Mareu Ruggeri Ayres

Encontrados 4 pensamentos de Mareu Ruggeri Ayres

Eu espero, tu esperas, ele passa...
Esperar, esperar, esperança, espera. Enquanto o tempo passa, embora não pareça. Enquanto a vida voa, embora não passe... Embora você se foi, enquanto eu fico esperando todo esse tempo, essa vida e mais a próxima se preciso for. Não quero admitir que sofro. É tão mais fácil esconder-se. Tantos afetos, tantos apegos. Na verdade são tantas mentiras. Na verdade só se ama uma vez na vida, e a minha vez já foi. E tudo que podia ser já foi. Não! Será! Ainda será! Esperar, esperança, te espero... Te a... Silêncio. O silêncio que grita as palavras que já conhecemos, vivemos, sorrimos, existem intactas. Intacta, existo, sorrio, vivo, conheço as palavras que grito em silêncio. Ouve? Diga que sim. Responda com o seu mais longo silêncio. Aquele que era quebrado com um beijo, dois beijos, beijos, beijos... Até que retornasse mais longo e assustador, a fim de tornar mais longo o intervalo de beijos. Intermináveis, infindos. Sente? Lembra-se? Outra vez apego-me as malditas lembranças. Ilusão de um presente vago, diria inexistente. Ora, espero... Esperança. A última que morre, a única que morro.

Inserida por edjanemendes

Ela me perguntou o que era o amor verdadeiro, e eu não pude responder com gestos. Um beijo, um abraço, um olhar fixo que dissesse: Você, nós! Depois de desconversar com algumas palavras, me peguei refletindo sobre essa tal verdade. Como sabê-la? Como vivê-la? Amar vai além de qualquer palavra e ao mesmo tempo se limita a uma respiração que falha. Não limita ligações, e sorrisos, e saudade, e saudade, saudade...

Abandono
O amor que entreguei em suas mãos foi além de ser abstrato. Entreguei meu coração, ainda pulsando para que não deixasse parar de bater. Mesmo que você deixe, ele não para. Não para porque move as lágrimas, porque alimenta os sorrisos e o sentimento de lembrança. Abandonar um coração que lhe é entregue é como entregar-se ao vazio. Mas o vazio chora, sorri e sente saudades. Do mesmo jeito que ninguém é completamente feliz, nada é completamente vazio.
Abadone o coração, abandone tudo que o completa. Quem abandona não esquece porque sente falta, sente só. Esquecer é o impossível da vida porque alimenta a tristeza que insiste em atormentar-nos. Infelizes fomos nós seres humanos dotados da memória; ou não, por podermos apesar de tudo sorrir com um passado cheio de amor.

Encontro

É o querer mais, o egoísmo de ter para si, a saudade instantânea, o cheiro do abraço, o calor da pele, a voz do sorriso. Acordar do que não foi um sonho, na verdade não querer acordar, não querer ir embora, não querer que acabe tão rápido. Calam-se as palavras, gritam os olhos. Olhares! Olhares! E novamente o querer mais. Depois querer lembrar cada segundo, e contar os segundos próximos para que se encontrem novamente os braços, o amor. E contar os próximos anos para que se encontrem e não se separem jamais!