Nerisírley Barreira do Nascimento

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Não quero ser perfeita!

Eu estava olhando a minha foto de bebê. Eu tinha uns seis meses. Olhos grandes e inocentes, uma incógnita. Eu hoje, mirando o futuro pela frente, que é passado. O começo dos grãos de areia, numa ampulheta a descerem.
***
O que seria daquela menininha? Qual vida levaria aquele bebê? Porque todo nenê é como uma caixa de presente, em lindo papel dourado com laço enorme de seda, sem ser aberta. Uma surpresa para o desconhecido.
***

E os anos passaram... aquela pessoazinha não descobriu-se. E por momentos na vida, viveu.
***

Como ser aceita pelas pessoas? No fundo da alma, o que cada mulher quer, é ser amada. Ser respeitada e elogiada pelo que é. Mas como ser aceita?
***

Talvez, na minha caminhada, eu me escondi. Também por desejo latente de ser aceita, moldei-me ao meio. Porém, foi de tanto moldar-me, que eu não me vi. E nunca me senti aceita.
***

Mas como eu posso pedir dos outros, aquilo que eu, nem me dei o tempo? Na minha ansiosa ânsia, de ser amada... eu não me conheci e nem me amei. Eu corri para o vento sem parar para escutá-lo. Passei boa parte da vida acumulando títulos e coisas para que as pessoas gostassem de mim. Sem compreender que o que eu mais dou e o que eu mais deixo ir é que me faz feliz.
***

Nenhum ser humano, verdadeiro, que queria ser feliz, desperdiça o seu tempo querendo ser amado pelos outros. Mas o que se ama, sente-se amado. Ele constrói sua vida no prumo dele, ao invés do prisma dos demais. Por mais que esses sejam preciosos para nós. Pode-se cortar as asas de uma águia, ela ainda assim será uma águia. Seus olhos sempre verão o sol.
***

O tempo que eu mais me senti amada na minha vida, foi quando eu encontrei Deus. Porém, entrei num ativismo onde não doei parte do meu tempo para me amar.
***

O carro mais caro. O último modelo. O celular que faz um monte de coisas, que eu uso 02% de sua capacidade. A melhor marca de computador. O programa de última geração. O corpo desenhado e como mulher, impecável. E sendo sincera, nós mulheres nos cobramos muito mais. Afinal, ainda hoje, no século XXI, as duas maiores funções da mulher são: a de ser bela e de ser útil. Um monte de viagens onde ao invés de descansar, eu usei para postar nas redes-sociais. Quanto tempo desperdiçado!
***

Descobri-me a que detesta ser o centro das atenções. Que ama andar de tênis e calça jeans. Que não precisa ter vinte e cinco bolsas. Mas a que tem uma explosão de risos quando tropeça na rua. Muito que eu quis, quis para me aceitarem, para me amarem. Só que quando conquistei tudo isso, ficou pesado demais. Eu fiquei cansada.
***

Muito que mais queremos, não faz sentido algum. E muito que mais desejamos, nem conhecemos. Quando temos o que achávamos que queríamos... procrastinamos o essencial.
***

Eu fui num movimento retilíneo uniformemente acelerado para longe de mim, para chegar aqui e descobrir que a pessoa que precisa olhar para aquele bebê e amá-lo sou eu. Todos carregamos uma criança dentro de nós, louca para ser amada. Quem tem a oportunidade de conhecer a Deus, por mais teimoso que seja, um dia Ele irá te mostrar o seu “eu-bebê”.
***

E sabe o que mais interessante eu concluí? Que as pessoas não vão me amar, nem pelo que eu tenho, nem pelo que eu sou e muito menos pelo que eu faço. Elas me amarão porque elas amam. Porque o Dom de amar é singular. Cada um, ama do seu jeito. Isso me livra do fardo de ser perfeita. Eu posso assim me amar!

30/03/2019.

