Biografia de Manuel Antônio de Almeida

Manuel Antônio de Almeida

Manuel Antônio de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de novembro de 1831. Filho de portugueses ficou órfão de pai aos 10 anos de idade. Estudou desenho na Escola de Belas Artes. Chegou a formar-se em Medicina, embora não tenha exercido a profissão.

Em razão de dificuldades financeiras, passou a viver do jornalismo, como redator e revisor do Correio Mercantil. Foi nesse jornal que começou a publicar em folhetins, de junho de 1852 a julho de 1853 seu único romance, “Memórias de Um Sargento de Milícia”, sob o pseudônimo de “Um brasileiro”. Seu romance rompia com o tipo de narrativa da época, antecipando formas realistas e envolventes da época.

Seu único romance “Memórias de Um Sargento de Milícia” difere muito dos folhetins que faziam tanto sucesso na corte. O herói, rico, educado e inteligente, a heroína, pura e bela, a aristocracia, a ascensão social, a fantasia, não fazem parte da narrativa de Manuel de Almeida. O autor detém-se nas classes populares, traçando um perfil preciso e descontraído do Rio de Janeiro, uma visão direta da sociedade de sua época, no tempo de D. João VI.

Mais tarde, nomeado administrador da Tipografia Nacional, conheceu o ainda aprendiz de tipógrafo Machado de Assis. Depois, ocupou o cargo de segundo-oficial da Secretaria dos Negócios da Fazenda e candidatou-se à Assembleia Provincial do Rio de Janeiro. Em viagem de campanha a Campos, morreu em virtude do naufrágio do vapor Hermes, no dia 28 de novembro de 1861.

Acervo: 14 frases e pensamentos de Manuel Antônio de Almeida.

Frases e Pensamentos de Manuel Antônio de Almeida

Amores velhos nunca se esquecem

É sempre assim que sucede: quereis que nos liguemos estreitamente a uma coisa? Fazei-nos sofrer por ela. Os dois tinham sofrido um pelo outro, e era isso uma forte razão para se amarem cada vez mais.

É sempre assim que se sucede: Quereis que nos liguemos estreitamente a uma coisa?
Fazei-nos sofrer por ela.

O seu coração palpita mais forte e mais apressado, em certas ocasiões, quando se encontra com certa pessoa, com quem, sem saber por que, se sonha umas poucas de noites seguidas, e cujo nome se acode continuadamente a fazer cócegas nos lábios

Não há nada que mais sirva para fazer nascer e firmar a amizade, e mesmo a intimidade, do que seja o riso e as lágrimas: aqueles que se riram, e principalmente aqueles que uma vez choraram juntos, têm muita facilidade em fazerem-se amigos.