Immanuel Kant

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Há uma lógica curiosa e convincente, mesmo no mais perverso pensamento humano.

O belo é o que agrada universalmente ainda que não se possa justificar intelectualmente.

A razão, assim, se aproxima da natureza não como um aluno, que ouve tudo aquilo que o professor se decide a dizer, mas como um juiz que obriga a testemunha a responder questões que ele formulou.

O homem só pode ser homem mediante a educação.

Amizade é como café, uma vez frio nunca mais volta ao seu tamanho original, mesmo aquecido.

Ouse pensar por si mesmo.

Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele é capaz de suportar.

Os actos humanos são aqueles que são pensados, antes de realizar.
O homem pode conhecer só o fenômeno e não o númeno.

Você é livre no momento em que não busca fora de si mesmo alguém para resolver os seus problemas.

Os homens libertam-se pouco a pouco da brutalidade, quando de nenhum modo se procura intencionalmente nela os conservar.

O que merece respeito em mim, é que sou capaz de obedecer. E com vocês não será diferente.

Nas trevas, a imaginação trabalha mais ativamente do que em plena luz.

Aparência designa a presentação de um objecto admitido como diferente do que é na realidade.

A lógica não pode ir mais além; nenhuma pedra de toque lhe permite descobrir o erro que atinge não a forma, mas o conteúdo.

Que esta lei consigna à minha existência, e que, em vez de ser limitada às condições e aos limites desta vida, se alarga até ao infinito.

Esclarecimento é a saída do homem da menoridade pela qual é o próprio culpado. Menoridade é a incapacidade de servir-se do próprio entendimento sem direção alheia. O homem é o próprio culpado por esta incapacidade, quando sua causa reside na falta, não de entendimento, mas de resolução e coragem de fazer uso dele sem a direção de outra pessoa. Sapere aude! Ousa fazer uso de teu próprio entendimento! Eis o lema do Esclarecimento.

Sapere aude (ousai saber)

Se prestarmos atenção ao que se passa em nós mesmos sempre que transgredimos qualquer dever, descobriremos que, na realidade, não queremos que a nossa máxima se torne lei universal, porque isso nos é impossível; ao contrário dela é que deve universalmente continuar a ser lei; nós tomamos apenas a liberdade de abrir nela uma exceção para nós.

Ousa pensar!

O que não podemos curar devemos suportar.

Virtude e dever são duas coisas diferentes.
O dever é uma coerção, a virtude uma liberdade.
Ambas necessárias, claro, solidárias uma com a outra evidentemente, mas antes complementares.

O sábio pode mudar de opinião. O idiota nunca.

Se o homem faz de si mesmo um verme, ele não deve se queixar quando é pisado.

Immanuel Kant
A doutrina da virtude (1964).

Eu não digo que os corpos parecem simplesmente seres externos ou que minha alma parece simplesmente dada na minha autoconsciência, quando afirmo que as qualidades do espaço e do tempo – segundo as quais, como condição da sua existência, coloco aqueles e esta – estão no meu modo de intuir e não nesses objetos. Seria um erro meu se transformasse em mera ilusão (Schein) aquilo que devo considerar como fenômeno.

Tudo o que não puder contar como fez, não faça!