Inserida por breno_bertioga

Que cada um examine-se a si mesmo!
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Eu odeio ver gente falando mal do Brasil.
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Pior ainda é brasileiro falando mal do Brasil.
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Se não tivesse fundo o bastante este buraco, bastante para fazer um tubulão de concreto. _E olha que o mundo inteiro em todas as escolas de Arquitetura e de Engenharia caem aos pés da habilidade do brasileiro na tecnologia do concreto armado._ É ouvir de um crente falando mal do Brasil. Isso me irrita profundamente.
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Se Deus quisesse... a pessoa teria nascido síria, estadunidense, canadense, chilena, israelense. Então, um crente falando mal do Brasil murmura contra Deus.
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Será que ele já se perguntou o porquê de Deus o ter feito brasileiro? De acordo com Provérbios, "do fruto da boca nós comemos".
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Se maldição em cima de maldição não bastasse.
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Ainda vejo brasileiros falando "este país" e continuam uma delegação de murmurações; satânicas; cada uma delas.
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Mas ainda não está o bastante.
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A mesma imprensa que faz questão de exaltar tudo que é do exterior e mostrar as mazelas do Brasil. Oportunista, usa a primeira coisa da mídia também corrupta para aos berros se promover contra ela.
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Porque esta imprensa não deixa de fazer como no Jornal Hoje de sábado “as crônicas de Londres, Estados-Unidos, França” e etc. Para falar de brasileiros que fazem diferença?
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E nunca vi na TV “as crônicas das Meninas dos Olhos de Deus”. Mas foi justamente uma brasileira que salvou milhares de meninas de DOIS a DEZ anos de serem vendidas para prostíbulos no mundo.
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Eu nunca vi “as crônicas do Projeto Vida Nova” onde você descobre que milhares de mendigos nas ruas do Brasil são pessoas com pós-doutorado, empresários, poliglotas, mas que caíram em profunda depressão.
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Eu nunca vi “as crônicas de Pirenópolis” uma das melhores cidades para viver no mundo, a uma hora de Goiânia.
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Como se não bastasse um tubulão. Uma estaca com radier são compostas, por uma imprensa psicopata e oportunista em conjunto com uma publicidade nada patriota. Desde programas de TV até propagandas gravadas no Brasil, tem fundo musical em Inglês.
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Por isso, eu digo que NÃO SOU IDIOTA. Não me apareça nenhum jornalista aos berros como o da Jovem Pan me falando sobre a Anita. Que eu nem sei se escrevi certo o nome, desculpe-me se o fiz, mas ela não faz parte do meu repertório.
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Mude a Jovem Pan primeiro. Observe a sua programação. Mude os seus comerciais. Seja genuinamente brasileira. Que a publicidade e o jornalismo assumam a sua função social. Aí talvez eu leve a sério os berros oportunistas de um pseudojornalista.
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Não estou nem aí para a cantora. Ela não me atinge. Nem pode me atingir. Eu fiz o meu mestrado e doutorado no exterior. Conheço quatro continentes. E nunca quis conhecer o Estados Unidos. Falo cinco línguas. Mas não falo o Inglês.
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Eu respeito sim os EUA. Mas não respeito me fazerem engolir uma cultura que não é minha. E isso só pode ser feito com o meu aval, da imprensa brasileira e da propaganda brasileira. Tanto que no Brasil não existem treinadores, existem coaches; assim como estilista pessoal, personal stylist; treinador pessoal, personal trainer.
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_ Quem terá coragem moral de assumir-se brasileiro?
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Não tenham a vã esperança de que vocês não pagarão o preço pelas suas maldades. _“Cada um examine os próprios atos, e então poderá orgulhar-se de si mesmo, sem se comparar com ninguém, pois cada um deverá levar a própria carga. O que está sendo instruído na palavra partilhe todas as coisas boas com quem o instrui. Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.”_ Gálatas 6:4-7
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A propaganda e jornalismo brasileiro retiram a esperança e entristecem o meu povo.
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Assim como os babilônicos tiravam a cultura dos povos aprisionados e pagaram o preço disso. Pior ainda será o preço a ser pago do brasileiro que nega a sua cultura, faz da sua História uma estória e do brasileiro que amaldiçoa com a boca a terra que Deus lhe deu por herança!
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10/01/2018.

Inserida por breno_bertioga

A muitos e muitos ...

E mais muitos ainda,...

Anos atrás.

Eu fazia Edificações na antiga Escola Técnica.

