Madalena Ferrante Pizzatto

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DIA DO TROVADOR.
Meus irmãos, os trovadores,
de almas que pulsam nos versos,
acalentam suas dores
em seus poemas diversos.
( Madalena Ferrante Pizzatto )

Inserida por MadalenaPizzatto

minha
sombra
solitária…
me
faz
chorar

Inserida por MadalenaPizzatto

A poesia esta entre nós,
imersa nos sentimentos,
na voz de uma dor contida,
nas inquietações da alma
dos sonhos encaixotados
ou na saudade reprimida.
Passo a passo, verso a verso,
surge assim, quase translúcida.
Basta apenas fechar os olhos,
abrir a alma e deixar ela fluir.

GOIÂNIA

Pousa uma brisa no meu pensamento
e traz com o vento doces lembranças
da acolhedora jovem do cerrado.
Ela desperta com o sol da aurora
entre chuvas douradas das acácias,
e com bela alma rubra dos flamboyants
veste - se de aveludados bouganvilles,
e fita o céu com olhar colorido.
Pelos ares voam os bem-te-vis,
beija - flores e frágeis borboletas.
Quando mansamente o sol beija a serra,
veste - se de gala com tule bordado
o altivo céu salpica - se de estrelas
e a lua brinda a noite desta goiana.
Meu destino na distância é saudade.

Inserida por MadalenaPizzatto

“sinto saudade dos sonhos
que um dia sonhei”

Inserida por MadalenaPizzatto

Ao ver meu horizonte
em muitas águas turbulentas,
Minh' alma agita - se ...
Os meus sonhos caminham
numa paralela sem fim
com os sonhos teus.

Para Fernando Pessoa:

Pois...Pois...
Com as suas mil faces,
as tantas faces em uma.
Com a coerência
ou incoerência,
ele foi mutação.
Sem uma alma pequena,
foi pura emoção.
Sonhou os sonhos do mundo.
Foi completamente alma,
Natural igual o levantar do vento.
Comove - me .
" Ler é sonhar pela mão de outrem"

NATAL NA PERIFERIA
( de Madalena Ferrante Pizzatto )


Noite fria, na periferia de Belém,
na manjedoura de uma estrebaria,
Deus se fez humano e foi envolto em panos,
Divino menino nos braços de Maria

Na trajetória da sua humilde história,
apenas um berço de palha lhe foi dado
e por milhares de anjos foi homenageando,
rege o cosmos e nossas vidas cada dia.

Noite fria, em qualquer periferia,
tantas outras Marias vão parir também,
sem casa, sem berço, sem destino certo,
num abismo sombrio de palavras não ditas.

Neste mundo que maltrata e nos aflige,
o Natal traz a esperança perdida,
a paz se renova e a graça nos abriga.

Inserida por MadalenaPizzatto

As Tipiunas -

RUA FERNANDO SIMAS

Ao passar por seus túneis verdes,
os galhos se enroscam,
entrelaçam - se,
tricotam, formam redes
e se abraçam no céu.
Ao cair da tarde entristecida,
os olhares através das persianas,
insistem a esperar por seus sonhos.

Inserida por MadalenaPizzatto

MINHA VELHICE

A minha rabugice revela minha dor.
O espelho desvenda sem amor
as marcas da minha idade,
nas linhas do meu rosto.
O tempo avançou rápido.
One ficou o meu passado?
Deixei minha infância passar.

As mudanças meu corpo,
fez - me limitada, passiva e improdutiva.
Sou cativa do tempo.
As minhas noites são longas
e os meus dias amargos.
Onde ficou meu passado?
Deixei minha adolescência passar.

Tive incontáveis e sofridas perdas,
foram saudades, amores sufocados,
e sonhos dissolvidos pelo tempo.
Hoje, meu olhar é perdido e vazio
e vejo vultos e imagens confusas.
Onde ficou meu passado?
Deixei minha juventude passar.

