Isabel Morais Ribeiro Fonseca

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CAMINHO "


Caminhei descalça na areia molhada
Da nossa praia deserta
Andei perdida por estradas e caminhos
Por pedras, fragas entre as árvores
Procurei nos muros desfeitos o teu olhar
Ergui os meus olhos para o céu e estendi os braços
Despi-me de todos os meus medos...
Para não envelhecer tão depressa
Nascemos para não ser da mesma cor ou pintura
Notas da mesma música
Palavras do mesmo verso ou águas do mesmo rio.
Fui testemunha dos teus risos
Enxuguei as tuas lágrimas com beijos
Participei e chorei as tuas frustrações
O nosso amor é recheado de paixão
Nos fez querer sempre mais
A minha fonte é extravasar a vida
Toda a beleza, todo o encaixe, é para o meus poemas
Os meus sentidos são óbvios que jamais direi
Tenho de apressar-me, em escrever os meus pensamentos
Escrevo apenas nas folhas de papel
Que vão cair amarrotadas no cesto dos papeis
Meu amor, quando me perco.....
Tu encontras-me e eu encontro-te!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

" SONHO "

O teu corpo era a praia de areia molhada
As ondas apagavam todos os desejos
E arrefeciam o molhado corpo
Arrastando para o mar...

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

REINVENTO-ME NO LIVRO DA VIDA


Reinvento-me no livro da vida em cada palavra
Que escrevo, que leio, com amor, com dor
Devagarinho, escrevo minha vida em cada palavra solta
Escrita, dita em voz alta ao vento no tempo
Quero acreditar que ainda posso voar...
na tempestade forte da vida
Eu sei que quase tudo que escrevo é para ti...
Meu amor,meu amigo.
Julgamos que a vida nos pertence que já é um dado
Mais que adquirido.
Mas a vida não nos pertence e tem os seus dias cinzentos
Quando não são escuros. O meu sol, és e sempre foste tu…
O único que iluminas a minha vida...
Na escuridão das noites frias.
Às vezes reclamas a minha falta de atenção para contigo,
Afinal sempre gostaste do que eu escrevo.
Uma depressão tirou-me a luz e fez a minha vida
Naufragar no mais fundo deste mar de angústia...
Que não me deixa chegar ao porto para ancorar este barco que é o meu corpo doente, encalhado em alto mar...
a minha vida tomou um rumo triste, cinzento, negro.
As cores foram-se desaparecendo nos dias em que a dor muitas vezes não me larga.
Sofro muitos revês, muitas noites de insônias...
Muitas manhãs em que a única...
Vontade é voltar a fechar os olhos e esquecer que existo.
São dias muito complicados....
com muitas lágrimas....
muitas desilusões
Muitas dores....
Emocionais que quase me fazem desistir de tudo...
Mas tu estás sempre presente,
acreditas que o amanhã me trará uma aurora mais bonita… Talvez mais serena com um pouco de paz.
Sempre acreditas na minha força em recuperar...
e em ter de volta a minha vida...
Não deixas-me desistir de lutar, obrigas-me a dar
Mais um passo em frente.
Confesso...
que este ano tem sido doloroso estou tão cansada
De toda esta minha tormenta...
Quero recomeçar ou melhor recuperar minha vida ……
E deixar para trás todos estes meses de dor!!!
obrigado meu amor.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

APARO O MEU


Aparo o meu pensamento constante
Sopro com o meu desassossego a entrar

A viver a minha música, chorar o meu filme
Tu és o meu desassossego, a minha aventura

O homem que faz-me vibrar sem pensar
Inebria-me os sentidos, revoltos, soltos

Relembrando sem cobrar as tuas dúvidas
Onde a caravana passa sem ninguém ladrar

Dobrar a dor sem pôr-se a berrar, a pairar
Forra-se a alma do corpo, livra-se da sujidade

