IVAN HAUPTMAN
“Deus não é como os homens o inventaram e nem também são as palavras e ações que o fizeram falar e agir”.
Evolução 
Não sou mais o espírito errante 
que vagueia pelo vale das sombras 
Pedindo piedade aos que riem do meu julgo. 
Não sou a luz no final do túnel 
que reflete a esperança dos que sofrem e a busca dos incompreendidos e injustiçados pela razão. 
Sou apenas um espírito comum 
Que já passou várias vezes por este planeta escola 
Experimentando a pobreza, humilhação e dor que neste mundo assola 
Em busca da verdadeira luz da evolução. 
Autor:Ivan Hauptman (23/02/1998)
Tu és a doença ruim 
Que se vai com um adeus 
Mas sempre retorna 
Fazendo-me profundas marcas em minha alma 
É a tristeza da saudades tua 
Que sempre vai e volta 
E nunca as deixa cicatrizar 
És a serpente 
Que me envolve e me devora 
Que me seduz com a sua voz macia em baixo tom 
Que me rasga com seu desejos 
Deixando a marca vermelha do teu batom 
Tu és meu vício 
A maldade sem nome 
Que desprezo e também venero 
Em forma de uma pequena e delicada flôr
A estrela 
Cerra-se as cortinas do palco 
A estrela que então brilhava 
Sente o fim do seu ultimo ato 
Com os aplausos que já não ecoam mais 
Vultos e sombras circulam pelos camarins 
Como recordações de uma vida inteira 
Risos, lágrimas e emoções 
Formam quadros de uma cena 
que se voltam ao silêncio do choro comovido 
Da pequena platéia que a espreita 
As luzes então apagam-se lentamente 
A escuridão toma conta do cenário 
A solidão e um vazio invade minha alma 
É o fim do seu ultimo ato
Meu vício 
Eu fumo... 
Para esquecer o passado 
O presente...deixar de lado 
E sonhar comum futuro melhor 
Eu fumo... 
Para afastar a solidão 
Encontrar minha lama gêmea em algum lugar do mundo 
E com ela esquecer o passado triste 
Viver o presente lado a lado 
E envelhecemos juntos no futuro.
Quem é você 
Quem é você 
Que invade minha vida adentro 
Como um vento forte... que a porta bate 
Dissipando todos os meus pensamentos 
Quem é você 
Que rouba até os meu sonhos 
Então acordo assustado... sentindo ainda teu perfume 
Como estivesse sempre ao meu lado 
Quem é você 
Loucura ou paixão 
Porque de você, nem sempre um sorriso... um olhar 
Sempre e só recebi de ti... um eterno não
Descrença 
Meu tempo acabou 
Velejo minha vida amargurado 
Como a vela da jangada contra o sopro do mar 
Este mundo me ensinou a indiferença 
Da falta de amor entre as pessoas 
Foi tudo contra minha crença 
Tendo a bandeira do amor a empunhar 
Cansei do ódio e da inveja 
Que corrói a alma eterna 
Invade e adoece a matéria 
Tendo a tristeza a lhes acompanhar 
Conheci a verdade 
Encoberto pelo céu da ignorância 
Dando riquezas aos sem esperanças 
Que um dia suas próprias consciências hão de julgar
O observador 
Sopra a brisa quente do mar 
Deslizas sem rumo sobre a areia encrespada pelo vento 
Como se delicias daquele solitário caminhar!!! 
Brincando com tuas pegadas deixadas para traz no tempo 
E sobre as ondas flutua seu olhar buscando a imensidão 
Talvez procurando alguma resposta para o seu coração 
Espreguiças lentamente elevando as mãos 
Quem sabe agradecendo aos céus o apelo em questão 
E assim continuas a caminhar pela areia 
Porque sabes que a liberdade que agora semeias 
Tem o preço da amarga solidão
Dor 
Sinto a dor pela incerteza de ser amado 
Sinto a dor pela certeza do final da vida 
De toda minha vida solitária e vazia 
Causada pela ausência dos carinhos teus 
Sinto a dor pela falta dos beijos da tua doce boca 
Sinto a dor pelo silencio sem a melodia de tua voz 
Sinto a dor pela saudade do murmúrio do mar à noite 
Sem o sopro de tuas palavras de amor em minha face 
Vindas ao encontro dos lábios teus.
Anjos da noite 
Desde a mais antiga história 
Chegam os anjos da noite 
Vestidas de vermelho e preto 
Tendo a vaidade como a glória 
Deslumbrantes e maquiadas 
Para enganar a tristeza estampada na face 
Máscara embutida para aliviar o passado 
Trazendo juntos aos pertences na bolsa a sua vida 
Resumida em um simples retrato 
Desfilam pelas ruas escuras e avenidas 
Ofuscando a vista dos incautos 
Trocando o corpo por dinheiro 
Nem sentem mais prazer... apenas um vazio depois do triste ato 
Debaixo de toda a vaidade 
Um corpo frágil e cansado 
Na alma com pontos negros manchados 
Cada um indicando um aborto... um ser que foi desprezado.
Prefiro ser a minoria, mas com a certeza sobre uma verdade, do que a maioria com todas as incertezas.
Não adianta acreditar e formar uma opinião com base apenas em um livro, em um amigo ou que ouviu alguém dizer, pois assim nunca conheceras a verdade.
"A minha verdade em que eu acredito, pode não ser a mesma que a sua". Ou seja, cada um tem a sua verdade em que acredita.
 
 
 
 
 
 
 
