Graça Leal
Viva conforme os seus interesses, mas não seja covarde fazendo uso das pessoas, quando lhe convém, tornando-as seus instrumentos de realizações e prazeres.
O excesso de Jesus no coração de algumas pessoas não está sendo suficiente para impedir que, confortavelmente, o preconceito se aloje no que se refere a algumas diferenças no modo de ser do amado próximo irmão.
Enquanto o brasileiro não deixar de se comportar como um palhaço aqueles que estimulam este comportamento jamais deixarão de oferecer-lhe um picadeiro e o Brasil permanecerá sendo um grande circo.
Bem sucedidos socialmente são, também, todos aqueles que, por trás da capa da hipocrisia, transitam entre todos os egos.
Não importa se tens atitudes pouco passíveis de compreensão quando elas são desprovidas de má intenção.
Valorize os seus sentimentos e não panflete o seu coração. O mundo está cheio de gente que só sabe receber carinho, e pior seleciona algumas doações de afeto e retribui com uma atenção banal, despreza outras sem piedade e escandaliza no prestígio por aqueles do seu interesse.
Se liga!
Choque. Provoque com os seus pensamentos que vão na contramão da maioria. Há muita gente que vive na zona de conforto pensando e repetindo mesmices comprometendo a mudança de mentalidade que efetivamente fará a diferença na qualidade das relações humanas. Séculos e séculos se passaram, gerações e gerações e poucas e lentas transformações em benefício da humanidade no que se refere, principalmente, ao discurso religioso, o máximo que estão conseguindo é modernizar o caos e piorar as formas das atrocidades com aceitação pacífica, e leves pinceladas de indignação, do extermínio da dignidade humana. É muito discurso, virtual então chega a ser vergonhoso, quem sabe pela raiva provocada por aqueles que não conseguem enxergar na mesmice a solução para o mundo, e sim a manutenção da conveniência, não passam a refletir sobre o quanto são improdutivos naquilo que realmente a sociedade demanda. Se começarem pelo descarte da hipocrisia já estarão dando um excelente passo.
Cada vez que eu me dou conta que sou uma cidadã brasileira me cai a ficha que no meu registro de nascimento o estado formalizou a minha condição de idiota a qual foi renovada no dia que tirei a minha carteira de identidade e reiterada com o título de eleitor.
Quando a gente se conhece a gente aprende a conhecer o outro e, consequentemente, reduz, significativamente, a decepção nas nossas vidas.
Quem aprende a ficar só e a gostar da própria companhia abre mão da presença dos oportunistas de ocasião que na falta de um programa melhor optam por lhe acompanhar.
Há palavras que podem não fazer muito bem aos ouvidos, e aos olhos quando lidas, mas eventualmente a consciência poderá aproveitá-las de alguma forma.
É comum só depois de uma tragédia prevenir-se tragédias, um trágico comportamento humano nada imprevisível.
Homens, prestem atenção, num primeiro momento pode até ser interessante, mas mulher não curte homem pavão para se relacionar, se fica com um é porque é carente. E quando é só amigo a gente agrada só por caridade pra não traumatizar o seu ego. Aprendam a ser só homem. Sendo um homem de verdade e companheiro com sentimentos sinceros, que não precisam de aplausos, já nos basta.
O "excesso" de tolerância, de afagos no ego através do vocabulário, da permissividade e do adestramento político e religioso, vem contribuindo para a manutenção da alienação das pessoas no que se refere a necessidade urgente de caírem na real para salvarem a qualidade moral, mental, social e humana dos terráqueos, mas com a ausência de esforço constante para tal está havendo uma proliferação de marionetes e uma padronização de mentes.
Num mundo de falsos se fazer de louco é uma excelente estratégia de autopreservação do veneno destilado através de sorrisos e elogios.
Transito entre todas as formas de pensamentos, porque não tenho compromisso com nenhuma regra intelectual nem com nenhuma doutrina de qualquer grupo específico que defenda qualquer bandeira ou verdade, acho-os perigosos, pois tendem, com raras exceções, a serem inflexíveis, manipuladores e altamente persuasivos prefiro concordar e descordar conforme a minha linha pessoal e livre de interpretação, bem como do meu entendimento pautado nas minhas experiências e não somente nas experiências alheias, independente da matriz e dos interesses da discussão, mesmo que eu acabe sendo conduzida a uma certeza íntima compatível com a opinião daqueles que pouco se afinam ao meu pensamento. Ser livre para pensar ainda é a melhor escolha até que consigam nos tornar insanos no que tange à restrições intelectuais e nos alimentem com doses generosas de aceitação das certezas do pensamento alheio.