Jamis Gomes Jr.

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⁠Criticado, xingado, ridicularizado. Caio Bonfim quebrou preconceitos e marcas. Um passo de cada vez, assim foi Bonfim. Essa medalha foi de prata, mas tem valor de ouro para as futuras gerações. Daiane dos Santos e tantas outras não conquistaram uma medalha olímpica, mas certamente pavimentaram o caminho para que as guerreiras brasileiras conquistassem uma medalha olímpica histórica por equipes. Daiane faz parte dessa história, assim como Caio, cuja mãe, Gianetti Bonfim, obteve índice olímpico em 1996, mas não teve o prazer de participar do grande evento. Hoje, Gianetti vê seu filho no Olimpo. Isso reforça que, por trás de um grande resultado, há a importância de grandes homens e mulheres, como os pais de Caio.

Foram horas de treinos, anos de dores, risos, choros e também alegrias. Passo a passo, uma verdadeira marcha atlética rumo ao posto dos eternos, dos campeões da vida. A dedicação de Caio e Daiane ao esporte e a luta por algo maior do que eles hoje colhem frutos, cada um à sua maneira. O coração entregue em cada sessão de fisioterapia, as abdicações alimentares, de lazer, familiares e tudo mais que um atleta necessita para atuar em alta performance hoje dão luz a um novo momento do esporte olímpico brasileiro. A família de Caio, trabalhando em conjunto pelo sucesso do filho, prova que ninguém vence sozinho, mesmo quando algumas modalidades, como a marcha atlética, possam parecer totalmente individuais.

Em qualquer legado, cada um tem seu papel. Daiane e Gianetti tiveram os delas, assim como Caio Bonfim tem o seu hoje. As potências nos esportes olímpicos não chegaram ao topo da noite para o dia. É necessário fomentar e valorizar os atletas, além de massificar e captar a base, para que nomes como Caio e Júlia Soares tenham mais recursos e possibilidades de competir em igualdade com todo o mundo. Essa medalha de prata é de Caio, mas representa e abre portas para muita gente. De fato, o melhor do Brasil é o brasileiro, que muitas vezes luta contra adversidades, desigualdades tecnológicas e outras em provas olímpicas e na vida. O brasileiro não é vira-lata; o brasileiro tem raça, a de guerreiros. Paris 2024 apenas reforça que o brasileiro precisa continuar trabalhando na base, passo a passo, assim como na marcha atlética. Abaixando cada vez mais o tempo, tirando a diferença, o bronze e a prata se transformarão em ouro, e o futuro será tão grande quanto o coração desses brasileiros.

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⁠A estrada com Deus

Confesso que já tive medo. Medo de várias coisas, desde situações que justificam essa emoção até mesmo filmes de terror. Nas últimas semanas, essa palavra tem martelado em minha mente. Entendi que o medo é uma parte natural da vida, mas tudo precisa estar em equilíbrio. O medo faz parte do ser humano, mas, em excesso, pode se tornar um obstáculo.

Li e ouvi em entrevistas que o medo pode ser visto como falta de confiança em Deus e ausência de fé. Impressionante, não é? Vamos ser francos: não importa o que venha a acontecer, o medo estará sempre presente. Mas o ponto que tem martelado em minha mente não é eliminar o medo, e sim aprender a confiar!

Acham mesmo que Abrão (mais tarde Abraão), pai da fé, não teve medo ao ser desafiado a sacrificar seu próprio filho? Qual foi o diferencial? Ele teve fé! A fé, a confiança em Deus e a intimidade que cultivou com o Senhor lhe deram a força para colocar a fé acima do medo. É importante notar que o medo em excesso pode bloquear a fé! É essencial destacar que temer a Deus é diferente de ter medo de Deus. Temer a Deus significa respeitar Sua soberania e obedecer prontamente.

