Rosahyarah Alves

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⁠Laura, promessa do céu

Falei com Deus em silêncio profundo,com o peito rasgado num mundo tão meu.
Pedi que Ele fosse claro, que fosse justo,que tirasse de mim o peso cruel.

"Se não for pra mim gerar no ventre,que me conceda amar de outro jeito...
Escolha uma amiga, ó Pai, e me ensine a entender Teus planos em meu peito."

E Ele ouviu. Em silêncio divino.
Fez crescer em Camila a doce semente.
Uma semana depois, em vídeo, a notícia:
um bebê a caminho... e o mundo, diferente.

A dor foi aguda, cortante, certeira, mas junto dela veio uma esperança: Se não era meu ventre a casa primeira,
era meu coração a morada da criança.

Laura,nome de flor e de luz.
Veio pequena, promessa do alto, pra me lembrar que amor não escolhe caminho nem forma.

Meses depois, à beira do mar, o céu se pintava em tons de pôr do sol, e entre amigos, risos, um jogo na tela, o cantor leu palavras como um farol...

Era um convite, surpresa encantada, Camila e Thiago, de olhos brilhando, me fizeram madrinha, presente e chamada,e um gol do Flamengo veio comemorando!

Foi mágica a cena, impossível de inventar,o rio, o amor, a música e o futebol...
Laura ali, na barriga de Camila já me fazia sonhar,como estrela surgindo no céu ao arrebol.

Hoje eu sei: não é só quem gera que é mãe,é quem ama, protege, sorri, dá a mão, quem ora.
Laura é minha, de alma e promessa, é flor que nasceu no jardim da oração, da minha oração.

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⁠Gratidão por Quem Fica

Sou feita de traços tortos, de risos fora de hora,
de silêncios que pesam e palavras que às vezes demoram.

Tenho dias nublados por dentro, e tempestades que vêm sem avisar.
Não sou sempre fácil de ler, nem simples de decifrar.

Mas aí estão vocês: teimosos, ternos, presentes.
Com olhos que enxergam além, com abraços persistentes.

Vocês me escolhem, ainda assim,com minhas falhas e medos, com meus excessos e vazios, com os cantos escuros do enredo.

Que coragem bonita é essa, de gostar de alguém assim,
sem precisar que eu mude, sem pedir que eu finja ser "fim".

Obrigada por ficarem. Por me verem inteira na bagunça, por fazerem da minha esquisitice um lar onde mora a confiança.

Amar alguém é ousadia, e vocês ousam todo dia.
Por isso, hoje, minha alma canta:
gratidão, por sua amizade que encanta.

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⁠Dois Completos

Ela era riso, era vento, era grito, ninguém via além do jeito esquisito.
Menina sonhadora, alma exagerada, feia diziam... só mais uma engraçada.

Vivendo entre tentativas e rejeição, adolescente em busca de aceitação.
Até que um dia, como quem não quer, ele apareceu... em frente à casa, de bicicleta.

Não disse nada, só um sorriso calado, os dias passaram, o silêncio, aliado.
Ela esperava, o coração em festa, mas ele, quieto, "tímido" e como quem ainda não correspondia nada.

Foi na sala, com Djavan no ar, que ela tentou o amor declarar; 1⁰ ela colocou "Oceano", mas ele não entendeu, coitado, ela pôs " Fato consumado", queria apenas ser beijada.

Ela o beijou, ele saiu, e em palavras desdenhou: "Era isso que você queria me falar ?" Ele se foi... ela sem ação, foi a procura dele no mesmo instante...

...Uma pedra jogada, num gesto sem nexo dela , e ele? Seguiu ainda mais perplexo, sem entender.
Mas o coração é bicho sem juízo, ele apaixonou-se assim, sem aviso.

Dois loucos, crescendo em confusão, mas firmes, de mãos dadas na contramão.
O tempo passou, fez deles maduros, superaram medos, encararam futuros.

Os filhos não vieram, mas o amor ficou, e como família, a vida os moldou.
São dois, mas vivem como um só ser, completos, imperfeitos, só pra se entender.

Entre lágrimas, risos, noites em claro, apoiam-se no tudo, até no raro.
Não são metades, são inteiros, sim, amam-se no caos, no começo, no meio e no fim.

Ela: " A boneca doida"
Ele: " O boboyo" Eternos apaixonados.

