Ruann Couto Pinheiro
O bem que tu fazes é a mais pura e singela harmonia entre a doçura da tua feminidade, a força tua determinação e a beleza da tua alegria.
Ó deusa de íris, tua formosura és tão sublime e cheia de vida.
Por onde passas é notável a tua graciosidade.
Por mais que digam o contrário sempre serás a mais altiva entre as mulheres do teu meio e guardarás belíssimas pinturas nas memórias dos bravos homens que te cortejaram e te tiveram nos braços... Cintilará a paz de um dia algum dia que seja ter de ti vossa nobre companhia.
Não tens valor pois não se pode ter valor alguém inestimável como tu ó dúbia linda rosa dos antares perdidos...
"A costumaz manhã fria de 28 de fevereiro hoje é cálida pois uma estrela brilha ofuscantemente nesta data. A tua beleza ilumina e encanta nossos sentidos e obsta a respiração. Não sei se somos dignos de tamanha criação. Basta te olhar, basta te ouvir, basta te sentir. Tua presença complementa a vicissitude da natureza. E és tão única quanto o sol que nos aquece. És hoje a aurora e o crepúsculo do mundo. Brilha, cintila, reluz, fulgura, rutila. E a quem disser que errado está não brinda com o cálice da lucidez. É inebriante te ver e não notar. Tua "persona" cala os vorazes pensamentos. Anjo talvez seja e venho avisar-te: "Não adentre a boa noite apenas com tua ternura. A nossa velhice queima e clama ao raiar do novo dia. Fúria, fúria contra a luz que já não fulgura." Fúria, contra toda e qualquer lamúria."
O teu olhar sombrio, doce boca do desejo ardente mira e afunda os prazeres da fome carnal;
Sai de dentro da íris viajando como um cometa trovador
que atravessa o universo da alma;
Ó sanguinária paixão que tormenta a paz serena dos homens ;
Tão ilusória é a mansidão da tua presenta ;
Aflige os meros mortais que vislumbram o cosmo temporal da tua alma ;
Mas a finitude da existência é incapaz de apagar o vendaval e monções arrebatadoras que és tu pequenina.