O medo, por si só, não contribui e, se o faz, é de forma limitada. Não espero que todos compreendam isso, pois frequentemente somos chamados de loucos e cristãos são rotulados como fanáticos. Para aqueles que compreendem, buscam entender ou que estão de passagem e desejaram ler até o fim, compartilho um exercício que me veio pela manhã, perto do café e ainda sonolento.

Imagine que caminhar em busca de Deus é como dirigir por uma estrada. A estrada tem placas sinalizadoras que indicam os caminhos e opções que podemos tomar. Portanto, precisamos estar atentos a essas placas e vigilantes a cada quilômetro percorrido. A estrada não vai te dar todo o percurso em uma única placa. É etapa a etapa. Deus é assim. Ele revela as coisas aos poucos. Um passo de fé, assim como fez Abraão.

Deus nos instrui a buscá-Lo em primeiro lugar e as outras coisas serão acrescentadas. Ele deseja que cuidemos das coisas essenciais, e o medo muitas vezes nos priva disso. O medo pode nos impedir de enxergar as belezas ao nosso redor.

A ânsia de querer chegar ao destino, sem se preocupar devidamente com a velocidade e com a direção certa, pode nos levar a sofrer algum tipo de acidente nessa estrada. A caminhada com Deus não é necessariamente uma via expressa, por mais que não dure muito mais do que 80-100 anos essa viagem.

Preocupar-se com a velocidade do veículo ao lado é vaidade, é o mesmo que correr atrás do vento. Se acelerarmos demais e estivermos atentos, o Senhor também nos alerta através de Seu radar.

O ponto é: é possível planejar chegar a um destino, é permitido acelerar em alguns momentos, mas olhar ao redor, apreciar as paisagens, curtir a companhia de quem está nessa viagem, estar atento às instruções das placas e enfrentar as dificuldades fazem parte dessa jornada com Deus.

E quão boa ela pode ser! Temos o volante e muitas vezes depende de nós para onde o carro vai. Não é garantido que tudo sairá como planejado, mas aproveitar cada minuto da viagem, dos momentos mais belos aos mais difíceis, é importante. É claro que o destino importa para o cristão; muitos anseiam por isso, mas curtir a viagem faz parte. Portanto, viajemos obedientes às placas e diligentes até o fim da estrada.

Inserida por JamisGomesJr

⁠A vida como um café

Ao ler o livro A Pirâmide da Sabedoria: Alimentando sua Alma em Meio à Pós-Verdade, me dei conta de como a vida pode nos ensinar por meio das pequenas coisas. Tome o simples ato de fazer café, por exemplo.

"Quando tomo café (que coisa de Deus!), não posso deixar de louvar a Ele por criar criaturas à sua imagem, com a capacidade de sonhar com uma bebida tão magistral por meio do bizarro processo de torrar grãos, moê-los e filtrar água quente através deles. Que maravilha!" (p. 165).

Inspirado por essa passagem, fui pesquisar mais sobre o processo de se fazer café. Se, como eu, você é leigo nesse assunto, saiba que há um cuidado minucioso envolvido até o café chegar às nossas casas. Tudo começa com a escolha criteriosa das sementes, que são cultivadas em viveiros até estarem prontas para o plantio. A partir daí, há todo um processo: irrigação, adubação, controle de pragas, até chegar à colheita. Depois disso, os grãos são classificados, torrados e moídos para que possamos desfrutar de uma simples xícara.

Essa jornada do grão até o café pronto é, na verdade, uma metáfora para a vida. Nada de valor se torna bom sem passar por um processo – e esse processo, muitas vezes, pode ser doloroso. Assim como o grão de café precisa ser quebrado e torrado para revelar seu sabor, nós também passamos por momentos difíceis que nos moldam e nos preparam para algo maior.

Essa reflexão me lembrou de um ensinamento bíblico que sempre me impactou. A Bíblia, em sua sabedoria, nos incentiva a aprender com o que nos rodeia. Um exemplo que sempre gosto de citar são as formigas, mencionadas em Provérbios 6:6-9: "Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio." Observando a diligência das formigas ou o zelo com que cada etapa do processo do café é conduzida, percebemos que o sucesso, a maturidade e a realização são resultados de disciplina e paciência.

