonito para alguns, mas não é perfeito.
Perfeito é quando olho pro espelho e me amo com todas as cicatrizes das quedas que a vida me deu e que me fizeram levantar mais forte.
Eu demorei porquê as pessoas diziam que eu tinha vários defeitos no cabelo, no corpo, no meu jeito, mas eu consegui olhar além e perceber que tenho qualidades e que ninguém tem o poder de dizer se sou bonita ou não. Apenas eu tenho esse poder.
Hoje eu sou livre e você deveria experimentar essa liberdade, seja quem você quer ser e não quem os outros querem, porquê eles passam, mas eu estou comigo para sempre.
Minha alma borboleta,
voa aqui, voa acolá...
Sou etérea...
Frágil,
transparente...
Um repente!
Minha alma é o pensamento!
Ágil como serpente;
é a bruma
que se dispersa ao sabor do vento...
Minha alma é a melodia,
é o tempo, a sinfonia!
A canção que não cantei...
Sou feliz por não ter a quem perdoar
Pois não tenho mágoa para guardar
Se alguém guarda mágoa de mim nada posso fazer
Só orar e compreender porque desse mau não vou morrer.
Sou fã da escrita,da palavra e da frase.
Da vírgula e da crase.
Da letra e do ponto.
Hiato e Ditongo.
Consoante e vogal.
Exclamo de onde isso vem.
Esse amor pela Lingua.
Pelo A,pelo B.
Por que amo escrever?
Interrogo as palavras para obter respostas.
Mas sou impaciente,quero saber agora!!
Sou fixe, sou aquela miúda que anda de veleiro o dia inteiro e convida-te para um piquenique também fixe, na verdade é tudo fixe, principalmente tu.
Não sou fã das interrogações. Não sou familiarizado com as decisões. Geralmente por que implicam em perdas. As dúvidas me maltratam. Me escravizam. O poder de decidir entre um e outro me consome. Prefiro a falta de opção. Assim fica tudo demarcado, certinho, redondo. Não quero falar sobre ganhar e perder. É intrínseco isso! Toda vez é assim: escolher um ou outro. Ganhar um perder outro.
Sou dessa terra distante .
Sou viajante errante.
Não tenho raizes; germino pelo vento e
cresço pelo sol.
Do tudo que sei, aprendi e ensinei
Sou de idas e de muitas voltas, quantas forem necessárias
As marcas das lutas travadas, silencio no meu coração.
Morro e renasço nas minhas saudades, tantas vezes for preciso.
Tudo que me sobrou, levo dentro da alma. Ivo
Me disseram que sou branquela e daí não me importo gosto de ser branca, bronzeado esta na moda, não sigo modismos, não sou Maria vai com as outras.
Na linguagem do amor sou intensa.
Metades não me apetecem.
Absorvo apenas energias positivas.
Não crio raízes com o negativismo.
A felicidade faz cocegas dentro de mim.
Um pequeno gesto com amor.
Já me torna uma pessoa feliz.
_Goretti Mello
Agreste
Sou nordestino, cabra da peste
Sou do sol do Norte, calor do agreste.
Nasci nas ruínas,
Garimpei nas minas
Hoje vivo no sudeste.
Vivo na labuta atrás do dicumé.
Na minha terra santa
Eu tinha esperança
De puder viver.
Aqui pur estas bandas, a fome reina,
O Trabalho é raro, vivo de punhados de troco.
O sol não queima a pele, arde na alma
Sordade da minha fianga na sombra de coco.
As veiz as fome aperta, nem farinha tem que armuçar
Meus fios se deita a dormir pra fome passar,
Espero na terra o milagre divino
Triste a chorar.
Quero ir me embora pro meu roçado
Culher meus mio, meu feijão pranatar,
Na face a esperança, no peito a alegria
Pras terra da minha infancia eu pudê vortar.