E tinha um colega e amigo meu que era um amôrrr:

Aula no laboratório de Geologia, 12 horas e 30 minutos.

Imagina a fome, com aquele cheiro de enxofre do ambiente.

Na aula podia-se ouvir o som de um mosquito.

De repente papel desembrulhando no final da sala.

De bombom.

Cheiro de chocolate.

Todo mundo olhava pra traz. Era o Niltinho com um Sonho de Valsa aberto.

Ele olhava pra mim e perguntava: _ Quer um pedaço?

Eu só acenava.

Ele lambia o bombom inteiro e dava pra gente. Depois ainda dizia: _ Desculpa, tem três dias que não escovo os dentes, mas você não acha ruim né?

Aff! Que fome!

Inserida por breno_bertioga

Conceito Arquitetônico e aplicabilidade Filosófica dos princípios da Resiliência.


Em um laudo pericial, muitas vezes, é necessária a realização de ensaios destinados a fornecer informações relacionadas às condições de resistência e ruptura de peças estruturais. Considerando que, entre os ensaios realizados para vistoriar peças estruturais, há os destrutivos e os não destrutivos, assinale a alternativa em que todos os ensaios são destrutivos.


No Restauro a Resistência à compressão axial, teor de cloretos e determinação do escoamento à tração de armaduras.
Ductibilidade. A ductilidade é a propriedade que representa o grau de deformação que um material suporta até o momento de sua fratura. Um material dúctil é aquele que se deforma sob tensão cisalhante. Ouro, cobre e alumínio são metais muito dúcteis.


Na ciência da Resistência dos Materiais, a resiliência é definido como a medida em percentual da energia que pode ser absorvida dentro do limite elástico sem criar uma deformação permanente (deformação plástica). Em curtas palavras, a resiliência é a capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de ter sofrido tensão.



Conceito Físico de Elasticidade
Na Física, o termo elasticidade significa a propriedade mecânica de certos materiais para sofrer deformação reversível quando são submetidos à ação de forças externas e restaurar a forma original, quando essas forças externas são removidas.


Portando tanto a Elasticidade quanto a Resiliência interligam-se e são interdependentes. Porém, nem sempre um objeto submetido a uma energia pode sofrer deformação, mas todo objeto que deforma-se por um determinado espaço de tempo está demonstrando o seu potencial de Resiliência.


A Resiliência é um processo Físico e Químico. Aliás, uma das maiores tragédias do ensino é que disciplinas que tratam do mesmo transcurso, são ensinadas didaticamente separadas. A Matemática da Música, a Biologia da Geometria Descritiva, a Química da Física. O Português da História...


Uma força é colocada em um material que sofre uma aceleração em seus elétrons que movimentam-se mais rápido para adequarem-se ao campo magnético da força nele aplicada. Esta força pode ser tanto a Tenção quanto à Tração. E alguns objetos só existem em função de suportarem a duas forças em conjunto. Por exemplo, as vigas e lajes que sofrem de Cargas pontuais e ainda mantém-se como lajes sem cair por causa da Tração ao contrário da Tensão.


Num centro de diagnóstico, o tomógrafo somente não cai na cabeça das pessoas no andar de baixo porque as vigas e lajes são preparadas para suportar a “dor” da pressão das forças: Gravidade, Peso, Tração.


Toda laje ou viga deforma-se?


Sim! De milionésimos de milímetros até onde ela é calculada para flambar.
A força movimenta as órbitas dos elétrons que transformam num processo químico e emitem calor na existência de cargas prováveis.


Porém uma pergunta real. Um objeto qual recebe uma força que promove uma movimentação em seu campo gravitacional, pode movimentar-se e voltar a mesma forma. Mas ele jamais será o mesmo.


Se assim o fosse, não precisaríamos da Ciência da Resistência dos Materiais. Um objeto que sofre pressão de forças externas é um objeto validado. Ou seja, mesmo que ele deforme-se. Mesmo que ele produza calor ou até queime. Ele vale muito mais do que o que não sofreu nada.