Porque o amor, quando é de verdade, não precisa de molde ou de metade.
Basta ser dois, com alma e defeitos, dois corações batendo do jeito perfeito de cada um , em prol de um amor que não idealiza, mas é realista.

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⁠Rosas e Espinhos

Pedi a Deus por rosas, no anseio de cor e perfume, mas esqueci, entre preces ansiosas, de pedir que os espinhos sumissem.

Vieram lindas, em tom carmesim, suaves, abertas, cheias de vida, mas, ao tocá-las, senti enfim a dor que em beleza é escondida.

Deus com ternura então me falou: "Rosahyarah Filha Minha, os espinhos ensinam a essência, sem eles, o amor que você tanto sonhou seria só flor... sem resistência."

Assim aprendi, com o tempo e o chão, que até a dor tem sua poesia. Pois a flor mais bela, em minha mão, floresceu junto à sabedoria da vida com suas belezas e dores.

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Segredo na Ponta da Língua

Guardo um segredo na ponta da língua,
quente, doce veneno em calda.
Quem prova, jura que esquece,
mas volta com sede, sempre mais nada.

É beijo sussurrado em orelha alheia,
é riso que escapa sem ser permitido.
Segredo não é pra ser guardado,
é pra dançar pelado, escondido.

Fiz promessa de não contar,
mas sou boca que ama o perigo.
Um deslize, um copo a mais,
e lá vai o coitado, perdido.

Ele jura que é só entre nós,
mas segredos têm pernas e ouvidos.
Deslizam em lençóis e travesseiros,
deixando os lençóis... entretidos.

Então me conte, mas bem baixinho,
não que eu vá espalhar, imagina!
Só deixo escapar, sem querer,
em forma de rima... maldita menina.

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Te habito em silêncio

Não fiz promessas,
nem toquei mais do que o acaso permite.
Foi só um sorrisoleve, como quem sabe o poder do quase.

Um abraço,simples,mas ficou em ti como perfume em pele quente,como vinho na lembrança de um beijo não dado.

Desde então, me habitas em pensamentos que nem ousas contar,
fantasias moldadas no escuro dos teus desejos, onde meu nome se desenha sem voz.

Eu sigo, distraída,mas sei… quando a noite cai e o mundo se cala, sou o motivo do teu silêncio inquieto, a imagem que volta, teima, insiste.

Não fiz nada ,e mesmo assim, te desordeno, me tornei a sua imaginação mais fértil e desejada em qualquer momento.

Inserida por RosahyarahAlves

⁠Cicatrizes que sussurram

Estou em pé, mas não inteira, há frestas em mim onde a luz hesita, esquinas da alma onde o medo ainda mora, e a vergonha sussurra antigos nomes.

Carrego silêncios que pesam mais que gritos, feridas que não sangram, mas ardem baixinho.
Já quis fugir de mim,calar partes que doem só de existir.

Mas hoje aprendo a me sentar comigo,
a ouvir sem julgar, a tocar cada sombra com mãos de ternura, e chamar pelo nome o que antes eu escondia.

Porque há beleza também no imperfeito,
força no que um dia foi queda, e cura, talvez, em simplesmente não fugir mais.

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⁠Professor que Não Lê

Professor que não é leitor, como pode, com amor, semear nos corações o gosto pelas palavras, o voo das imaginações?

Como guiar com firmeza se não cultiva a beleza de um bom livro aberto, de um mundo descoberto entre letras e emoção?

Ensinar a ler não é só decodificar, é fazer sonhar, refletir, questionar. É dar asas à mente, é tornar o aluno semente de pensamento e criação.

Mas como inspirar esse valor, se o mestre, por desamor, não lê, não se encanta, não vive o que um livro transmite, com sua alma tão viva?

Ser professor é missão, e formar leitor, vocação, mas só ensina a ler de verdade, quem lê com sinceridade, com paixão no coração.

Inserida por RosahyarahAlves

⁠Victoria, Vitória da Vida

Victoria, menina-mulher decidida,
Caminha sozinha, enfrenta a vida.
Mãe solo, guerreira, pura bravura,
Carrega no peito uma alma madura.

Com passos firmes, enfrenta a dor,
Mas guarda no riso todo o amor.
Mesmo cansada, não perde a fé,
Levanta o rosto, se ergue de pé.

