Iolanda Valentim

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Eu sou sozinha, mesmo não estando sozinha. Entende o que eu quero dizer? Sou extremamente individual e me acomodo na minha solidão. Não é questão de não ter ninguém. Ter, eu tenho, mas não quero. Me sinto bem no meu silêncio. Também não é questão de ser antissocial, depressiva e mal humorada. Sou alegre, me divirto e saio com meus amigos. Mas não dependo disso, da alegria meio forçada, dessas pessoas, desses lugares, de ninguém. Sei ser só e gosto de ser só. Sei ser minha e gosto de ser minha. Essa solidão que eu falo é meio que um estado de espírito, sabe?

E eu vou escrever sobre o que, agora? Sobre como tudo sempre dá errado pra mim e com você também não seria diferente? Que, de novo, "não era pra ser"? Nunca é pra ser? Quando é que vai ser?

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Eu te zoava pela risada que parecia uma tosse e agora me pego, sem querer, rindo igual à você. Comecei também a falar essas tuas gírias bestonas sem perceber, estalar os dedos constantemente, escutar tuas músicas estranhas e perceber o som que o contrabaixo faz, como você me ensinou. Me vi pegando todas as suas manias e notei que tem tanto de você aqui, que nem chego mais a ser eu mesma, sou um pouco de você, um pouco de nós, um pouco de tudo que nos cerca.

A gente se apega à qualquer coisa quando quer realmente ser feliz. Até um shampoo cheiroso, um programa bobo ou um cachorro balançando um rabinho podem te deixar feliz. Claro, se você quiser. Mas tem gente que quer passar a vida inteira no fundo do poço sofrendo e chorando, então, que seja. Passe. Só tô dizendo que se você quer ser feliz, você é. Você acha a felicidade em qualquer lugar, constrói uma. Você inventa felicidade, nem que passe em alguns minutos. Você é feliz só de achar uma moeda no meio da rua às vezes. O sorriso de um estranho que passa por você também pode te deixar feliz. Meu Deus, o mundo à sua volta pode ser sua felicidade! Você não enxerga, né? Inventa desculpa pra estar por aí chorando pelos cantos. Acha lindo se doer tanto assim, totalmente poético. Mas, meu bem, poesia não traz felicidade. Poesia é ser sempre solitário, triste e doído. Deixa ela pra lá e vai admirar o cachorro abanando o rabinho. Não é poético, mas te faz sorrir. E entre essas duas opções, ultimamente, tô preferindo sorrir.

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Eu acho que ofenderia um par de gente se demonstrasse tudo o que eu sinto. Se botasse em pratos limpos todas as raivas, incômodos e sentimentos tortos que estão aqui por dentro. Muita gente seria machucada sem motivo. Muita gente se assustaria, choraria, sairia correndo, gritando pela mãe. Alguns me chamariam de louca e outros ficariam sentindos. “Mas eu pensei que você gostasse de mim…” diriam. E gosto. E amo. Mas tem muitas outras coisas também. Muitos outros sentimentos feios que rodeiam o amor. Não só amo. Não só tenho sentimentos bons. Tenho vontade de bater em quem anda lentamente na minha frente. Gosto de bebês, mas detesto crianças. Sou agressiva, maldosa, impetuosa. Sou má de vez em quando. Não sou feita de açúcar.

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Eu fico com raiva de você e desligo o telefone por uns três dias. Aí no quarto dia eu ligo e é você que fica com raiva de mim por eu ter estado com raiva de você e desliga o telefone na minha cara. No sexto dia a gente faz as pazes e no oitavo eu te atendo com grosseria porque tava ocupada e você me responde com frieza porque não suporta as minhas ignorâncias. A gente se perdoa de noite e no outro dia você liga novamente na hora que eu tô ocupada e eu grito com você de novo. E o ciclo recomeça. E a gente se grita, se xinga, se ama. Eu enlouqueceria se isso não fosse só mais um detalhe de nós dois. Mas é assim que a gente se entende mesmo: não se entendendo.

