João Alfredo Tchipilica

Confio nas palavras divinas. Mas não me peça para ouvir as explicações dos homens incrédulos.

Tenho mais pena de mim mesmo, quanto a de uma ave.

Não confunda o fulgor de uma bela paixão, com os holofotes de uma ingênua escravidão. Porquenunca chegarão a ter o mesmo brilho.

Só feliz no mundo imaginário, porque lá não necessito de chorar para aprender a sorrir.

Só se perde a história, quando não há ninguém que queira ouvi-la.

Porquê que vivo me desviando? Questionou-me alguém. Respondi-o filosofando: "Os pés não sabem por onde pisam, então cabe a nossa consciência e aos nossos olhos endireitâ-los."

Se hoje não sou pintor, é porque não tenho dom de plagiar a formosura da natureza. Apenas prefiro admirâ-la.

Tenho medo, não dos sorrisos inacabados. Mas sim,das torturas perenal da vida.

Se me conhecesses, saberias porque sorrio.

Só tenho medo do teu silêncio, porque dele oiço milhares de palavras.

Silenciei-me, não por falta de palavra. Mas sim, por não ter palavra que fale mais que o meu misterioso silêncio.