Tiago Francisco Meleiro Zubiolo

Encontrados 3 pensamentos de Tiago Francisco Meleiro Zubiolo

E se o sentimento for tristeza, seja temporal.

Deixe transparecer a escuridão que o assola,
Liberte os dragões furiosos cuspindo blasfêmias, bem reais para você,
Troveje, insulte o pôr-do-sol com raios que paralisam o olhar.
E por fim, chova, chova muito, se for preciso!
E que lágrimas corajosas derramem,
Crentes na confiança do solo acolhedor!
Solo este, cujos vários tipos te permitem escolhê-lo,
Tipo família, tipo amigos, tipo álcool,
E o melhor deles, tipo tempo,
O seu próprio tempo!

Inserida por tiagofmz

Dúvida

Na dúvida do amor, sofremos calados, arrependidos da inércia que nos corroerá tão logo.
Na dúvida do novo, abandonamos sonhos, desejos, e continuamos na entediante "zona de conforto".
Na dúvida da amizade, roubamos dos outros o direito de mostrarem como são legais.
Na dúvida da esperança, desistimos ao mínimo sinal de contracorrente, incerteza, frases negativas.
Na dúvida do sofrimento, antecipamos o mesmo para o antes, vivemos o possível durante e rimos do depois. Por que não rir por antecipação?
Na dúvida da felicidade, amarramos o sorriso espontâneo, borramos o brilho nos olhos, abafamos o grito de vitória.
Na dúvida da morte, transformamos nossos preciosos segundos em um funeral, que terminará sem o fatídico término.

Esse nó que criamos João Guimarães Rosa tentou resolver:

"O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

Então abaixo o pensamento covarde, o sentimento avesso, a ação remediadora.

Vamos à luta, viventes!

Inserida por tiagofmz

Confusão!
Dois corpos unidos à distância,
Duas mentes separadas pela proximidade,
Dois sentimentos “desentimentalizados” por convenção,
Duas vidas mantidas pela necessidade.
Confusão!
Olhares entrelaçados,
Rostos ruborizados,
Fantasias possíveis,
Porém, ações terrenas, sólidas, racionais.
Confusão!
A masmorra se deliciando com o que há de bonito,
O tempo saboreando o que há de mais chato,
A espera (in)terminável, o medo tremendo de medo,
O destino sendo re-traçado diariamente, aleatório, imprevisível.
Confusão!
Sim, tem hora para acabar. Talvez hoje, talvez amanhã, talvez no fim dos dias.
Mas vai!
E aí sobrarão versos inacabados, palavras engolidas a seco,
Rosas murchas, corações poupados de palpitações.
Opa está clareando...
Clareou?!