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Eu queria gritar pra você: sai daqui, sai de mim! Se afasta, me deixa em paz! Some, pára de me deixar louca, pára de me fazer ficar assim… vulnerável. Assim, idiota. Assim, sua. Sai. Pára. Já chega. Eu não aguento isso. Eu não sei amar ninguém não. Me deixa aqui infeliz com a minha segurança e minha enorme parede imaginária que barra tudo e todos de se aproximarem de mim. Pára de abrir uma brecha nela. Você não quer entrar. Por favor, não entra. Por favor, não me deixa assim na sua mão. Eu não gosto disso. Isso de ser feliz. Eu sempre espero coisa ruim da felicidade. E eu prefiro não ter coisa alguma do que me arriscar à um dia não ter mais isso. Então… chega, tá bom? Vai pra casa, cuida da sua vida, das suas roupas. Malha a perna e deixa de malhar o braço por que você está parecendo cada dia mais com um sorvete. O sorvete mais lindo da minha vida. Então por favor, não me deixa te amar mais do que eu já amo não. Eu vou explodir em mil pedacinhos se isso acontecer. E quem me garante que você vai juntar todos eles? Eu não quero ficar em pedacinhos por você, quero ser inteira por mim, você entende? Diz que não entende. Diz que cola meus pedacinhos. Mente pra mim, porque eu amo até suas mentiras. Você sempre pisca mais que o necessário quando mente. Você não sabe mentir. Mas eu te deixo acreditar que acredito nas tuas mentiras só pra ouvir tua voz mais um pouquinho. Só quero você mais um pouquinho, depois você vai embora, ta certo? Amanhã. Amanhã você vai embora e nunca mais volta pra minha vida, entendido? Ou depois…

Eu preciso precisar de você porque tenho medo de não precisar de nada, não querer nada, não sentir o coração sair pela boca e não ter a sensação de felicidade plena ou profunda tristeza. Tenho medo de ser só e não ter ninguém que eu possa ligar no fim da noite. Tenho medo de ser simples, normal e equilibrada. É por isso que eu invento amor, sofro amor, fantasio amor, dramatizo amor. É por isso que eu sempre tô remendando qualquer sentimento, reciclando e aproveitando cada partezinha. Não pode acabar. Não sei o que fazer se acabar. Não quero que acabe.

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Tudo é medo. Eu vivo com medo. Eu sou o medo. Tenho medo até quando vou me levantar da cama e piso no chão. E se ele se abrir agora, aqui? E se for frio demais, ou tiver algum caco de vidro? E se eu pisar em falso e levar um tombo? Por que diabos eu não posso voltar pra cama e dormir? Pelo menos é seguro. Ah, mas eu tenho medo de ter pesadelo. E se eu estiver dormindo e parar de respirar e morrer e fim? E se eu cair da cama? E se tudo acontecer quando eu estiver dormindo? E… olha, tá vendo? Odeio isso. O mundo é tão finito, incerto, assombroso. Eu só queria sentir um tiquinho de segurança em alguma coisa.

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Você surgiu e minha conformidade foi embora, junto com minha bagagem, meu passado, meu pessimismo. E eu não sei me acostumar com essa coisa de ser feliz. Mas eu sinto que vale a pena tentar por você.

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Talvez não seja errado pedir ajuda algumas vezes. Talvez seja até bom dar o braço a torcer em algum momento. Falar que não sabe carregar o mundo nas costas sozinha. Assumir todo o medo e as noites sem dormir, assustada com a vida. Dizer que doeu pra caramba e que até corações de pedra se quebram, eventualmente. Todo mundo precisa de ajuda. Seja pra carregar o mundo nas costas ou só pra saber que alguém sabe que às vezes é complicado pra você também.

Eu queria tanto, tanto, tanto te bater. Queria tanto jogar na tua cara o quão estúpido você é. Eu te amo. Você me ama. O que falta pra gente se acertar? Disseram que só amar era o suficiente. Mas não é. Teus defeitos, meus problemas. Nossas intermináveis brigas e desentendimentos. Eu saio mais uma vez machucada, e você, desacreditando cada vez mais que a gente foi feito um para o outro. É só que… tem algo errado na gente. Algum cupido bêbado achou que nós daríamos certo. Como duas pessoas podem se amar e se machucar tanto ao mesmo tempo? O pior é que, mesmo que doa, a gente não consegue se desligar um do outro. Eu só queria achar uma solução pra tudo isso.