O cruel peso dos anos,
deixou os meus cabelos brancos,
minhas pálpebras caídas,
minhas mãos trêmulas e enrugadas.
Um corpo magro e sem força.
Onde ficou meu passado?
Deixei minha adultícia passar.

Na minha triste solidão,
a minha amiga e companheira
é uma bengala que me amparara.
Estou sendo dissolvida pelo tempo.
Resta -me poucos anos.
Mas o tempo também irá passa,
nesta minha longa e sofrida vetustez…

Inserida por MadalenaPizzatto

As Flores da Minha Primavera.

ODES A MARGARIDA

Singela e silenciosa,
a pequena margarida
floresce ao lado do muro,
também nas campinas sem fim.
Vive sem os espinhos,
inocente, indefesa e pura.
Sem cisma, espera seu amor,
“o bem me quer ou mal me quer”

Na incerteza de um talvez,
o seu sonho se calou…
Ela reclina suas pétalas,
revela dor - é sua sina! -
Na lida da vida: abre um sorriso.

As flores da minha primavera:

ODES A CAMÉLIA

Com meu queijo no peito
caminho jururu…
No jardim encontro
a Camélia,
lacrada, frágil e solitária.
Cheia de mistérios e segredos.
Feito eu,
estava rubra de chorar…

Inserida por MadalenaPizzatto

As Flores da Minha Primavera.

ODES A EDELWEISS

A flor que surgiu de uma lenda
pequena, frágil, graciosa,
igual a um bordado de renda,
também é rara e preciosa.


Foi da lágrima de uma dor,
nas fendas e pedras nasceu.
A poética branca flor
nas altos alpes floresceu.

Flor de sonho e de poesia,
de pétala alva e aveludada
proclama amor e harmonia


Esplendorosa estrala em flor
Amada, Edelweiss… Edelweiss
supremo talismã do amor.

Inserida por MadalenaPizzatto

CRIANÇA É FÁCIL DE AMAR
( Madalena Ferrante Pizzatto )

Criança é fácil de amar:
displicente … brinca contente
tem sorriso largo e sincero.
renova a esperança da gente.

Criança faz castelos no ar:
os seus braços alcança estrelas,
voa entre nuvens de algodão,
feliz cavalga no arco íris.

Criança gosta de brincar
seja calada ou tagarela
Corre, grita, rola no chão,
chora, faz birra e bate o pé.

Criança sabe bem sonhar:
mesmo sozinha faz a festa,
enche uma casa de alegria
e chora numa noite escura.

Criança é fácil de amar:
tem a pureza de uma flor,
ela deve ser protegida,
tem o direito de estudar
de um abrigo e de um lar!

As Flores da Minha Primavera.

ODES AS ALFAZEMAS

O vento do norte abrandou a fúria,
com alento, uma azulada brisa
ondulou milhares de hastes suas.

De longe, quando menos se espera,
entre o labirinto matizado,
trazem um horizonte perfumado.
Chegam com seus passos sonolentos
em silêncio abrem seus ramos.

Com os olhares "cor de safira",
as suas pétalas flutuam…
deixando seus rastros à mercês
dos poetas e das utopias.

Inserida por MadalenaPizzatto

ODES AS GLICÍNIAS

Algumas poesias são tristonhas
e lembram as frágeis glicínias.
Cabisbaixas… floridas de aflições…
Dia a dia… hora a hora
Vestem - se com seus cachos de pétalas
que parecem lágrimas cristalizadas.
São pencas carregadas de sonhos
de muitos sonhos interrompidos...
( Foi para a solidão nasceram ?)

Inserida por MadalenaPizzatto

As Flores da Minha Primavera.

ODES VIOLETA

Singela e pequena flor,
Debruçada na janela,
silenciosa e ansiosa
Imprecisa… olhar ausente
espera o tempo passar…

Violeta…alma desfeita,
a cada instante
as suas pétalas caem.
Triste, alheia - sem lutar -
Enternecida…ainda sonha.
na esperança e na utopia
de nova germinação…

Inserida por MadalenaPizzatto

As Flores da Minha Primavera.

