Ricardo Vitti
Somos a porta, somos por que não o isolamento, nossas vidas são momentos, e, se não tratarmos bem de nossas mazelas em contraceno com a humanidade, sucumbiremos a nossa dura insanidade...
Devemos ser crianças com sonhos impossíveis, com tombos, arranhões, deixarmo-nos ferir a cada dia, para, assim resolver e aprender, sim, o verdadeiro sentido da vida, a existência não é resumida só de vitórias...
Levo-me, no adeus desse mundo, daqui me restrito, desse ângulo de vista, não sabia, tudo é tão bonito...
O ser e o saber...
"... Sei de minha lábia, e do obscuro que fora criado, sou enganador, um larápio desalmado, me desintegro a cada passo que é dado, sou fadado em lúdico enredo, porém, sou um verme, apaixonado e bêbado...".
Não tenho nada de riquezas para levar deste lugar, sou um forasteiro que nasceu, cresceu e se rendeu ao amor, mas não aprendeu a se virar sozinho, hoje o que me resta é a morte, me desejes boa sorte, o vento passou, mas desta vida nenhum desejo em nós cicatrizará...
"... Lhe buscarei no fim, onde meu mundo acaba, lhe encontrarei no fim, onde para nós o mundo começa!...".
... Somos atuais, não encenadores, atuantes de um teatro, lotado de videntes, numa bola de cristal, o mundo em sua esfera perfeita, coadjuvantes nas promessas do amor; ele mais não tens me prometido, me prometera, no passado, porém hoje não se extinguem meus sonhos em translação, talvez haja uma revelação em cada composição...
Rápido na tangente, repetitivos desvios da mente, nessa minha rodovia só ocorrem acidentes, vida essa minha que descri-a, antes morto, que um velho louco e decadente.
Os olhos teus penetram os meus, observo distante um sonho, e, a realizar-se, num repouso tão meu e teu, sem algum "s", mas prevalece às reticências, não um adeus...
"... Estou vivendo no coração de alguém que distante estás, quanto mais longe mais minha paixão se desenfreá, acho que amo...".
"... Numa prisão; o sonhador é o mais liberto de todos os livres, não sou feliz no observar e, sim no interpretar algo jamais entendido...".
"... Sou o pintor borrado de exclamações, já que não me dás por interrogado e, não me colocas em nenhuma de tuas paixões...".
"... Para tu sou um enigma passando, não sou mais amado e, simplesmente por simples; o vento lhe ainda é mais desejado..."