Vanessa Carvalho

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Viu que o mundo
É o inverso
E agora
Faz versos.

Nos degraus,
Aos pés da igreja,
Está o mendigo
Aos pés de Deus,
Clamando por forças
Para continuar a caminhar
Na miséria que o mundo dá.

Inserida por poetisation

Ainda espero um florir
De um lugar onde
Não nasce flor.
Um florir que venha
De um canto seco,
Inesperado e sem cor.

Inserida por poetisation

Engaveta o relógio,
Que o tempo quando é visto,
Demora.

Inserida por poetisation

Inspiração é como um pássaro
Que vem e pousa em nosso ombro quando quer,
Tendo nós que aproveitá-la enquanto temos,
Para depois vê-la voar.

Inserida por poetisation

A saudade bate na porta
E eu deixo ela entrar
Combinando ser por pouco tempo,
Mas ela me engana
E demora em mim.
Quase morando em mim.

Inserida por poetisation

Estão por dentro agitados,
Esses que vivem calados,
Tentando se arrumar em si
E só deixando uma bagunça sem fim.

Inserida por poetisation

Os sonhos são para os que dormem
E os devaneios são para os que sonham acordados.

Inserida por poetisation

Se abrires a janela
E encontrares a poesia,
Em todas as janelas que abrires
Vais encontrar um pouco dela.

Inserida por poetisation

Raiar da fome

As ave marias que a boca vomita
Amarrotam a alma quando acorda de manhã
E vê os pratos vazios.

Inserida por poetisation

Sobre telhados,
Entre pipas e casas
Os meninos
Sem morada
Querem
Estar mais perto
De um céu.

Inserida por VanessaCarvalhoo

Com a flor
Marca o livro.
Com a dor
É marcada.

Inserida por VanessaCarvalhoo

Havia saudade,
Mesmo estando
Na mesa,
Sentados
Frente a frente.

Inserida por VanessaCarvalhoo

Panelas ariadas,
Roupas bem passadas,
Cama forrada.
Alma bagunçada.

Inserida por VanessaCarvalhoo

Olhos de sertão:
Nunca mais
Choveram.

Inserida por VanessaCarvalhoo

Exteriormente
O exterior
Mente.

Inserida por VanessaCarvalhoo

Os retirantes caminham
Pelo vasto sertão.
Olhando para o céu
Esperam
Que o azul caia no chão.

Inserida por VanessaCarvalhoo


No inverso da pele,
O universo.

Inserida por VanessaCarvalhoo

O Exílio

Os velhinhos
Nas cadeiras de balanço,
Abandonados,
Nos seus terraços
E passados.

Inserida por VanessaCarvalhoo

O Poema e o Leitor

O poema nunca é só.
Sempre tem um outro
Que também sozinho
Acaba encontrando-o
E com ele ficando a sós.

Inserida por VanessaCarvalhoo

Velho Moço

Tem no rosto
A velhice,
Mas leva no bolso
A meninice.

Inserida por VanessaCarvalhoo

Peguei saudade
Na poeira
Da lembrança.

Inserida por VanessaCarvalhoo

Só,
Desabotoa a pele
E fica
Alma.

Inserida por VanessaCarvalhoo

O verso
Riscado no chão,
Era pisado,
Ninguém via.
Até
Que um cabisbaixo
O leu um dia.

Inserida por VanessaCarvalhoo

"Você pode até não corresponder meu semtimentos , mais mesmo assim eu vou lutar até o fim "

Inserida por Minhalindamulher