Ela chora, sim, quando a solidão
Aperta o peito e fere o coração.
Mas nunca se rende, nunca recua,
Tem luz nos olhos, tem força nua.

Quer mais que lutar, quer sentir a flor
Da vida nascendo no seu interior.
Quer dançar na chuva, sorrir ao sol,
Soltar os cabelos, sair do lençol.

Victoria só quer viver a vitória,
Escrever com coragem sua história.
Ser livre, ser plena, ser luz, ser mulher,
conquistar o que é seu, como bem quiser.

Ela é tempestade, é calmaria,
É noite escura e também o dia.
E mesmo que o mundo às vezes demore,
a vitória de Victoria logo floresce e floresce forte.

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⁠Entre o Riso e o Silêncio

Dizem que sou feito de risos soltos,de palavras que dançam sem medo,de uma leveza que não se aprende, de uma luz ímpar.
"Você tem um brilho no olhar", repetem, sem notar, o quanto arde, às vezes, esse brilho.
Eu me identifico com o Chapeleiro maluco, louco aos olhos do mundo, mas lúcido demais por dentro.
Veem loucura no meu sorriso,mas não enxergam a tristeza nos meus olhos.
E talvez nem queiram ver.
Carrego o riso como escudo,a piada como armadura, o exagero como alívio.
Porque mostrar a dor assusta, e calar é mais fácil do que explicar esse nó que a alma não desata.
Dentro de mim mora um vendaval, mas por fora... só o vento suave.
Sou tempestade em corpo de primavera torta.
E mesmo assim sigo,entre gargalhadas e silêncios, dançando com minhas sombras, abraçando minhas fendas, sendo loucura e lucidez, tudo ao mesmo tempo.

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Rosahyarah no País das suas maravilhas

Dizem que Alice caiu na toca do coelho,
mas quem cai em Rosahyarah, perde o chão por inteiro.

Ela não segue relógios, ela dita o tempo com o olhar. Onde pisa, flores desobedecem as estações e corações aprendem a se desmanchar.

Rosahyarah não é uma menina-mulher comum, é encantamento em forma de pele, é sorriso que confunde realidade e sonho, é portal que leva pra dentro de si.

No chá das cinco, ela serve poesia,
com uma pitada de loucura elegante.
Chapeleiros se perdem no brilho dos olhos dela,e até o Gato Risonho para de sorrir pra tentar entender o enigma que ela é.

Ela é jardim e floresta encantada, tem dias de brisa, outros de tempestade.
Beijá-la é como beber da poção errada:
você nunca mais volta a ser quem era.

Quem a encontra, não quer partir; quem parte, leva um pedaço.Porque amar Rosahyarah é se perder com gosto, é cair no abismo da fantasia e não desejar retorno.

No País das Maravilhas,ela não é visitante,é rainha, é feitiço, é história que ninguém esquece, é realidade mais bonita que qualquer conto.

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⁠As Dores da Rosah

Rosah nunca foi comum, não encaixava nas molduras das outras meninas, nem seguia o compasso dos passos ensinados.
Preferia girar…
até que o mundo girasse com ela, até que tudo perdesse forma, e só restasse o silêncio rodando no peito.

Tinha dias em que ela deitava no chão frio,como quem pedia à terra um abraço. Amava o gelado ,era como se o frio dissesse:
"Você ainda sente, você ainda está aqui."
Carregava dores escondidas atrás dos olhos. Olhos que já viram demais, toques que não foram carinho, palavras que machucaram como faca.
Ela aprendeu a engolir o grito, a sorrir mesmo quando só queria desaparecer.

Mas não, Rosah não desapareceu.

Ela floresceu com cicatrizes, sim, mas flores ainda assim, fez da sua dor um jardim indomável, fez do seu silêncio um poema.

Hoje, ela ainda gira.
Gira como dança sagrada,
como ritual de libertação.
Gira porque o mundo tentou prendê-la, mas ela escolheu voar.

E quando toca o chão frio com os pés, não é fuga é reencontro. É ela dizendo pra si mesma:
"Estou viva. Estou aqui. E sou minha."

Rosah é feita de céu e abismo, de memórias duras e coragem suave.
Ela foi ferida, mas não foi vencida, é diferente, sim e ainda bem.