Essa jornada de aprendizado tem me tornado mais humilde. A Bíblia tem me ensinado a observar mais, a escutar com atenção, seja o que as pessoas, os animais ou mesmo o mundo ao nosso redor têm a nos dizer. E o mais fascinante é que esse aprendizado nem sempre vem de outros humanos. Ao prestar atenção aos detalhes da criação, percebemos o quanto podemos aprender com as pequenas coisas – mesmo algo tão simples quanto uma xícara de café.

Assim como cada grão passa pelo fogo para revelar seu verdadeiro sabor, somos moldados pelas experiências que enfrentamos. E quando aprendemos a apreciar esse processo, mesmo nos momentos difíceis, a vida se torna mais leve, mais rica.

Depois de toda essa reflexão, só me resta celebrar. Que tal um café para brindar as maravilhas de Deus?

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⁠Isso não é sobre um jogo

Tem dia que é difícil. Em outros parece que é mais tranquilo... Às vezes a vida parece um jogo de futebol. Por vezes enfrentamos aquele adversário mais tranquilo de lidar, mas em outros dias é uma luta para terminar a partida de pé. Não sei se ainda está na moda, mas diziam muito que o dia ter sido “tão duro quanto o 7x1”... e aí, “lá vêm eles de novo”, enfim, depois que começa é difícil parar. “Haja coração!” Tá bom, parei!

Mas realmente pensando em como é a vida, ela pode ser como um jogo de futebol. Cada dia uma partida diferente. E pensando no meu caso, sendo cristão... Um beemmm meia boca, mas sim, crente de que há um único Salvador e o nome dEle é Jesus Cristo, O Nazareno… A vida de um cristão é como se, em todo jogo, fôssemos o time visitante nas partidas de cada dia — sempre encarando torcida contra, ambiente hostil, enfim, aquele famoso caldeirão nos estádios.

João 15:18-19 fala que não somos daqui. E assim como no futebol, a vida também tem um fim. Cremos nisso como cristãos. A partida de futebol passará e a vida neste plano também se findará. É difícil lembrar disso sempre, mas é na oração e foco nos propósitos dEle que permanecemos de pé ao final da partida. E como viver esse “Rumo ao Estrelato”¹ da forma que agrade o juiz? Bom, para agradar o juiz dos jogos é só jogar no modo Fair Play² que tá safe. Agora, o grande juiz, o juizão, o 01 da parada³... a gente tem bons exercícios como em Romanos 12:2 e uns conjugados como em Filipenses 3:20, onde fala sobre esperar em Cristo, nosso Salvador.

O negócio é que não é só para esperar também. Estamos aqui com propósitos⁴ a serem colocados em prática e um dos mais fortes na minha humilde opinião é sobre o Fair Play, digo, sobre amar os inimigos⁵. Nosso juiz é perfeito e esse é um dos treinos mais interessantes para mim. Pode exigir muito de nós, mas como um bom pós-academia, não só “tá pago”, como vem aquela paz de estar no caminho certo.

Enfim, voltemos ao jogo, não sabemos quanto tempo o juiz dará de acréscimo, mas, enquanto o apito final não soar, não podemos parar!
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Rodapé:

¹ Saudades de um PES no Play 2.

² Significa Jogo Limpo em português e muito usado na linguagem do futebol.
³ Às vezes me pergunto: será que Deus se incomoda com esse tipo de brincadeira? Fico refletindo se não falta um pouco de reverência, temor, enfim.
⁴ Miquéias 6:8, Colossenses 3:23-24, Mateus 5:14-16, Mateus 28:19-20, João 13:34-35, Tiago 1:27 e 1 Pedro 2:12. Todas na versão NVI. E claro, tem muitas outras referências sobre propósitos, esses são só alguns exemplos.
⁵ Mateus 5:43-48 (NVI).