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- Tudo bem?
- Não sei…
- O que houve?
- Não sei…
- Você quer conversar?
- Não sei…
- Então você não sabe de nada?
- É disso que eu estou falando.
- Como assim?
- Não sei explicar o que eu sinto ou o que se passa. Se eu explicasse, você não entenderia. Não sei o que é, não sei o que tenho, não sei de nada, nadinha mesmo. Só sei que sinto. Só sei que dói. Só sei que não sei de coisa alguma, só espero passar.

Eu andei muito perdida nesse meio tempo que se passou. Acabei esquecendo certos valores, como também, deixei de lado certas pessoas. Acabei desistindo de certos sonhos, me acomodando, me acostumando com o pouco, o superficial e o normal. Hoje eu percebo tudo isso. A gente acaba se tornado alguém que não gosta de ser, acaba gostando do que não se é pra gostar, acaba se satisfazendo do fútil. Gostando da aparência, alimentando a vaidade. E isso cada vez mais destrói quem você é. Como diria Cazuza “aquele garoto que ia mudar o mundo, agora assiste a tudo em cima do muro” me banalizei, me limitei, escorreguei. Deixei que as coisas passassem e se transformassem, tudo isso sem notar. Acabei me esquecendo de mim. E no lugar, me transformei naquela pessoa mais focada no parecer, do que no próprio ser. Me preocupei tanto com “o que falar”; “o que fazer”; “como agradar”; que esqueci de me cuidar. Me abandonei, me deixei de lado, escondi tudo o que sinto e coloquei uma máscara. Máscara que hoje me sufoca. Porque eu não sou assim, não é esse meu objetivo e não é isso que eu quero, não é essa a vida que eu sonhei. Quero ser o alguém que eu era antes. Mais simples, mais descomplicada, mais amorosa, mais feliz, mais sorridente, mais verdadeira. Menos orgulhosa, menos fria, menos egoísta, menos complicada, menos superficial, menos mal humorada, menos preocupada. Quero um sorriso, mas dessa vez, um sorriso realmente verdadeiro. Quero conversar com as pessoas e me interessar pela conversar. Quero gostar, amar mais o próximo, apreciar mais o que está ao meu redor. Parar de desejar tanto, reclamar tanto, me irritar tanto. Leve, desejo mais do que nunca, ser leve. E olha que contraditório, desejo me tornar uma pessoa nova: querendo voltar à ser o que era antes

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Eu andei muito perdida nesse meio tempo que passou. Acabei esquecendo certos valores, como também, deixei de lado certas pessoas. Acabei desistindo de certos sonhos, me acomodando, me acostumando com o pouco, o superficial e o normal. Hoje eu percebo tudo isso. A gente acaba se tornado alguém que não gosta de ser, acaba gostando do que não se é pra gostar, acaba se satisfazendo com o fútil. Gostando da aparência, alimentando a vaidade. E isso cada vez mais destrói quem você é. Como diria Cazuza, “aquele garoto que ia mudar o mundo, agora assiste a tudo em cima do muro”. Me banalizei, me limitei, escorreguei. Deixei que as coisas passassem e se transformassem, tudo isso sem notar. Acabei esquecendo de mim mesma. E no lugar, me transformei naquela pessoa mais focada no parecer, do que no próprio ser. Me preocupei tanto com “o que falar”; “o que fazer”; “como agradar”; que esqueci de me cuidar. Me abandonei, me deixei de lado, escondi tudo o que sinto e coloquei uma máscara. Máscara que hoje me sufoca. Porque eu não sou assim, não é esse meu objetivo e não é isso que eu quero, não é essa a vida que eu sonhei. Quero ser o alguém que eu era antes. Mais simples, descomplicada, mais amorosa, mais feliz, mais sorridente, mais verdadeira. Menos orgulhosa, menos fria, menos egoísta, menos complicada, menos superficial, menos mal humorada, menos preocupada. Quero um sorriso, mas dessa vez, um sorriso realmente verdadeiro. Quero conversar com as pessoas e me interessar pela conversa. Quero gostar, amar mais o próximo, apreciar mais o que está ao meu redor. Parar de desejar tanto, reclamar tanto, me irritar tanto. Leve, desejo mais do que nunca, ser leve. E olha que contraditório, desejo me tornar uma pessoa nova: querendo voltar a ser quem eu era antes.

