Lúcio Ernesto Caixeta

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NÃO SEI O QUE SINTO...
Eu amo sem dó de amar
Eu choro sem dor
E graça acho onde ninguém sorri
Corro na multidão como se não houvesse ninguém
Eu me agarro no invisível
Caio num buraco que cavado para cima é
Eu nem sei o que que sinto
quando estou amando você!

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ASTRO REI

Que a luz do astro rei
possa em seus olhos chegar
e causar uma explosão
de sensações maravilhosas,
que possa despertar em você
um desejo grandioso
de viver novas vidas
novos prazeres
novos mundos.
Que quando ele em sua pele tocar
possa trazer um arrepio
de vontade de ir embora,
mas não sem rumo ao contrário,
que ao aquecê-la dê a ânimo
para traçar caminhos de liberdade
de sonhos possíveis de serem realizados.
E quando ele for embora,
iluminar outras terras,
não deixe seu calor ir com ele
e deixar esmorecer a esperança
de dias de bonança.

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Solidão x esperança

Na solidão da noite eu chamo a esperança
para me acompanhar até meu leito
e eu possa repousar em seus braços,
pois só tu ó esperança me consolas,
em você deposito meus pensamentos,
minha energia se renova
quando me encho de sua companhia.
Queria mesmo é não precisar de ti, ó esperança,
o que preciso mesmo é de outro tipo de companhia
a companhia da certeza,
mas tenho convicção de que aprendi
a buscar a força
e ela agora não me abandona
virou minha companheira.
Mas a tal solidão não dá trégua
insiste em me acompanhar
insiste em me fazer triste.
Por isso, ó esperança
durma comigo toda noite
para que a certeza não tarde a chegar
e a força nunca me abandonar.

Inserida por LUCIOCAIXETA

ESCONDE-ESCONDE

Tempos idos,
tempos de pés no chão e bolinha de gude...
Oh saudade de ser criança!
Mas a criança em mim não morreu
só se escondeu dentro de mim.
Quando eu tento acha-la procuro em meu coração
onde guardo lembranças de um menino
levado sapeca e muito curioso.
Agora sendo homem feito não canso de procurar
em mim essa tal criança e sua ingenuidade.
Quando a acho sinto-me feliz
porque foram tempos bons tempos
onde essa criança corria riscos incalculáveis,
mas essa criança vingou e virou homem.
No final brinco de esconde-esconde com essa criança
e finjo que não sei onde ela se esconde!

SEUS ENCANTOS!

Seus cabelos sorriem para mim
Com um brilho sedutor
Seu caminhar inspira em mim desejos famintos
Sua voz suave é como canção de ninar
O olhar que espero ver você tem
O calor que preciso encontro em ti
Sonho em me perder em seus cabelos sedutores
Mate minha fome de você
A mistura mística de seu suor na minha pele
Causa delírios devaneios
Perco o chão me acho em seus braços
O céu a lua o sol o vento as flores
Tudo parece se curvar aos seus encantos.

SAUDADE DE TI

Se a doçura do seu perfume
pudesse viajar superar a distância
colocaria em meus lençois
Em uma toalha enxugaria a água
que escorre em seu corpo
do banho de rosas que lhe daria
Em seus pés daria beijos carinhosos
como um sudito a reverenciar sua belza eterna
No espelho deixaria uma imagem de surpresa
que meus olhos expressam ao ver sua beleza
Nas pedras de uma montanha escrevi com lágrimas
com letras pequenas saudade que sinto...
Apaguei do céu as núvens que rabisquei
tentando seu rosto lembrar
Na areia meus passos foram apagados pela água
que eternezaram seu caminhar leve e forte
como uma onda de prazer
No lugar de minhas pegadas a lembrança que não some de seu ressonar depois de me amar

SERÁ MORTE?

A janela se abriu e o susto se foi
a constatação imediata do previsível se assume
A porta bateu deixando de fora o novo
o verossímil o inevitável momento de alegria
Nas cadeiras somente o balançar lento
da imagem de quem ali se sentou
Os tapetes sumiram embaixo de poeiras
onde não há mais rastos
As mesas de canto de castigo
sem o peso das rosas que perfumavam a saudade.
Nem ela a saudade quis ficar...
deu adeus sem balançar as mãos
balançou a cabeça acenando um não.
A incompreensão virou dono da dor
e se voltou contra a mão que afaga.

Inserida por LUCIOCAIXETA

NA GAVETA

Meu olhar estremece
Meu caminhar enlouquece
Seu jeito me adormece
Seu perfil perfila
Andar ou voar?
Pousar em voo?
Pare, pouse quero te olhar.
Houve gavetas onde te guardaram?
Tiraram o puxador
Ficaste lá sem que abrissem.
Ainda bem que era de vidro transparente
Cansei de observar agora quero tocar.
Quem sabe beijar?!

Inserida por LUCIOCAIXETA