GLORIA SALLES

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PALAVRAS QUE FEREM

Daqueles cujo domínio próprio não controla
São como bisturi, ferem a aorta contundente.
Provocam grandes terremotos, vítimas fatais
Corações destroem, intrinsecamente.

Armas potentes, machucam, ferem
Envenenadas de puro rancor, deixam feridas.
Golpes premeditados duramente
Fazem sangrar, quando friamente proferidas.

Quem as usa, tem consciência do mal feito.
Geralmente das regras e limites é conhecedor
Porem um prazer mórbido é sentido
Vendo no alvo do ódio, do sangue o sabor.

Ironicamente, não se dão conta os desatentos.
Os mesmos lábios que profetizam mansidão
Pregam o amor, falam de paz e harmonia.
Deixam marcas indeléveis, destroem coração.

Ousam citar de Deus o nome, fria realidade.
E incapazes de perceber espontaneamente
O tronco que lhes atravessa o olho, e os cega.
Apontam o cisco, no olhar do semelhante.

Talvez, em nome de uma vingança infundada.
Quem sabe o coração ferido, seja o argumento.
E para pisar, esmagar e ferir brutalmente.
Só esperam por uma brecha, um momento.

Quantos defeitos soterrados veríamos.
Pudéssemos a alma, em estado bruto sondar,
E remexendo escombros reconheceríamos.
Que apenas Deus tem poder para julgar.

Talvez , com nossos defeitos aparentes.
Pegaríamos à mão a esperar estendida.
E mesmo quando feridos e machucados
Entoaríamos apenas palavras de vida.

Inserida por Ashlea

“Nos meus sonhos”

Dentro dos meus sonhos perspicazes, pueris
Tua presença cálida e benfazeja faz morada
Imaginar-te em mim, me alimenta, faz feliz
Empresta a limpidez da esperança alicerçada.

Singrando o coração nestas águas plácidas
Vai meu sonho navegando por tua calmaria
E o afã de outra vez, em palavras tácitas...
Qual fonte, inundar vida em tuas fantasias.

No sonho, que traz teu coração perto do meu
Quero pra sempre te encontrar e me perder.
Então me farto, e no teu fogo quero arder...

O que de melhor existe em mim, ainda é teu
Por isso insisto nesta saudade que perdura.
E te chamo, pra ser presença que me cura.

“Amor indisciplinado”

Esse amor que vale as correntes que arrasto
Que em torno da lua desenha mistérios
Que me puxa sempre por mais que me afasto
Que me faz sonhar com poesia e castelos

Esse amor que é presente desde o passado
De lembranças que chegam de pura magia.
Que faz vir à tona, a carência de afago.
Que decora em braile, minha anatomia.

Esse amor extingue a saudade insana
Cujo calor, manda embora a dor e o frio.
Que de repente preenche todo o vazio

Ah esse amor... Que me faz flutuar
Que é dor, mas que é também lenitivo.
Amor que eu quero, e pelo qual vivo.

Trago um poema farto de incertezas
Ressoando farpado e monótono canto
Cujas letras, isentas de qualquer leveza
Soam atravessadas, sem o menor encanto

Trago ideias em frases curtas, resumidas
Seguimento vão, que coisa alguma traduz
Emoções sangram, esgarçadas, sentidas
Sob a casca tênue de um verso que não seduz

Frases derrubadas nos barrancos do soneto
Reverberando os ais que da alma transborda
Esquecidas em meio a um e outro terceto
Entre tantas rimas, que a poesia não acorda

Talvez amanhã, as palavras que não escrevi
Revelem a verdade, daquelas que não proferi.

O sol foi dormir...
A neblina se deita
sobre a colcha verde da relva
esfriando corpo e alma.
A noite me recebe
como palma aberta de uma mão
que acaricia.
Estou aqui...
Alvo fácil da tua mira.
Embora teu olhar não registre.
Aqui estou eu...
Na urgência do meu tempo
Querendo a seiva dos teus beijos.
Ofertando meu coração.
Se me olhar , derreterei facilmente
do teu mel inundada...
E sobre teu peito arfante
Transporei dos sonhos os portões.
Vem...
Porque imaginar a noite sem você...
Me assusta...

Inserida por katiacristinaamaro