Porque no mundo de tantos iguais, ser Rosah…
é um milagre que ninguém pode apagar.

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Enquanto Tudo Silencia

O que me paralisa não é o medo
é o excesso. Excesso de sentir, de lembrar,de não caber em lugar nenhum.

Sou feita de silêncio cheio, de girar pra fugir, de tocar o chão gelado pra não sumir. Sou diferente porque sinto fundo, porque leio entre as dores, porque meu caos tem poesia.

E quando tudo pesa, e a voz some no escuro, a escrita me salva, me devolve
palavra por palavra e me volto a existir, nua e crua.

Inserida por RosahyarahAlves

Minha alma não ri

Tenho o dom de acender salas
enquanto apago a mim mesma em silêncio Meu riso vem fácil, mas ninguém escuta o grito que mora atrás dos olhos.

Sou sol em dias nublados alheios, e noite cerrada quando volto pra mim.
Por dentro, uma alma que chora sem barulho, mas que nunca deixou de lutar pra existir.

É que ser luz pros outros às vezes custa a própria paz, mesmo assim,eu fico, eusinto, eu sigo.

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⁠Riquezas Invisíveis

Não me encante com ouro, nem com promessas brilhando na vitrine. O que me toca não se compra, se sente, sevive.

Quero o riso que escapa sem motivo, a conversa que cura sem receita, um abraço onde o mundo cabe inteiro sem precisar dizer nada.

Quero olhos que me olhem por dentro,
palavras simples com verdade imensa, silêncios cheios de presença e gestos que valem mais que jóias.

Prefiro o cheiro de café em manhã chuvosa ao barulho de um luxo vazio.
Prefiro carinho sem pressa, ao invés de presentes sem alma.

Porque o que me move não tem etiqueta, tem coração.

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Nos silêncios que ninguém viu.

Fui aquela que chorava baixinho, pra não acordar o coração da mãe.
Sorria ao sol do café da manhã, mesmo depois de noites travando guerras dentro de mim.

Fui irmã de dores ocultas, parecia feita de gelo e tempestade, mas era só medo de deixar cair o mundo que eu segurava sozinha.

Fui a menina que engolia gritos, que dizia “tá tudo certo” enquanto tudo desabava por dentro.Sem colo, por receio, me fiz abrigo.

Na infância fui também a estudante considerada burra, a que não entendia os números, tirava notas abaixo da média, que escrevia torto aos olhos da professora, porque ela nunca enxergou
que eu era maior do que seus moldes podiam conter.
Hoje entendo que minha mente era livre demais, minhas ideias corriam fora da linha e isso, pra ela, era erro,pra mim, era essência.

Aprendi a orar em silêncio, a fazer de Deus minha conversa mais sincera, nos dias em que a mente era caos e o coração, campo de batalha.

Foi Deus quem enxugou meu pranto escondido, me ensinou a caminhar, mesmo com feridas abertas.
Com cicatrizes que ninguém nota, sigo , talvez ainda sem saber direito o que é crescer.

Mas sei:
a força que me sustenta não é desta terra.
Vem do alto, o céu que me cobre, e da fé que, mesmo entre ruínas,caindo… Ele não soltou a minha mão.
Foi Deus quem não desistiu de mim.

Inserida por RosahyarahAlves

⁠Entre ruínas e ideias livres, fui resistência em silêncio, e Deus nunca soltou minha mão.

Inserida por RosahyarahAlves

⁠Os silêncios da minha alma

São feitos de ecos que se arrastam,
Com o peso do medo e da dor,
Que se enterram fundo no peito
E a voz se apaga antes de sair.

São silêncios de batalhas invisíveis,
Onde o corpo sorri, mas a alma sangra,
Onde os gritos não são ouvidos
E as palavras se perdem nas sombras do medo.

Na multidão, a solidão grita, em meio ao riso, o vazio se esconde,
A mente, uma tormenta constante,
Que nunca se aquieta, que nunca se rende.

São silêncios que falam muito mais
Do que qualquer palavra poderia dizer,
Dúvidas e certezas que dançam
Em um ciclo que não termina, mas insiste.

São silêncios de uma luta silenciosa,
Onde o corpo resiste, mas a mente se curva. E, no fim, talvez o silêncio seja apenas ogrito que nunca se permite ser ouvido.

Inserida por RosahyarahAlves