Compreendendo sucintamente, o objeto que reage às forças externas é um corpo que valoroso, se ele chega a sofrer um Movimento Mecânico Elástico, mais ainda. Entretanto, sabe-se que nenhuma matéria que sofre um Esforço Solicitante é a mesma depois deste processo. Porque até as órbitas moleculares transformam as geometrias de suas elipses.


Trazendo para a Filosofia o conceito da Resiliência.
Todas as pessoas sofrem forças externas. Inclusive, a Física Mecânica é baseada em princípios Naturais.


Toda pessoa é Resiliente. E toda pessoa sofre mutação externa e interna. Fisiologicamente e Psicologicamente. Tenho sérias dúvidas depois que apresentei minha tese, que fisiologia se separa da emoção.


A diferença é o quanto a pessoa vai conseguir manter suas metas depois de uma força externa, que neste caso, podemos chamar de dor. Porém já compreendendo a Mecânica da Resiliência, metas e objetivos são obsoletos diante do tempo de Tensão e Compressão externas.


Para o ser humano, não há nenhuma vergonha em simplesmente mudar de metas, objetivos ou mesmo flambar diante de dores da vida. Não quer dizer que ele não seja resiliente. Mas que a Física Mecânica é impotente como Ciência para ser correlacionada ao milagre da mente humana. A mente é que inventa a Pesquisa, que descobre Fatos. Mas sempre, estes, serão limitados para explicar o movimento das emoções.


Se acaso você estiver passando por uma dor, não esqueça que pela vida você já passou por várias e vai passar por outras. Não é vexame parar. Pensar. Ficar ansioso. Ter medo. Angustiar-se. Ao contrário, é normal. É apenas você reagindo ao que eu chamo de “Pacote Vida”.

02/11/2018

Vitória no tentar!

Engraçado, hoje eu estava falando algo a um amigo que eu mesma parei para pensar.
Ele desfez um casamento de doze anos e agora a ex-esposa está se casando. Ele continua só.
A solidão em si já é dura, mas acho que o despeito da ex ter conseguido encontrar alguém pesa muito.
Ele me disse: – Meu casamento não deu certo!
– Não deu certo? Por todos os doze anos?
– Por doze anos lógico que deu certo. Tem crianças que não chegam aos doze.
Tem gente que conheço e na minha pele está o decreto de ter dez anos (no máximo) segundo os médicos de vida. Aliás, e eu com isso? Quem disse que qualquer um não pode morrer na próxima esquina de acidente automobilístico?
Sinceramente eu acho que o século XXI vem como século da depressão pela ditadura do prazer e da vitória.
Os focos estão errados.
As teorias econômicas informam que o mundo está se implodindo por causa do consumismo exagerado.
Teve um Congresso de Urbanismo na Bélgica onde os técnicos chegaram a conclusão de que na água potável, além de flúor, sais minerais e sulfato ferroso deveria-se incluir antidepressivos para a prevenção de oscilações de humor.
Foi escrito em ata e publicado as estatísticas.
Pode?
Eu tenho certeza que a pessoa mais forte é aquela que assume suas fraquezas.
Aquele que diz que precisa de tratamento seja pelas dores emocionais ou físicas é o corajoso.
O batalhador.
Aquele que rompe com uma relação que acabou também.
Mesmo diante da cobrança da sociedade foi verdadeiro, foi autêntico.
Hoje eu acho que o valor do verdadeiro cristão é de ser HUMANO.
No sentido real da palavra. De buscar a Deus com as suas limitações e dificuldades.
Eu não quero ser a "perfeita", mas a imperfeita que precisa de Cristo para viver.
Da mesma forma, eu acho que a vitória está no tentar.
Você casou e não deu certo? Ou você casou e se separou? Ou você casou e terminou uma relação insuportável para o seu limite?
Pra mim deu certo, sim.
Você tentou.
Conheço tanta gente covarde.
Tanta gente que vive de aparências...
Incapaz de assumir tragédias pessoais.
Eu não vivo de vitórias, elas me alegram sim.
Mas vivo de tentar.
Não alcancei o objetivo?
Mas tentei.
Isso mostra o que sou. Uma pessoa.
Com direito a erros, acertos, vitórias e derrotas.
Melhor tentar e não "dar certo" que nunca tentar.
Melhor chorar do que nunca ter sentido vontade de chorar.
Talvez seja por isso... que meu riso seja tão farto e fácil!
Essa sou eu, a que tenta...