Adoram tudo menos a quem deviam adorar Deus
Honra a palavra forte que se foge a sete pés!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

EMBORA BANHADA



Embora banhada se encontre a minha alma
Carrego em mim……
Um segredo fechado a sete chaves
És a sombra que não deixo ir…………
A lua que espero para dormir
Na corrida do dia, na calmaria da noite…
Venço sempre a tempestade
Pernoitando em ti………….
Rendendo-me e adormecendo em mim, em ti
Acreditei no teu amor………
Colhi as tuas dores, banindo os teus temores
Embora banhada e perdida se encontre esta minha alma
Coloquei-te no meu peito…….
Refeito de emoções, cheias de silêncios.
Rosa desfeita em sílabas de dor………
Amor sufocado de palavras nas noites solitárias!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

AMO-TE


Amo-te nos poemas que escrevo
Nas horas
Nos minutos que não te vejo
E quando tu não estás ao meu lado
Nas palavras que não consigo dizer-te
Nem escrever
Dos silêncios da nossa madrugada
Noites de insônia quando estou acordada
Amo-te meu amor
E escrevo-te nos meus poemas
Mais sentidos!

"SOMOS"


Somos existência sem tempo nem referência
Somos música feita de lágrimas de um tempo
Somos um coração de pedras que voa sem asas
Somos poemas soltos amargos de água salgada
Somos uma seta de um arco preso no peito ferido
Somos feitos de tudo e de nada, existência sem tempo
Somos referencia matéria de densidade e amplitude.
Somos feitos do reconhecível e do intraduzível
Somos feitos de expectativas e de desilusões
Somos feitos de surpresas, nunca somos um só
Somos um no meio de muitos e muitos em cada um
Somos um mundo de palavras que tentamos descobrir
Somos anjos cadentes, demônios decadentes
Somos humanos mesmo quando desumanos!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

"UM SÓ"


Quero perder-me em ti
Envolver-me na tua quimera
Somos uma só carne, uma só alma, um só corpo
Rompeste em mim todos os medos, onde eu residi
Habitaste no meu peito; no tempo certo
Enlaço-me nos teus braços; sem negar que te amo
Aprendi a sonhar
Depois em ti na conjugação de nós
Devolveste-me a vida
Que as mágoas me prendiam ao chão
Saborear o teu aroma, é perder-me no teu sabor
Sentir-te junto de mim, como se fôssemos um só
Quero-te muito meu amor
Como o perfume das acácias
Derreter-me no calor do teu corpo
As nossas mãos dadas com os dedos entrelaçados
Que nos tornam num só
Um só coração, uma só alma, um só corpo!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

Escrever um poema...
é como gerar um filho e ser parido com amor.!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

Escrever...
....Simplesmente escrever
Este prazer de escrever
.....Um prazer tão elevado
Não para editar
......ou para o exibir
Apenas só pelo simples prazer de escrever.!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

" INVERNO "

Ouve, ouve o silêncio do inverno meu amor
Nas folhas molhadas da chuva já mortas no chão
Que escorregam pelas minhas mãos vazias
Onde tu deixaste tatuado o teu nome na minha pele
Palavras escritas no tempo, que ecoam no nosso momento
Abraços silenciosos que deixamos no caminho em pedaços
Meu amor rasga o meu corpo, neste inevitável passar do tempo
Enche as páginas vazias do meu livro em poemas solarentos
Quero escrever envolta em ti para ti, num sonho refeito e feito
Num encontro perfeito de corpo e alma, eu em ti, tu em mim.!!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

Amo os meus filhos
Gosto das cicatrizes do meu ventre
Da grandeza do meu útero que concebeu vidas de amor.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

VIVER


Oh morte, não venhas ter comigo...
Nunca ninguém me falou de ti
Nunca ninguém me disse quem tu eras
Nunca ninguém me falou de que virias.
Se virias no outono...no inverno...
Na primavera...ou talvez no verão
Por isso, oh morte, não passes ao meu lado
Que eu ainda tenho muito, muito para viver!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

