Leonardo Azevedo

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⁠”O justo mede pela régua moral; o ímpio impõe sua própria medida.”

Inserida por drleonardoazevedo

⁠”Enquanto o justo se guia por princípios, o ímpio os adapta à própria conveniência.”

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⁠”O justo é servo da moral; o ímpio, senhor da própria distorção.”

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⁠“A gula só é pecado para os que se fartam sem fome. Aos miseráveis famintos, comer com voracidade é instinto de sobrevivência.”

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⁠“Quem dera se toda sede fosse aplacada com água. Aos sedentos por poder, vingança e ódio, o único cálice capaz de saciá-los é o de sangue.”

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⁠“O frio que nos atinge no inverno pode ser contido pelo fogo. Já o inverno, quando atinge a alma, obscurece-a em um estado de inércia: o zero absoluto.”

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⁠“Há um frio que o fogo aquece. E há outro, mais cruel, que congela por dentro, o inverno da alma.”

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⁠“Alguns se bastam em servir. Outros não se contentam apenas em mandar. Assim surge a tirania e a escravidão.”

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⁠“Servir é escolha dos fortes. Oprimir é refúgio dos fracos travestidos de poder.”

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⁠“A casa modesta que acolhe com carinho tem mais valor do que o castelo adornado que abriga com desdém.”

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⁠“É fácil confundir luxo com valor. Mas quem acolhe com carinho é quem realmente enriquece o espaço.”

Inserida por drleonardoazevedo

⁠“O respirar nos enche os pulmões de ar e oxigena o sangue para que possamos persistir. Às vezes, é lento e cadenciado, em tom de meditação. Em outras, é eufórico e acelerado, no ritmo angustiante da ansiedade. Mas o último suspiro, esse sim, é o mais sôfrego e significativo de todos, pois denuncia o entregar da nossa morada física.”

Inserida por drleonardoazevedo

⁠“Cada respiração é um poema da vida. O último verso, no entanto, é sempre o mais denso e o mais triste.”

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⁠“Pessoas de má índole são propensas a atos de crueldade. Sem remorso ou empatia, só reconhecem a vantagem ou o prazer.”

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⁠“Corações áridos não sentem compaixão. Sentem poder quando ferem.”

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⁠“Confrontar-se é o mais ousado dos atos. Traz à luz antigas dores, revela verdades ocultas e pavimenta o caminho da redenção interior.”

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⁠“A introspecção é mergulho. E no fundo de nós, o que encontramos são dores que pedem redenção e esperam por cura.”

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⁠“Só os tolos acreditam possuir a verdade por inteira; os sábios colecionam fragmentos.”

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“⁠A verdade é polifônica: cada fragmento é um eco do todo que nunca se revela por completo.”

Inserida por drleonardoazevedo

“⁠A verdade é menos um absoluto e mais um mosaico: cada fragmento revela um traço do ser.”

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⁠O que é a verdade?
Uma reflexão filosófica, ideológica, psicológica, antropológica e histórica
Por Leonardo Azevedo
Desde os primórdios do pensamento humano, a verdade tem sido uma das questões mais controversas e fundamentais. Não há um único conceito que a defina, mas múltiplas formas de compreendê-la, que variam segundo a filosofia, a psicologia, a cultura e a história.
Na filosofia clássica, Platão compreendia a verdade como correspondência ao mundo das ideias: eterno, imutável e inteligível, em contraste com o mundo sensível, transitório e ilusório. Aristóteles, por sua vez, estabeleceu a definição tradicional da verdade como adequação entre linguagem e realidade; ou seja, dizer do que é que é, e do que não é que não é.
Com o advento da modernidade, Descartes passou a buscar a verdade como certeza indubitável, fundada na razão e na dúvida metódica. Kant advertiu que a verdade está condicionada pelas estruturas cognitivas do sujeito, sendo o mundo tal como ele é em si (o “númeno”) inacessível em sua forma pura.
No século XIX, Nietzsche rompeu com tais concepções e propôs que a verdade é uma construção simbólica: uma ilusão da qual esquecemos que é ilusão. No século XX, Heidegger aprofundou esse entendimento ao definir a verdade como desvelamento do ser (aletheia), um processo ontológico mais profundo do que a mera lógica formal. Foucault afirmou que a verdade é produzida historicamente por meio dos discursos, sempre vinculada a relações de poder.
Ideologicamente, a verdade é frequentemente instrumentalizada. Para o marxismo, por exemplo, a verdade dominante em uma sociedade reflete os interesses da classe dominante. As ideologias moldam o que se aceita como verdadeiro, muitas vezes mascarando estruturas de opressão sob a forma de dogmas ou consensos aparentemente neutros.
No campo psicológico, a verdade não é, necessariamente, objetiva. Freud concebia o inconsciente como repositório de verdades recalcadas, reveladas de forma indireta nos sintomas, nos lapsos e nos sonhos. Jung compreendia a verdade como algo simbólico, profundamente enraizado no inconsciente coletivo. A psicologia cognitiva contemporânea demonstra que nossa percepção da verdade pode ser distorcida por crenças preexistentes, emoções, memórias falhas e múltiplos vieses cognitivos.
Antropologicamente, a verdade é relativa às culturas. Aquilo que é tido como verdadeiro por um povo pode ser incompreensível ou inaceitável para outro. Mitos, rituais e narrativas expressam verdades simbólicas que transcendem a lógica formal, mas que são fundamentais para sustentar o sentido de pertencimento e coesão social.
Historicamente, a verdade já foi considerada revelada (na Idade Média), racional (no Iluminismo), empírica (na era científica) e, na contemporaneidade, é cada vez mais percebida como fragmentada e disputada. Vivemos em uma era marcada pela chamada “pós-verdade”, na qual emoções e crenças pessoais frequentemente se sobrepõem aos fatos objetivos. As redes sociais, impulsionadas por algoritmos que reforçam convicções individuais, criam bolhas cognitivas onde múltiplas verdades coexistem, mas raramente se confrontam de forma produtiva.
A verdade, portanto, é multifacetada. Pode ser buscada como ideal, manipulada como instrumento de poder, sentida como experiência interior, vivida como expressão cultural e ressignificada conforme o tempo e o contexto. Questioná-la não representa um gesto de niilismo, mas sim uma abertura radical à complexidade da condição humana.

Texto autoral de Leonardo Azevedo.
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⁠“O ‘não’ é tomado como ofensa pelo agressor que tenta lhe impor uma tarefa à qual você não se sente obrigado a atender.”

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⁠“A recusa é ofensiva apenas para quem confunde imposição com direito.”

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⁠“O autoritário interpreta qualquer negativa como afronta pessoal.

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⁠“O ‘não’ desmascara os que confundem pedido com ordem.”

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