Inserida por breno_bertioga

Um dia!



Um dia você foi se afastando...
afastando...
e aquele amigo de infância,
me teve por inimiga.
...


Um dia você pediu a sua filha
aquela em que eu olhei tantas vezes,
aquela em que eu fiz tarefas madrugada a fora
aquela a que eu tanto amei como se de mim tivesse saído.
...


PARA SE AFASTAR DE MIM!
...


um dia eu chorei.
o outro também.
vários anos eu chorei.
e lutei por um amor de sangue que sumiu pra você
E só eu não enxerguei.
...


A época em que mais fui humilhada foi o tempo em que eu estava cuidando de você numa cama.
Me pergunto quantas as vezes não orei para que você fosse feliz no seu casamento?
Quantas as vezes para que a vontade da minha sobrinha fosse feita?
...


com pedras fui recebida.
Por uma família que não me ama.
...


Um dia eu ouvi de alguém sábio que uma pessoa por uma coisa não se divorcia,
Mas por quarenta sim.
...


Ontem eu chorei muito.
E vão ser anos de choro acumulados.
Só que agora, não tenho mais vinte e poucos anos.
...


Meus cabelos são brancos e minha beleza foi embora.
Eu fiz o horror de deixar a minha vida passar pela janela.
Em nome de alcançar o inalcançável!
...


O relógio e o calendário me dizem que não há perdão pra mim!
...


Por isso, em nome da minha sobrevivência, hoje eu decreto um rompimento.
Não há necessidade de me aturar em nenhuma reunião de sua família.
Sua esposa não precisa mais me tratar mal ao telefone quando eu ligar para aí.
Nem você de gritar comigo.
...


Hoje eu estou orando para Deus me fazer deixar de te amar!



Não desejo mal para você.
Só quero me afastar. Sem drama, sem espetáculos,
como gente adulta que sabe que chegou a todas as possibilidades.



Seja feliz, você e sua família.

4 de setembro de 2011
Dedicado ao meu antigo amigo, meu distante irmão mais novo.

O lamento da Cidade.

Ôh! Esses muros que brotaram.
Eles saltaram da terra e foram crescendo. Crescendo... criaram farpas sobre eles! Olha: agora são arames! Não! São elétricos.
Por todos os lados e em todos os lugares. Vejo somente prisões?
Cadê? Onde está a minha Goiânia?
Aquela cidade em que cresci com as pessoas vendo as casas? As pessoas nas varandas. Os jardins rosados. Com cheiro de jasmim?
Onde estão as praças floridas e as fontes jorrantes? As crianças cheias de esperança, correndo ou em velocípedes... tão lindas! Nos seus rostinhos havia esperança.
Aos olhos de quarenta centímetros de altura, hoje tem tela branca.
Onde estão os cumprimentos? E os lugares que se chegavam?
A cidade virou um muro.
E dentro de cada fortaleza vivem pessoas. De magoadas, ficaram amargas!
A cidade não é mais minha. Nem eu pertenço a ela.
Goiânia hoje é cinza e espelhada. Mas não se vê nos reflexos. Porque a imagem é indigesta.
Ela deixou de ter a Rua 20 com a Casa do Dr Vigiano.
Mataram a Amoreira. Mataram as lembranças.
Nem sei se sou de Goiânia. Ou ele que nunca foi de mim.
Hoje é um Centro, onde eu tenho medo de caminhar.
É uma ausência de cor. Numa ironia sarcástica frente ao Sol.
Ao invés de brilhar. Goiânia consome a luz.
Não. Não é uma cidade feita para nós os seres humanos.
Transformaram Goiânia para os carros.
De nossa terra... a um culto à vaidade.
Deparei-me assustada! Eu deixei de amar.
Quando aconteceu?
Como foi?
Não sei explicar!
Quando os espigões iam subindo. As pessoas ficaram mais egoístas.
E eu vi gerações apagadas pelo materialismo. Sozinhos e tristes. Nossos sonhos se apagaram de luz natural amarela para luz branca.
O asfalto queima. Demonstra uma Anhanguera com o significado de seu nome. Ela arde nossa pele ao andar. Existe uma gaiola no meio dela. Uma falta de sombra.
Existe povos desencontrados dentro da minha encantadora ilusão. Mais educados querem ostentar. Os mais pobres ficavam marginalizados na periferia. Hoje a periferia da periferia é para os ricos encarcerados em seus feudos de medo.
Muda-se de lugar. Mas não muda-se a mentalidade.
O que mais de valor podemos dar? Dinheiro? Não! Dedicar nossos talentos e espalhar conhecimento. De que me adianta este altar de vaidade? Se somos todos perenes nesta Terra?
Há um clamor! Um choro que perpassa os nossos olhos e aceitamos como “natural”. Este lamento é a exposição não de uma cidade. Mas de nossas crenças. O que fizemos com Goiânia?
E minha linda cidade... Princesa adornada com lindos arcos deitados no meio do Cerrado.
Com pulseiras de flores e brincos de fontes.
Passou a ser um triste vazio. Um abandono escuro.
Na minha memória.
Uma dor no meu coração.
Uma repugnância ao horror do progresso sem amor.
Fizemos Goiânia. Lutamos no meio do nada por ela. Matamos a bela sonhada pelo jovem Atílio. Porque não soubemos cuidar da cidade para nós ao invés de para mim.
Hoje, ela mostra-se amarga. Ela chora e nós sofremos.
E para os mais jovens... começa a diáspora!