VISITEI A MINHA ALMA


Mãos que escrevem ciberneticamente,
Instrumentos de mau hálito da morte
Grades de ferro tapam a alma
Fiz uma verdadeira revolução
Quando visitei a minha alma
Tinha-se afundado no egoísmo
O véu descortinou-se na miséria
Instalando-se na servidão da incoerência
Enraizados no corpo, na mente
Penitências às quais fique submetido
Nos porões da inconsciência
Submundo da própria ignorância
Somente através do auto perdão
Obtêm-se a luz do deslumbramento
Ouvem-se passos vazios na escuridão
Anjos perdidos, esquecidos na penumbra
Vivem nas sombras do mundo obscuro
Toque das mãos frias, abraços de gelo
Alma assombrada que jaz de recordações
Caminho de uma paixão ou de entrega.
Donde fiz uma verdadeira revolução
Quando, quando visitei a minha alma!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

"VIDA"

Na vida, muitas vezes vivemos dificuldades e infortúnios
Sofremos, desesperamos, lamentamos e choramos
A vida é complexa, é como um imenso labirinto de fragas
Constantemente caminhamos por caminhos de cenários brutescos
E ininterruptamente nos deparamos em situações...
Que nos transformam
Que modificam a nossa própria natureza
Do nosso instinto selvagem
Que exigem qualidades, que muitas vezes não possuímos
Exigindo dos outros, valores extraordinários!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

SÃO TRINTA(anos) LINDAS FLORES


A nossa prisão é a nossa liberdade
Algumas pessoas nunca saberão
Que amar é viver
Morrer na vida não é viver
Por acaso um pássaro vive sem asas
Ou o mar sem as suas ondas
Mesmo quando um cavalo se sente ferido
Será sempre recordado na sua plenitude
De nos sentirmos mais amados.
Deixa os teus lábios doces, secar o veneno
Lentamente do meu corpo, terra pura de amor sedento
São trinta lindas flores, a soar a cem mil
Paixões de um presente, no coração da minha memória
Peguei em ti e na vida cheia de sensações.
Morri fiel, admirando a tua beleza
Como os pássaros que cantam uma melodia
Os nossos sonhos voam nos dias amargos
Porque eu sinto-me.....
Sinto-me como se estivesse a morrer nos teus braços "feliz"!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

27-09-2014


Isabel Morais Ribeiro Fonseca

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

Somos marionetas

Somos marionetas submissas nas horas infinitas
Que ardem nos lençóis sem entenderem a poesia
Devaneios sem gestos cheios de delírios vagarosos
O silêncio dorme nos livros já lidos no cesto do quarto
Noites de insônia feitas em oração
Em preces que se repetem
Despertam uma utopia nos meus dias de calafrios
Onde os gemidos escorrem nas paredes cheias de suspiros
São noites despidas
Naufragadas
Embriagadas do néctar raro
Lírios de beijos em flor suspirados no céu da tua macia boca
vertigens poéticas dos teus fluidos que denotam o meu lago
Descanso os minutos
Das minhas horas no desassossego das palavras
As grutas de fragas
De pedras, do meu silêncio são a vertigem da poesia
Marionetas submissas
Nas horas infinitas nos lençóis sem entenderem a poesia!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

Estás só cansada

Estás só cansada do voo da mente
Ninguém sabe desta alma condenada
Que cala nas conversas de janela profanas
Mas finge sem fingimentos, versos de absintos.
Poeta de labirintos de um jardim de sonhos
Nada espera que em ti já não exista
Nas ilusões da ideia das coisas
Cada um consiga o que é triste.
Entre as ruínas dos fracos álamos
Tempo velho onde a juventude se perde
Tens sol se há sol, ramos se ramos buscas
Sorte se a sorte é dada, odisseia de pão sem vinho
Fica suspensa de palmilho sem andarilho na madrugada!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

ESCREVO...ESCREVO


O nosso silêncio amor, dorme
Nos livros já lidos no cesto do nosso quarto!
Tantas vezes escrevo sem pensar
Tudo o que a minha alma dita
Tudo o que o meu corpo sente
Tudo o que o meu inconsciente grita.
Porque tornou-se impossível não escrever
Gosto tanto e faz-me falta !

