J-E-F

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Há dias em que o peito aperta,
e o mundo parece pesado demais.
Mas existe alguém que, só de estar ali,
faz o fardo se tornar leve,
como se dissesse sem palavras:
“Você não precisa carregar tudo sozinho.”


É bonito ver como a vida coloca
certas pessoas no caminho.
Pessoas que te lembram
que sentir não é fraqueza,
que ser você é suficiente,
que chorar também é um jeito de respirar.


Amizade assim é como raiz
segura firme,
mesmo nas tempestades.
É promessa silenciosa
de que, mesmo quando o chão tremer,
vai haver alguém para segurar você
até tudo voltar ao lugar.


E é por isso que, em meio ao caos,
eu respiro fundo,
e agradeço.
Porque ter alguém assim
é um dos maiores presentes da vida.

Era só uma voz
ecoando na minha mente,
dizendo mil coisas
que eu não queria ouvir.


Quando olhei,
a figura não tinha rosto,
nem boca,
apenas o silêncio rindo de mim.


Que sonho estranho,
que pesadelo besta.


E antes que eu despertasse,
alguém sussurrou:


“Vai mesmo ferir
quem sempre esteve por você?
Vai despedaçar sua própria alma
só por medo do que virá?


Deixe-se viver,
deixe-se sentir,
pare de temer
o pior que possa existir.”

Ao Ver o Sangue Escorrendo


Ao ver o sangue escorrendo,
Sinto o mundo se calando,
meus pulsos gritam,
mas o peito silencia.


No rubro que cai,
revivo fantasmas que esqueci,
feridas que não estão na pele,
mas queimam mais que lâminas.


Cada gota carrega memórias,
não das dores que me dei,
mas das dores que me deram,
das escolhas que não voltei.


Ao ver o sangue escorrendo,
sinto-me inteiro por um instante,
como se o caos se desfizesse
e eu pudesse respirar sem medo.


É ali que me despeço
do peso que me mantinha no chão,
e deixo ir, com o vermelho,
o silêncio que guardava na mão.

Vida sem Cor
Uma vida que já não faz sentido,
flutuando nas nuvens,
fora do relógio,
fora do tempo.


Sem nada,
sem cor,
sem lugar.


Uma vida que já deveria ter sumido,
mas eu a prolongo,
para chorar mais,
para sofrer mais.


A vida é complicada,
sem chão,
sem rumo,
sem dó de me ferir,
sem piedade de me quebrar.


Às vezes algo me faz sorrir,
me faz querer ficar,
mas ainda assim dói,
dói muito viver
tão miseravelmente.

Ser o problema, o tropeço, o peso,

um fardo que arrasta até quem amo,

um erro que insiste em nascer de novo,

mesmo quando só quero ser abrigo.



Carrego no peito a culpa que arde,

eco de falhas que não consigo calar,

me vejo espelho de feridas antigas,

quando só queria aprender a acertar.



E dói dói como lâmina escondida,

como cicatriz que nunca fecha,

machuca ser a sombra na vida

de quem eu queria ser luz e festa.



Mas talvez, nesse quebrar constante,

haja um pedido que o coração esquece:

não é no perfeito que mora o amor,

mas no querer, apesar do erro, ser melhor.