Inserida por breno_bertioga

Solidão de Maria
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Maria nasceu lá nas décadas de sessenta. Do século passado.
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Maria aprendeu que o sexo é proibido.
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Maria também foi perseguida. Não por soldados, mas pela sempre pronta e atenta, nossa querida sociedade.
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Quem mandou Maria nascer Maria e não João?
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_ Ela é que pague o preço de sua escolha!
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Maria tem que ser calada, voluptuosa e burra. Porque Maria que é Maria, é mulher!
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Mas Maria não foi nada disso.
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E ainda teve a ousadia de nascer preta. Preta sim! Não sou de meias palavras.
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Negro, não é nem raça. Preto é cor!
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Maria, além de negra, é preta. Não tem vida cor-de-rosa!
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Essa pobre coitada. Teve o desplante de perguntar.
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Nasceu inteligente e não foi sábia de esconder sua mente.
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Maria percebeu o mundo. Não gostou! Mas as horas Maria não era para sexo? Não é para isso que o Brasil vende Marias e o mundo inteiro compra?
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Oras! Maria era para ser enganada! Mulher e negra? É classe e situação permanente. É o regime de castas brasileiro. Que a gente age.... Mas psiu! É impróprio falar.
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Maria que é Maria, é pra usar.
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Mas Maria não aceitou.
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Maria... tola Maria! Questionou.
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E o tempo foi passando. Os anos se tornaram pesados. Maria ficou só.
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Sem homem. Sem sexo. Apenas com seu gênero, raça e inteligência.
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Maria que é Maria. Tem que se resignar. Porque Maria quando não é Maria... fica só, por questionar.
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E Maria ainda inventou de estudar. Teimosa, petulante e atrevida Maria! Como ousa?
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Vai chorar muito pra chegar lá. Mas num tenho pena! Nasceu assim, então tem que sofrer! Tenho nojo dessa cor. Detesto esse jeito sinuoso de mulher, que não se serve para os homens. E fico com raiva dela ser feliz! Ainda assim, Maria!
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Eu me alegro com cada sofrimento de toda Maria goiana.
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Êita! O que é que eu vejo ali? Mas não é que é Maria! Toda faceira. Solta, alegre a andar? Que absurdo!
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Sozinha e sem homem? Como pode? Toda aprumada, com documentos a carregar.
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Num é que Maria hoje, depois de muito sol, está estudada!
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Onde este mundo vai parar? Dar emprego para uma Maria se tem tanto José pra trabalhar?

Inserida por breno_bertioga

O gringo no Café Central.

Assim meu pai me contou, enquanto ria; a história de um gringo no Café Central.

Era lá pelas bandas do final dos anos cinquenta, um gringo muito chique, metido à besta, resolveu vir à Goiânia para ganhar dinheiro. Mas como todo inglês que se preze, fez um curso de Português com um erudito de Portugal. E como todo homem prevenido, trouxe o professor com ele até o Rio de Janeiro.


Três meses de viagem, o tal inglês hospedou-se no Grande Hotel.
E hotel você já sabe... pagando bem... eles entendem até língua de cachorro! Lá eles ensinaram que um homem de “porte” como ele, deveria ir ao Café Central para fazer contatos.


O homem se ajeitou. Colocou seu terno escuro, completinho. Até com colete e gravata com broche. Chapéu preto e sapato escuro. Tudo na risca de giz, fresquinho; para Londres. Saiu o cândido, rumo ao Café Central, a pé. Sentindo-se!


Eram três da tarde, onde passava, os homens de chapéu branco olhavam para ele e o cumprimentavam. Logo, o gringo percebeu que talvez teria que ouvir com mais cuidado os cumprimentos porque os fonemas saiam todos iguais numa palavra só:


_Bastard! Boatard!


Quanto mais as pessoas o cumprimentavam, mais calor ele sentia. Era o meio de setembro.


E... depois de encharcado de suor. O homem chega no aglomerado de pessoas, na esquina da Avenida Anhanguera com a Rua 7, que era o Café Central.


Adentrando o gringo; meu pai, mocinho do Lyceu, que estava de fora do estabelecimento; olhou de soslaio aquele branco de dar dó. Preto riscado, empoeirado, com uma mistura de perfume e um “certo cheirinho”.


Lá dentro, ninguém olhou para o homem. Todos absortos na sua própria conversa, em negociações. Um burburinho entre comerciantes de tudo. Conforme o recomendado pelo funcionário do Grande Hotel, o inglês foi de pronto ao balcão.


Avistou um atendente, que abriu um sorriso quando olhou outro homem que chegou de terno de linho branco e botas de cano alto. Sem cerimônia, o intruso sentou-se no banco que, para o inglês era dele. Depois do susto, resignado diante de sua ansiedade, o protagonista acomodou-se ao lado do homem e pôs-se a observar.


_ Bastardeee Tiaozim! Que vaicê ogi?
_ Bastardiii! Demaisdaconta! Dissempri!
_Intão-tá!


O atendente virou-se todo feliz para trás e pegou um cestinha com pão-de-queijo e uma xícara de café. Voltou-se ao moço.


Nisso, o inglês vendo a cena, já começava a sentir um certo frio na barriga. Pois não compreendia nada do que eles falavam. Fitava-os atentamente. Agora, nosso fidalgo, sentia-se um mero protagonista.


O moço trouxe o café, colocou para o jovem ao lado e com um bule de leite numa mão, perguntou:


_ Poçopô?
_ Pó-pô!


Ele colocou um pouco. O rapaz deu um gole e o atendente olhou para o inglês. Tudo pareceu em câmera lenta. Nisso, o homem já não suava de calor, mas frio de nervoso. Olhou atentamente para a boca do atendente tentado decifrar o que ele falava: _ Êita língua difícil! Ainda tem que mudar?


O atendente meio que receoso que talvez o homem muito que arrumado estivesse a passar mal. Fitou-o esperando uma resposta, quando o nosso insigne ia responder...suspirou aliviado! O garçom voltou-se para o moço de branco.


_ Tiaozim pó-pô mais?
_ Mais é clar-que-sim!
Colocou mais café na xícara e voltou com o “indigesto dialeto”:
_ Quémais?
_ Pó-pô!
Colocou mais.
_ Pó-pô-mais?
_ Pó-pô-mais!
_ Tá bãmassim?
_Num tá-não! Pó-pô-mais!


Nosso excelso ficou mais apreensivo. Compreendeu que o homem nativo, negou, afirmou para negar. E como se não bastasse, terminou afirmando novamente em imperativo! E o atendente nem achou ruim. Parece que agora ele sentia sua gravata muito apertada e sua boca extremamente seca.


De repente, o atendente olha para ele e faz uma pergunta. Assustado o ingles respondeu:


_I would like to a cup of tea and a glass of water, please. _ traduzindo: “Eu gostaria de tomar uma xícara de chá e um copo de água, por favor.” _ Of course! One moment please. _ traduzindo: Claro! Um momentim, por favor!