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

FRAGA DE ECOS


Meu amor leva-me as fados
P´ra chorar de alegria o amor que sentimos
Leva-me para casa p´ra abrires o teu coração
Deita-me na tua cama e apaga o fogo que me consome
Como um bombeiro que apaga as giestas a arder
Ecos e gritos de uma fraga solta e perdida na serra
Acordei
Sentindo a tua falta e ainda sentindo o teu beijo
A noite era eterna e eu não quero dormir sem sonhar
Eu dei-te a minha alma, o meu corpo
Sem esperar por amanhã.
Condenados à vida
Estamos como duas almas acorrentadas
Somos amigos do sol, amantes ao luar
Somos cúmplices
Partilhamos todos os nossos quentes momentos
Meu amor leva-me as fados
P´ra chorar de amor junto a ti!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

TANGO SUADO

Ainda trago preso ao meu pescoço...
O fio com o teu coração
Os teus; os meus olhos trouxeram-te até mim.
Devagarinho tu surgiste
Na minha vida de forma avassaladora
Olhei-te, olhaste-me; observei-te,
Observaste-me; admirei-te, admiraste-me
Foram as tuas palavras feitas em acordes de som mágico
Que entrou nos meus ouvidos
Tango tocado
Embalado perfumado do teu corpo solto no meu
Senti-te na troca dos nossos olhares
Apaixonei-me loucamente
Com o gosto dos beijos
Com o toque da tua pele
Com o aroma perfumado dos nossos corpos
Suados apaixonados!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

PALAVRAS

Passeio pela areia branca da praia
Faltam-me as palavras rimadas
Falta-me a vontade de assumir
Falta-me lucidez para esquecer
Falta-me coragem de fazer algo diferente
Falta-me energia mesmo quando escrevo
Falta-me inquietação na alma
Falta-me saudade, pela ausência
Falta-me tudo e nada....
Mas no final encontrei-te em frente ao mar.!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

Luz da insônia

Assim danifica a luz da insônia
Sabes que o poema esta vivo
E eu estranhamente na minha velhice apressada
Sinto os favos de mel de uma alma estéril
Fragas em lascadas, pedras perdidas
Onde o poema escrito dormita com a minha alma
Doloroso o meu desassossego
Dos instantes de um adeus
A tua boca solta um grito maldiçoado
Perco os sentidos de um passado em crepúsculo
Enquanto eu te invento, encosto-me a ti em mim
Entrego-te o relógio de areia
Que dorme na minha boca
Onde a caricia do vento, acaricia-me o corpo frio
Invento-te nos meus poemas escritos
Com a luz da minha insônia
Nesta minha estranha velhice talvez ou não apressada!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

QUERIA TRANSFORMAR

Queria transformar as saudades
Amando-te ainda mais
Solto o meu desejo
Inventando-te
Prendo-te em mim em cada gesto
Mostro-te quem sou eu
Nos trilhos da nossa emoção
Palavras ditas baixinho num gemido
Coração que bate em descompasso
Olhares que se encontram no desencontro
Caminhos traçados nas pontas dos dedos
Língua que se encontra na boca sem medo
Aromas que se misturam num braço apertado
Toque de ternura suave das mãos que exploram
Rasgam todas as asas que me prendem
Libertando-me da prisão dos sentidos
Solto as amarras nas palavras que escrevo
Escrevo-te em cada segundo do meu pensamento
Invento-te de novo em mim nas palavras mágicas
Ditas, escritas na tempestade do tempo, para o tempo.!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro