Luc de Clapiers Vauvenargues

26 - 50 do total de 66 pensamentos de Luc de Clapiers Vauvenargues

A natureza concedeu aos grandes homens a faculdade de fazer e aos outros a de julgar.

A probidade, que impede os espíritos medíocres de atingir os seus fins, é mais uma forma, para os astutos, de conseguirem o que querem.

Os abusos inevitáveis são leis da natureza.

A esperança engana mais que a habilidade.

As pessoas vaidosas não podem ser astutas; elas são incapazes de se calar.

Antes de atacar um abuso, deve ver-se se é possível arruinar-lhe os alicerces.

Ninguém está mais sujeito ao erro do que aqueles que só agem depois de haver reflectido.

O desespero é o maior dos nossos erros.

O pretexto normal dos que fazem a infelicidade dos outros é de quererem o bem deles.

Aqueles que desprezam o homem não são grandes homens.

Os grandes pensamentos vêm do coração.

Os preguiçosos têm sempre vontade de fazer alguma coisa.

O maior de todos os projectos é tomar um partido.

Não há ofensa que não perdoamos, depois de nos termos vingado.

A razão engana-nos mais frequentemente que a natureza.

Os grandes homens, ao ensinarem os fracos a raciocinar, colocaram-nos sobre a estrada do erro.

A ambição ardente priva a juventude de prazeres para governar sozinha.

Ninguém se pode gabar de nunca haver sido desprezado.

A fé é a consolação dos miseráveis e o terror dos felizes.

Há injúrias que temos de ignorar para não comprometermos a nossa honra.

Para saber se um pensamento é novo, basta exprimi-lo com muita simplicidade.

Quando os prazeres nos esgotaram, julgamos haver esgotado os prazeres; e então dizemos que nada pode saciar o coração do homem.

A paciência é a arte de esperar.

Fica provado que uma inovação não é necessária quando se torna demasiado difícil implementá-la.

A clareza é a boa-fé dos filósofos.