Autores Infantis
Não há mãe melhor do que a mãe da gente.
Não faça papel de bobo. Aliás, não faça papel algum, a não ser que esteja brincando de teatro.
Não faça seus deveres com raiva. Se o dever é inevitável, relaxe e capriche.
Não se preocupe com o futuro. Deixe isso para os mais velhos. Eles têm menos futuro do que você.
Não fique apenas no sonho. O tempo que a gente gasta sonhando é o mesmo que a gente gasta fazendo.
Não faça as coisas na hora errada.
Hora de estudar, estudar.
Hora de brincar, brincar.
Hora de bagunçar, bagunçar.
Se misturar as horas, tudo vira uma coisa só: bagunça.
Aí, não tem graça.
Não existe uma lista do que é necessário para a gente ser feliz. Cada um faz a sua lista.
Não ache que você é mais inteligente do que o outro, sabe mais coisas do que o outro ou é melhor do que o outro. Lembre-se de que o outro pode pensar do mesmo jeito. E, para o outro, você é que é o outro.
Um amigo, dos bons mesmo, é a coisa mais difícil de achar.
Não se preocupe quando lhe disserem: “Espere crescer para entender”. Você vai crescer e sempre vai faltar uma porção de coisas pra você entender.
Sei que tudo na vida não passa de mentiras, e sei também que é nas memórias que os homens mentem mais. Quem escreve memórias arruma as coisas de jeito que o leitor fique fazendo uma alta ideia do escrevedor.
Verdade é uma espécie de mentira bem pregada, das que ninguém desconfia. Só isso.
A cumbuca de ouro
Eram dois vizinhos, um rico e outro pobre, que viviam discutindo. O rico gostava de pregar peças no pobre. Um dia, o pobre foi à casa do rico propor um negócio. Queria que ele lhe arrendasse um pedaço de terra que servisse para a plantação de uma roça de milho. O rico imediatamente pensou num pedaço de terra que não valia coisa nenhuma, por onde nem formigas passavam. O negócio foi fechado.
O pobre voltou para sua casinha e foi com sua mulher ver a tal terra. Lá chegados, descobriram uma cumbuca (espécie de vaso).
— Chi, mulher, está cumbuca está cheia de moedas, venha ver!
— E de ouro! — disse a mulher. — Estamos feitos!
— Não — disse o marido, que era homem de muita honestidade. — A cumbuca não está na minha terra e,portanto, não me pertence. Meu dever é contar ao dono da propriedade.
— Bem — disse o dono da propriedade — nesse caso desmancho o negócio feito. Não posso arrendar terras que dão cumbucas de ouro.
O pobre voltou para sua casinha, e o rico foi correndo tomar posse da grande riqueza. Mas, quando chegou lá, só viu uma coisa: uma cumbuca cheia de vespas terríveis.
— Ahn! — exclamou.
— Aquele malandro quis trapacear comigo, mas vou pregar-lhe uma boa peça.
Botou a cumbuca de vespas num saco e encaminhou-se para a casinha do pobre.
— Ó compadre, feche a porta e deixe só meia janela aberta. Tenho um lindo presente para você.
O pobre fechou a porta, deixando só meia janela aberta. O rico, então, jogou lá dentro a cumbuca de vespas.
— Aí tem compadre, a cumbuca de moedas que você achou em minhas terras. Aproveite esse grande tesouro — e ficou rindo.
Mas assim que a cumbuca caiu no chão, as vespas se transformaram em moedas de ouro, que rolaram. Lá de fora o rico ouviu o barulhinho e desconfiou. E disse:
— Compadre, abra a porta, quero ver uma coisa.
Mas o pobre respondeu:
— Não caia nessa. Estou aqui que nem sei o que fazer com tantas vespas em cima. Não quero que elas ferrem o meu bom vizinho. Fuja, compadre!
E foi assim que o pobre ficou rico e o rico ficou ridículo.
A criança não pode ir para o computador sem passar pelos livros. Elas devem aproveitar as dádivas que a leitura pode proporcionar.
Para a sobrevivência do livro, é fundamental que a tecnologia seja aliada, mas ainda assim no futuro, a alma humana não mudará, e o livro continuará sendo o maior companheiro do homem, pois o livro é um convite à reflexão.
Criança é o ser mais interessante do mundo para mim. Estão descobrindo o mundo, têm ideias próprias, são espertas. São pequenos seres que poderiam tomar conta do mundo, não têm a maldade do adulto.