ODES AS HORTÊNSIAS

A noite vai, o dia vem,
e na nova aurora fria
as flores nascem no quintal.
São hortênsias amontoadas
de cores azuis ou rosas
e tem as brancas também.
Diante deste cenário
de encanto e fragilidade,
eis que amoleço a minh`alma.
( Subjugo - me a natureza)

ARAUCÁRIA
( de Madalena Ferrante Pizzatto)

Solitária à beira da estrada,
conheço a alvorada dourada
e conheço o lilás do crepúsculo.
Conheço também gente insensata,
e a crueldade do ser humano,
que feriu, sangrou e matou a mata.
Com o machado e uma motoserra
deu um fim no verde desta terra.

Enquanto o vento rasga a neblina,
galopa triste pela campina,
uma névoa envolve- me ao léu.
Solitária, em silêncio
e com tristeza, olho para o céu.
No topo, meus galhos recobertos,
com firmeza, atravessam o ar.
E com os meus braços abertos,
peço a Deus pela minha floresta,
que preserve o verde que ainda resta.
Mfp

A saudade escorre
nos olhos aflitos.
Uma severa dor,
rebela -se
A alma divide-se
revela -se
num poema incerto.
Tímidos versos,
oscilam -se
permitem -se,
serem levados,
pela brisa.
( para encontrar o teu olhar)

Inserida por MadalenaPizzatto

A inexprimível saudade
tem eterna conexão
por meio de versos d`alma.
Entre soluços e os ais,
e sem pensar numa rima
pra palavra nostalgia,
talvez, cristalize- se
na voz de uma poesia.

Inserida por MadalenaPizzatto

A FIRMEZA DE ANINHA.
( de Madalena Ferrante Pizzatto )

Aninha ajuntou pedras,
das pedras fez sua escada,
com firmeza subiu alto.
Entre pedras com firmeza
plantou e cultivou rosas.

Com firmeza entre pedras
edificou sua história.
Uma pedra foi seu berço
morou na casa de pedras.
Aninha comeu pedras
com seu marido de pedra
e teve filhos de pedras.
Viveu seus anos de pedra
com pedras no seu caminho.

As pedras duras e rudes,
esmigalharam Aninha
Com firmeza fez seus versos
que brilharam nos poemas.
E com firmeza se fez,
doce Cora Coralina.

* Uma releitura do poema PEDRAS ( de Cora Coralina )

Inserida por MadalenaPizzatto

Em Goiânia, da janela de um UBER:

Apesar deste sol,
a minh` alma “chove”.
Ao dobrar cada esquina, 
vejo vultos… perfis...
( rostos desconhecidos) 

No vácuo da história,

e no abismo do tempo, 

perdi minha essência. 

( eu sou um ser sem ser)

As lembranças antigas 

e meus sonhos perdidos

dilaceram minh `alma.
Entre tantos ais ,
minha saudade encontrou o que quis.

Inserida por MadalenaPizzatto

SONETINHO DE NATAL

Sendo sensível a nossa orfandade,
Cristo se fez Menino, que é Jesus,
vestindo-se de nossa humanidade,
nasce em Belém, nasceu pleno de Luz.

Renunciando à Sua majestade,
a inocente criança nos seduz,
e nos laços de afeto e de amizade
com a Graça, Paz e Amor nos conduz.

Ao badalar os sinos da esperança,
enquanto os anjos cantam harmonia.
a noite toda mágica me alcança!

Surpresa ante o fulgor da estrebaria,
reconhecendo o Rei nesta Criança,
faço deste Natal, minha poesia.

Inserida por MadalenaPizzatto

TROVAS - SAUDADE


Na ausência que me consome,
vivo sem a liberdade,
com um poema sem nome,
eu trovo minha saudade.

No balanço da saudade
a lembrança vai e vem
Embalo a oportunidade
para eu poetar também.

Inserida por MadalenaPizzatto