Gabito Nunes

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Não sei. Sei que eu inexplicavelmente estou na tua e você sabe disso.

Eles também brigam, batem portas e saem por aí. Mas voltam rindo da cara um do outro e dizem coisas como “não consigo ficar bravo contigo.

O diabo é quando pertencer a alguém antagoniza o eterno e anunciado bônus de ser livre. Muitos amores só existem por resistir ao primeiro desencontro e esperanças são lançadas sobre recomeços, quando o imprevisto acontece e alguém te encontra. E te reecontra. Te reinventa. Te reencanta. Te recomeça. Tudo muito lindo, não adianta fugir. Só que nessas paixões urbanas, ninguém fica, muito menos a primeira impressão. Então, que seja como deus quiser.

A gente só vive uma vez, você tem certeza que você é aquilo que gostaria de ser?

"E amanhã será um novo dia igual a este. Mas, de que adianta desejar um novo dia se, ao mesmo tempo, desejo também um mesmo e velho erro?"

"E nada aconteceu. Eu meio que sabia onde as coisas iam dar – foi quase, mas não deram. Não deu. Não dei. Valeu a tentativa, o empenho, o interesse. Eu não estava prestando muita atenção, mas posso sentir em algum lugar aqui dentro de mim que foi bonito. A gente ainda vai se falar por aí, essa não é a conversa final, eu sei como você é." -Gabito Nunes (via partedopercurso)

“Só que agora você deve estar, sei lá, pegando uma outra garota pra levar ao cinema. E tudo bem por mim, sério mesmo. Sei bem que você sabe que a tal não merece mais que uns pacotes de pipoca, restaurante, beijos no carro. Posso imaginar como ela vai dizer, sei lá, me liga. E você vai responder com seu velho e irritante a-hã. Sabendo que não vai ligar. Não porque é um cara ruim, mas pela recorrente sensação de que acabou de largar em casa um quebra-cabeças de três mil peças que, olhando o modelo na caixa, talvez até valha o trabalho de montar. Mas, poxa vida, são três mil peças. E você detesta montar coisas.”

Por você, tratei de ajeitar as coisas no meu peito como alguém que limpa a casa para receber visitas.

Eu não estou perguntando se você quer que eu fique. Estou dizendo que vou ficar e pronto. Certo, não precisa. Eu sei, você não precisa de nada e de ninguém, além de ficar sozinha.

Minha tarefa é passar o fim de semana vigiando seu telefone, sua internet, selecionando quem você vai atender, com quem você vai se comunicar. Existem amigos com quem se faz besteira, e amigos que evitam besteiras, sou mais dessa segunda turma.
(Olhos líquidos)

O que eu não entendo, criatura, é como você continua estacionando seu coração em local proibido. Você já não foi multada que chega? Onde mais precisa doer pra você levar jeito? Uma garota tão bonita e gente boa.
(Olhos líquidos)

Eu não sei o que dá na cabeça de um sujeito desses te fazer triste assim.
(Olhos líquidos)

Ninguém vai perceber seu riso postiço, o mundo inteiro vai estar ocupado sorrindo com você.
(Olhos líquidos)

E daqui vejo seu sorriso, sei bem do que ele é capaz de fazer.
(Olhos líquidos)

– Você parece mais dura hoje em dia.
– Mais decidida, você quer dizer.
(Nunca mais li poesia pra ninguém)

Não quero ser um amante. Não que eu queira casar também, ou me meter com alguém. Não quero nada. Nada com nada. Por isso estou aqui, eu acho. Pura distração.
(Nunca mais li poesia pra ninguém)

Sei lá, já aprontei tanta besteira que rezo todas as noites para Deus não existir, só assim me poupo de ir parar no inferno.
(Nunca mais li poesia pra ninguém)

E eu não sou mais aquele cara de dezenove anos. Eu cresci, me modifiquei, ganhei algumas rugas, tirei lições, tenho um punhado de experiência, e até agora ninguém entrou com pedido de beatificação.
(Nunca mais li poesia pra ninguém)

– Bom, eu também mudei. Você precisa saber, eu não sou mais aquela garota sonhadora de dezoito que acreditava no verdadeiro amor.
– Sei que você está se defendendo e tudo, mas não vejo como isso que você acabou de argumentar possa ser uma coisa boa.
– Eu sou mais segura.
– Mais rígida, você quer dizer.
– Mais sóbria e realista.
– Menos meiga e delicada, eu diria.
– Mais racional.
– Menos entusiasmada.
– Menos lamentosa.
– Estóica.
(Nunca mais li poesia pra ninguém)

Quem é capaz de explodir de raiva, também é capaz de explodir de amor.
(Nunca mais li poesia pra ninguém)

– Não conte com isso. Não cultive grandes esperanças. Eu quero andar com os pés no chão. Numa areia que não me queime os pés. Cansei dessa vida movediça. Chega de romance de prosa e verso.
(Cactos)

– Tudo bem. Pronto, já te soltei, a porta está aberta. Vai. Pode ir. Anda. Vá atrás do seu homem de verdade. Amores de plástico te esperam. Sorte, garota.
(Cactos)

Você vive fugindo de tudo, da intimidade, do carinho, dos domingos, de você e de mim. O que eu quero saber é: por que você ainda não saiu atrás do seu amor de plástico?
(Cactos)

Fica procurando mudas de Amor-Perfeito e não lembra que no deserto as flores não germinam. Só os cactos. Tudo que você precisa são cactos, mas deseja flores coloridinhas. Você não dá valor ao que tem, só às coisas idiotas que te dão vontade. E mesmo quando consegue, não interrompe as buscas.
(Cactos)

Com as pequenas inúteis discussões diárias a gente aprende que as pequenas mentiras são necessárias.
(Não pode ser verdade)