E não era que o garçom falava o Inglês!


O problema é que o inglês não sabia nada de Goianês. Êita sô! Tem base um troço desses?


Nerisírley Barreira do Nascimento 2018.

Inserida por breno_bertioga

Deus faz milagres!

Por isso, ele usa uma semente para criar uma floresta.

12 pessoas para mudar o mundo.

E você vai começar sua empresa pequena
para mudar a vida de multidões!

Dê valor ao mínimo, para que ele seja o máximo!

Inserida por breno_bertioga

Se eu fosse indicar para você...

Eu indicaria que você cuide da sua Saúde Mental. Dela depende tudo em sua vida.

E é impossível cuidar dela, sem ter um contato REAL com Deus!

Inserida por breno_bertioga

O artigo da Constituição ideal para ser transformado é o 12.
Nunca um corpo que vai ser guardião da Carta Magna poderia ser indicado por um presidente ou ligado a um partido.
Mesmo quê, não declarada esta ligação.

Inserida por breno_bertioga

Sou totalmente contra ao Ministério da Educação.
Educação quem dá é pai, mãe, tios, tutores...
Um dia haverá alguém com a coragem de rebatizar o nome para Ministério do Ensino ou Ministério do Conhecimento.
Não é justo para governo algum neste mundo, tomar para si, a obrigação e direito da família!

Inserida por breno_bertioga

⁠Não esmagará um galho quebrado, nem apagará a luz que já está fraca. Isaias 42: 3a


Esse é um texto do profeta Isaias sobre o Ministério de Jesus o Cristo provavelmente entre 700 ou 600 anos antes do Messias nascer. O texto do capítulo 42 é bem vasto. Mas hoje eu vou atentar apenas a uma parte de versículo 3.

Essa parte é claramente sobre a personalidade de Jesus aqui no meio de nós. E PERDURA até hoje. Desde que Jesus veio, começou uma Era na humanidade que ao que parece, está prestes de terminar. A Era da Dispensação da Graça.

Se algo é notório em Goiânia atualmente é a quantidade de pessoas machucadas emocionalmente. São negros e pardos machucados ao longo do tempo, são mulheres que vão engolindo e engolindo o machismo estrutural da minha sociedade, nos pequenos detalhes que vão até a o feminicídio que estampam os jornais. Temos tantos preconceitos e tantas pessoas que diminuem e machucam outras. Até se esforçar para entrar numa faculdade depois dos 40 anos é motivo de “linchação social”. São pessoas e pessoas ansiosas pela rejeição paulatina durante os dias.

Mas de todas as rejeições, a que mais me escandaliza é a que eu vejo claramente nas igrejas. Lá deveria ser o lugar de acolhimento e de amor. Mas é o mundo no púlpito. Só não passa pelo preconceito no Brasil o homem, branco, rico e culto. De resto, ninguém escapa.

Mas eu quero deixar claro pra mim e para quem quer que leia este texto:

_Ninguém que julgue as pessoas e as machuque. Seja com “inocentes” brincadeiras. Principalmente quando elas estiverem por baixo, numa crise de tristeza, representam Cristo. Essas pessoas podem até estar tentando e pensar que O representam. Mas ainda assim, não fazem. Quantas vezes você viu na Bíblia Jesus diminuindo mulheres, crianças, idosos, mais velhos, leprosos ou aleijados? Quanto mais quem estava em erro, algo inaceitável?

Como o centurião romano ou a mulher que era a Gretchen da atualidade.

Elias estava em depressão dentro de uma caverna. Por acaso, Deus, a personalidade que Jesus mostrou, Ele acaso debochou de Elias? Diminuiu-o? Foi o que Deus fez com Josué quando este teve medo?


Se o seu líder faz a mesma coisa que as universitárias de Baurú. Reflita, pense se compensa seguir em frente com ele. Ou se você deve focar apenas em Jesus e pedir ao Senhor que te mostre outro lugar.

Nerisírley Barreira do Nascimento 20/03/2023

Inserida por breno_bertioga