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Eu sou meio que um pólo positivo, entende? Tô sempre por aí sendo atraída por pólos negativos. Deveria, deveria mesmo, procurar algum pólo positivo, legalzinho, descomplicado, que ria das minhas piadas e coisa e tal. Mas eu vivo repelindo o que eu deveria atrair. Deu pra entender o que eu disse? Não? É metafórico demais? Deixa pra lá.

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Eu tento desvendar os mistérios da minha mente, mas sempre acabo como você – e como meus amigos, como meu ex namorado, como minha prima de segundo grau, como todos ao meu redor – sem entender o que realmente se passa aqui dentro. Digo, eu não sei mesmo o que eu sinto. Uma hora eu amo, outra hora é como se não fizesse mais sentindo pra mim. Uma hora, o mundo é um lugar totalmente confortável e eu finalmente penso que achei meu lugar nele. Até voltar a surtar e me incomodar e querer fugir de tudo a minha volta. Uma hora eu só quero ser feliz, calminha, bobinha. Na outra eu só quero uma tempestade, uma dorzinha, só pra vida ser mais emocionante. Eu me isolo quando quero chegar mais perto, quando insisto em achar que talvez possa dar certo. Porque definitivamente não vai dar e ter esperanças é coisa de gente boba. Enfim. Eu acho que sou perdida. Não. Não acho. Eu tenho certeza. A diferença é que eu não camuflo isso, como a maioria. Salto alto e batom vermelho não vão calar a mocinha que chora assistindo filme de romance. Cabeça levantada e olhar misterioso nunca vão esconder essa bagunça toda. A única coisa que eu sei sobre tudo isso é que eu não posso calar quem eu sou, muito menos mudar. E cá estou eu, assumindo de peito aberto que eu sou a pessoa mais inconstante que você pode conhecer. E insegura. E complicada. E difícil de entender. E não é fácil nem pra mim ter que me aceitar todos os dias desse jeito. Mais complicado ainda é ter uma angústia no peito e não saber de onde veio e como passa. Complicado é acordar de manhã e não achar graça em sair de casa. Mas eu consigo. E se alguém ao meu redor não estiver pronto pra entender isso, que vá embora. Não peço esmola de ninguém. Quem quiser ficar, fica. Quem quiser continuar do meu lado enquanto eu vou pro lado contrário, que continue.

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Salto alto e batom vermelho não vão calar a mocinha que chora assistindo filme de romance.

Você sabe, não sabe? Sabe que eu te daria o mundo inteiro, se eu pudesse. Que eu pediria paz ao oriente médio se você quisesse. Que iria ao espaço só pra te trazer um pedacinho da lua. Sabe que eu iria contra todos e tiraria qualquer mal que chegasse perto de ti. Sabe que eu faria tudo. Tudo por você. E com você. E pra você.

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Mas não passa. Não importa que faça três meses ou três anos. Isso, aqui dentro, parece que nunca vai ter um fim. Mas já não é mais amor. Também não posso cogitar que seja outra coisa. Acredito que sejam só restos, restos de um amor meio torto, meio surrado, dos mais complicados, dos mais tristes também, mas que permaneceu vivo o tempo todo dentro de mim, em silêncio. E permanece. Em cada milímetro de mim, cada parte do que eu sou. Cada saudade que eu sinto é um pouco de saudade sua também. Em cada frase que eu escrevo, uma palavra é dedicada a você também. Cada amor que eu tenho, é um pouco do seu. Amor que ressurge em algumas horas e, sinceramente, me deixa no chão. Nada tão devastador quanto o que você já foi pra mim, nada que eu não possa aguentar calada. Nada que, ao amanhecer, eu já não tenha deixado pra lá e seguido em frente. Não é mais urgência de você, é só… lembrança. É só falta. É só certeza de que nunca vai existir um outro você, ou que acidentalmente a gente vá se encontrar aos 30 anos de idade e desenterrarmos o que nós éramos. É só saudade. Saudade que eu já aprendi a conviver, e que já entendi que, provavelmente, eu vou ter que senti-la pelo resto da vida. Nada que eu poderia fazer – e faço – compensaria esse nosso infinito desfeito.

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É que só esperar alguma coisa de você é bem melhor do que ter tudo de outras pessoas. O seu pouco me faz mais feliz que o muito do mundo inteiro. E eu me contentaria em te ter ao meu lado sem dizer uma palavra pelo resto da vida. Eu nunca quis muito, na verdade. Só quis você. Limpo e seco. Cheio de erros e com a barba por fazer. Egoísta, criança e orgulhoso. Você.

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O ruim de ser eu mesma é que, por mais negativa e realista que eu aparente ser por fora, no fundo sempre vou ter essa esperança chata até o último minuto do segundo tempo. Sempre vou querer acreditar no lado bom das pessoas até que se prove o contrário. Algumas vezes, até depois que se prova o contrário. Escondo do mundo essa minha fé inabalada porque quando a realidade aparece e as coisas não são como elas deveriam ser, isso me destrói. Me frusta. É como se socassem mil vezes meu estômago. Minha espera incansável sempre me cansa. E ninguém precisa saber disso. É como se eu dissesse para a pessoa que está do meu lado, “não vai dar certo, não ligo, deixa pra lá”, ao mesmo tempo que repito mentalmente, “por favor, que eu esteja errada

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É que eu nunca soube ser simples e descomplicada. Nunca quis nada que fosse fácil demais. Nunca soube ser completa e satisfeita com algo. E minha queda sempre foi maior do que a dos outros porque tudo o que eu almejo é sempre grande demais para mim. Desejo ser grande demais e não passo de um grãozinho de areia. Tudo meu tem que ser um caso impossível de se resolver. Ou eu sou o caso impossível de se resolver.

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O típico “felizes para sempre” no final de um conto de fadas sempre me incomodou. Desde pequena achava aquilo muito vago, sempre quis saber mais. Sempre fiquei me perguntando se a Branca de Neve realmente viveu feliz para sempre. E se o casal daquela novela ficou junto até a morte mesmo, sem nem pensar uma vez sequer em desistir. Porque convenhamos, ninguém é feliz o tempo todo. Relacionamento não é algo bonitinho 24h por dia. Não existe essa coisa de príncipe encantado, caramba. O cara que você vai amar terá mil defeitos e no futuro, vai ficar careca. Se você procura demasiadamente a perfeição, acaba ficando sem nada. Se tivesse que chutar, diria que o príncipe da Bela Adormecida se cansou da preguiça enorme dela e resolveu dar um tempo. Que a Fera largou a Bela por achar uma princesa mais bonita. E que a Branca de Neve traiu o marido com um dos sete anões. O negócio é que não existe felizes para sempre. Ou talvez exista, mas seja um pouco diferente do ideal. Talvez o verdadeiro final feliz seja aquele em que você acorda pra vida e se prioriza, deixando pra trás aqueles que te fazem mal. Ou aquele em que você aprende a aceitar os defeitos do outro e a amá-lo, mesmo não sendo perfeito. E talvez, talvez o final feliz seja somente você, colando os pedaços do seu coração, levantando a cabeça e aprendendo a seguir em frente.

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Acreditava em final feliz, acreditava em príncipe encantado, acreditava em perfeição… acreditava, nossa, acreditava em tanta coisa. Mas não é minha culpa, o mundo ao redor tende a impor isso na sua cabeça… um filme com final feliz, um livro, uma novela, a historinha da bela e a fera. Tudo leva a crer em seu final feliz. Mas eu me foquei tanto em achar um final feliz, que desperdicei muito da minha vida, rejeitei pessoas por não serem o tipo de príncipe que eu tinha na cabeça, não li os sinais que passavam.. sofri, quebrei a cara, mas aprendi. Aprendi que final feliz existe, mas não é como contam nos filmes. Final feliz não é encontrar um príncipe incrível, e ter um feliz pra sempre. Final feliz é você aprender a seguir em frente, e nunca deixar de ter esperança de que a pessoa certa - não perfeita - vai aparecer na sua vida, e talvez, o final feliz seja somente você, colando os pedaços do seu coração, cicatrizando a ferida e tentando recomeçar.

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